quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Mais uma excepção na contenção...

Cada vez mais faz sentido a expressão: Ele não governam... governam-se! E conseguem governar-se de tal maneira, que deixam qualquer um surpreendido quando aquilo que já se sabia e falava, é feito de forma descarada, escancarada e sem um pingo de vergonha. De tal forma descarada e escancarada, que se no início tinhamos um regime de excepção aos cortes salariais na Função Pública, agora temos empresas públicas autorizadas a ajustar cortes salariais. Que elegância... Mas será que pensam que todos nós tirámos cursos "Novas Oportunidades"?! Querem "dourar a pílula", façam-no com mais inteligência... Chega a ser insultuosa a forma como manobram as palavras.

Tudo isto numa emenda de última hora (reparem no oportunismo) ao Orçamento de Estado para 2011. Mas afinal do que se fala? Numa frase: As administrações de empresas de "capital exclusivo ou maioritariamente público" podem negociar com as Finanças, uma excepção para os trabalhadores, no que concerne aos cortes salariais. Novidade? Não... Mas se antes esta possibilidade era "cortada" nos Orçamentos de Estado, não se compreende que seja permitida numa altura de enorme contenção financeira.

E se do Governo e do PS estamos falados, o que dizer dos restantes partidos?

O BE e o PCP classificam esta medida como uma "aldrabice". O CDS pede esclarecimentos. O PSD absteve-se.

Coreografia: Estou farto dela.

6 comentários:

  1. É bem mais que revoltante... Chega a ser intestinal. E escrevo intestinal para não escrever algo mais "compacto".

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  2. Eu não tenho o mesmo entendimento que está a passar na blogosfera e não só.

    Existe uma enorme dúvida legal sobre a redução de salários nas empresas públicas. Esta medida de excepção entendo-a como para permitir essa redução de forma "legal".

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  3. Para arlindovsky: Poderei estar a dar uma interpretação errada, eventualmente fomentada pelos meios de comunicação social, no entanto, o texto da "excepção" não faz referência concreta às "adaptações" em causa, podendo assim ser alvo de entendimentos diferentes.

    Qualquer um dos dois pode estar correcto. O problema é que o mais provável será tomar conta dessa excepção quando ela estiver a ser implementada. Para qualquer uma das interpretações será tarde demais.

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  4. é gozar com os pobres e com quem trabalha e faz muitos sacrificios e quilometros todos os dias,

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  5. isto já era de esperar. assim quando sairem do governo podem ir para administradores desses institutos que não sofreram cortes. quem será que desta vez vai para administrador da PT, da C.G.D. da antiga EDP... é só escolher.

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