sexta-feira, 4 de junho de 2010

"A vontade move o mundo" e o facilitismo move as qualificações.

No Público a 04/06/2010: "A ministra da Educação, Isabel Alçada, negou hoje que a possibilidade de os alunos, com mais de 15 anos, auto-proporem-se a exame do 9º ano e passarem para o 10º ano seja facilitismo. A medida, criada em Fevereiro, dá uma nova oportunidade de avaliação para os alunos com mais de 15 anos e que ficariam este ano retidos no 8º ano.
(...)
Questionada sobre a viabilidade real de um aluno conseguir passar no exame sem frequentar as aulas, a ministra diz acreditar nessa possibilidade. “Se estudarem, se tiverem vontade – a vontade move o mundo - se quiser esforçar-se, recorrer a apoios para superar dificuldades, acredito que para alguns isso será possível”, respondeu.
(...)
A justificação remetia para o facto e os alunos inscritos no 8º ano que fiquem retidos neste ano lectivo passarão “automaticamente a ser abrangidos” pelo novo limite de escolaridade obrigatória, alargado até aos 18 anos. Foi devido à inclusão deste alunos no novo regime, que o ME decidiu criar um nova oportunidade de avaliação e que é válida unicamente para este ano."

Ver Artigo Completo (Público)

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Comentário: Utilizando um raciocínio similar ao da Ministra da Educação, porquê não permitir exames destes em todos os anos de escolaridade. Com estudo, vontade, esforço e apoio também acredito que um aluno poderá passar do 6.º ano para o 10.º ano... E quanto à "impossibilidade" de sucesso que alguns colegas insistem em utilizar, é melhor salientar que se esta medida não tivesse qualquer hipótese de sucesso não teria sido regulamentada. Este governo PS não idealiza medidas sem mais nem menos. Existe sempre um objectivo concreto em todas as medidas que o PS impõe na educação... O problema é que ou não o conseguimos ver ou quando o vemos não acreditamos. Também acontece que quando vemos esse objectivo já é tarde demais, mas ultimamente considero que felizes são os "cegos" que não querem ver.
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10 comentários:

  1. (Aos alunos.)
    Meus caros alunos, não vão em cantigas com os vossos tenrinhos 15 aninhos, não vale a pena fazer com que a vontade mova o mundo, o que é preciso é esperar mais 8 anitos e aí candidatam-se directamente ao ensino superior.
    Até lá vão se divertindo que enquanto se divertem há quem faça leis que estudam por vós! (E pelos vistos também não foram os estudos, desses que “fazem” as leis, que lhe trouxeram honestidade intelectual! Por isso nulidade por nulidade, o melhor é passar o tempo na borga, bem hajam!)
    Um abraço.

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  2. Não é facilistismo não senhora, é 'in' comp'tência

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  3. ESTRANHO, estranho é só agora alguns professores (incluindo sindicatos) e assoc de pais terem descoberto o despacho só agora!!!! É de Janeiro!!!!

    Andamos muito distraídos!

    Despacho n.º 1860/2010 de 27 janeiro

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  4. http://sol.sapo.pt/PaginaInicial/Sociedade/Interior.aspx?content_id=174922

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  5. Os alunos já perceberam muito bem, até bem demais, que este sistema está aqui para lhes proporcionar o "melhor". Sentimos isso cada vez mais nas escolas e ai de quem ouse exigir algum trabalho deles...uiiii...é mau professor e tem nota baixa na sua avaliação.

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  6. ...e os atentos que já sabiam de tudo até à data fizeram o quê?
    Quase sempre a mera posse da informação sem qualquer espécie de utilização é tão pouco profícua como a ignorância. Pelo menos agora, alguém, mesmo que distraído, mostra alguma indignação!

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  7. Bem. Os atentos e não atentos já sabem que Lisbos - tribunal deu razão ao ME no assunto Avaliação/concurso?! Porque será que é sempre em Lisboa?! Creio que não estou errada.

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  8. Antónimo,
    Respondendo objectivamente à sua questão, posso dizer-lhe que fiz com que a prova da "minha" disciplina incidisse muito pouco nos conteúdos dos 7º e 8º anos! Quanto às questões dos conteúdos do 9º ano, podemos considerá-las bastante refinadas, sobretudo para quem ainda não frequentou o 9º ano!
    Pode dizer que é pouco. Mas pelo menos não me resignei à indignação fruto da não ignorância!
    Quanto à indignação de que fala utilize-a antes consigo!
    Um abraço.

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  9. FD,
    Admiro sinceramente o seu esforço mas a minha indignação (sim trago-a sempre comigo e uso-a amiúde, mas obrigado pelo conselho) dirigia-se mais a quem se pasmava pela ignorância que muito aparentavam perante o, entretanto famoso, Despacho n.º 1860/2010 de 27 Janeiro.
    Portanto, não se “indigne” comigo…

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  10. Vale a pena ler o Público de hoje. Entre diversos artigos sobre educação, encontramos um de opinião, do Paulo Guinote, com o qual me identifico integralmente: "Do fim da educação como prioridade do Estado".

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