No jornal i a 04/06/2010: "Os alunos com mais de 15 anos retidos no 8.º ano de escolaridade têm este ano lectivo mais uma hipótese para concluir o ensino básico. Para isso é preciso que se autoproponham às provas nacionais de Português e de Matemática do final do 3.º ciclo, em Julho, e façam ainda os exames a nível de escola em todas as disciplinas do 9.º ano. Em caso de aproveitamento, transitam directamente para o 10.o ano, terminando assim o ensino básico, sem que para isso seja necessário passar pelo 9.º ano. A medida apanhou uma boa parte dos professores desprevenida, já que só ao longo das últimas semanas foram sendo informados pelas escolas das novas directivas, durante as reuniões gerais de preparação para os exames nacionais.
As novas regras começaram a ser transmitidas pelas direcções regionais de educação às direcções dos agrupamentos escolares a partir de Abril e vão passar a ser já este mês mais uma rotina dos estabelecimentos de ensino, apesar de essa opção não ser obrigatória para os alunos retidos e necessitar de autorização do encarregado de educação. Esta modalidade, aliás, já estava prevista para os alunos retidos no 9.o ano, que ao obterem aproveitamento nos provas nacionais e nos exames escolares das disciplinaram em que chumbaram poderiam transitar para o 10.º ano. A grande novidade, que surgiu num despacho normativo publicado em Diário da República em Março, é a possibilidade de o aluno queimar uma etapa, saltando do 8.º para o 10.o ano de escolaridade.(...)"
Ver Artigo Completo (jornal i)
As novas regras começaram a ser transmitidas pelas direcções regionais de educação às direcções dos agrupamentos escolares a partir de Abril e vão passar a ser já este mês mais uma rotina dos estabelecimentos de ensino, apesar de essa opção não ser obrigatória para os alunos retidos e necessitar de autorização do encarregado de educação. Esta modalidade, aliás, já estava prevista para os alunos retidos no 9.o ano, que ao obterem aproveitamento nos provas nacionais e nos exames escolares das disciplinaram em que chumbaram poderiam transitar para o 10.º ano. A grande novidade, que surgiu num despacho normativo publicado em Diário da República em Março, é a possibilidade de o aluno queimar uma etapa, saltando do 8.º para o 10.o ano de escolaridade.(...)"
Ver Artigo Completo (jornal i)
Comentário: Em primeiro lugar, esta "medida" polémica e facilitista não deveria surpreender ninguém (muito menos professores), pois a mesma já havia sido anunciada a 25 de Fevereiro deste ano. As injustiças desta medida são tremendas, residindo essencialmente no facto de um aluno com aproveitamento no 8.º ano ser "obrigado" a cumprir o 9.º ano para aceder ao secundário e os "malandros" sem aproveitamento terem a oportunidade de ingressar directamente no 10.º. Os defensores ministeriais referem a dificuldade em cumprir os "parâmetros" de tal medida, no entanto, todos nós conhecemos o "oásis" facilitista em que se transformou o nosso sistema educativo. Mais uma vergonha ao bom estilo das Novas Oportunidades, que terá impactos graves na futura sociedade portuguesa.
Mais uma vez, tenho de referir a imensidão de colegas "distraídos" que aparentemente desconhecia esta medida. Este facto traz-me à memória outro, bem mais importante para os professores deste país, mas que tal como o anterior também está a passar ao lado de muitos e que é a "discussão" em tribunal da consideração da avaliação na graduação profissional. Muitos pensam que é um problema dos contratados. Não poderiam estar mais errados... No entanto, quando acordarem será mais uma vez tarde demais.
Mais uma vez, tenho de referir a imensidão de colegas "distraídos" que aparentemente desconhecia esta medida. Este facto traz-me à memória outro, bem mais importante para os professores deste país, mas que tal como o anterior também está a passar ao lado de muitos e que é a "discussão" em tribunal da consideração da avaliação na graduação profissional. Muitos pensam que é um problema dos contratados. Não poderiam estar mais errados... No entanto, quando acordarem será mais uma vez tarde demais.
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Concordo inteiramente consigo.
ResponderEliminarEstou indignada com a total falta de conhecimento de muitos colegas sobre o que se está a passar com o concurso de professores e em particular a questão jurídica que a envolve.
Mas mais indiganada estou com a passividade e falta de interesse de muitos colegas contratados! Há muito que penso que muitos dos colegas nesta situação são particularmente acríticos e com dificuldade em interpretar as consequências dos despacho do governo na profissão. Muitos estão apenas preocupados em agradar ao director e muitas vezes isso não significa que seja feito através da sua competência e honestidade.
A minha escola tem aprox. 65% de professores contratados e quase todos os dias chegam novos que rapaidamente desparecem...
A propoósito dos efeitos da avaliação no concurso, como é que a coisa está afinal?!? Se este ano a avaliação não contar para a graduação, poderá contar para o ano?! HELP, please!!!
ResponderEliminar"Ministro da Educação, Michael Gove, põe fim ao organismo de regulação dos docentes da Inglaterra."
ResponderEliminarProfAvaliação - Ramiro Marques
Anónimo das 2:54 diz:"Mas mais indiganada estou com a passividade e falta de interesse de muitos colegas contratados! "
ResponderEliminarDiga o que é que podem fazer os contratados sff! Já fez alguma coisa?
É triste contratados passivos dizerem que outros contratados são passivos.
Sabe o que vejo na escolas? os "novos" contratados a fazer tudo para chegar ao EX e MB e poderem ultrapassar os contratados que asseguram o sistema de ensino há mais de uma década.
ESSES DEFENDEM A AVALIAÇÃO!!!!
Podem estar descansados que não vai haver miúdos dos 8º ano a saltarem para o 10º, garanto-vos! Se estão com 15 anos no 8º ano e não tiveram sucesso pela frequência, como irão conseguir passar nos exames nacionais e nos de equivalência à frequência? Só está assustado com esta medida quem está afastado da escola e nunca esteve envolvidos no exames do 9º ano!
ResponderEliminarRicardo,
ResponderEliminartal como disse há dias, a pedra de toque do PEC na Educação será, na minha opinião, para além da adaptação do sistema para que sejam necessários menos professores (ou pelo menos menos professores de quadro), a retenção. Não acredito que fiquemos por aqui a esse nível: a retenção é finenceiramente onerosa (principalmente na escolaridade obrigatória, que por sinal se estenderá ao 12.º) e coloca mal o país estatisticamente, duas óptimas razões, na perspectiva do Governo, para procurar deitá-la abaixo administrativamente (o caminho mais fácil a curto prazo porque a longo, somado ao resto, é o desastre). Que argumento está a ser usado pela ministra para fechar escolas com menos de 20 alunos? 33% de retenção nessas escolas.
carol,
ResponderEliminaro que preocupa não é o facto de haver ou não alunos em condições de usufruir da medida, mas a medida em si mesma e o "projecto educativo" que lhe está subjacente, os princípios que a norteiam e desnorteiam a educação deste país. Se são poucos, muitos ou nenhuns é irrelevante.
Isso já está contemplado no Despacho n.º 1860/2010...Como sou DT de 9.º ano já vi isto poucos dias após a sua publicação.
ResponderEliminarTambém sou contratada e neste momento estou de total acordo com a Cilinha. Como já disse aqui informo sempre de tudo os colegas com quem trabalho e com quem convivo, mas cada um olha para o seu umbigo e já concluí que cada um olha para o seu umbigo, por isso neste momento confesso que me sinto obrigada a esperar revoltada, mas impávida, porque sozinha não vou a lado nenhum...
Desculpem a repetição, foi sem querer.
ResponderEliminarRicardo:
ResponderEliminarSaúdo o seu regresso e espero que tenha tempo para postar com mais frequência nestes tempos contorbados de verdadeiro ataque à escola pública.
Arranje um tempinho para partilhar connosco estes ataques "à sucapa" que esta equipa nos anda a tentar fazer...muitos nem se apercebem do que vem aí...agora é o mundial, o fim do ano lectivo, as férias e quando voltarmos em setembro, estamos "fritos"
Serão os mega agrupamentos, o fim dos concursos, a revisão da LBSE, o novo ECD que ficará congelado sine die, etc etc..
Bem haja pelo seu trabalho e continue, mesmo com esforço a abrir-nos os olhos.
Lídia
Ricardo,
ResponderEliminarA respeito dessa outra questão que referes, eu não me canso de lembrar que, neste momento, todos os professores que leccionam nas RA(todos sem excepção e não apenas contratados) têm 3 anos de serviço que corre o risco de não ser reconhecido pelo Governo Central. Se a legislação não se alterar é assim que as coisas estão.
Ricardo
ResponderEliminarParabéns pelos posts que vais publicando.
Após análise das últimas medidas tomadas pelo ME e outras que, provavelmente, surgirão em pleno mês de Agosto....
Porque o famigerado acordo de princípios 8 de Janeiro de 2010,já demorou tempo de mais para ver a verdadeira luz do dia.
Onde está o novo ECD???
Será o fim dos concursos nacionais?
Mobilidade entre as várias escolas do mega-agrupamento.
Municipalização da educação????
Contratação dos docentes directamente pelo senhor super-director ou presidente da Câmara?????
Será que estou equivocado.
Ou como se costuma dizer no futebol "prognósticos só no final do jogo".
Bendito (e não estou a falar do Papa) mediatismo que abre os olhos e afasta as palas a tão ilustres seres vivos. Já chegou um bocadito tarde, mas é assim, quando já não há notícias, os jornalistas "enchem chouriços" com estas novidades bolorentas!
ResponderEliminarMas não quero deixar de realçar o facto do "Primeiro" não ser invejoso, mas para ser um tipo mesmo "porreiro" era marcar estes exames para um Domingo, como só ele sabe fazer!
Um abraço.
P.S. Peço desculpa pela letra maiúscula na palavra "Primeiro", mas é só para que entendam melhor!
O que se passa com o novo calendário que está na remodelada página da dgrhe??
ResponderEliminarNão consta a etapa do calendário, relativa ao concurso para DACL, em Julho, como estava previsto na versão aquando da abertura do concurso 2010-2011.
Há aqui marosca????
Ou será apenas um pequeno lapso???
Esta medida será a nova versão de um CEF, hiper-rápido, tipo "Bolt" de 100 metros.
ResponderEliminarMuito obrigada, Ricardo pelos posts que escreves!
ResponderEliminarOntem, dia 4 ouvi uma noticia da Rtp1 na hora de almoço que dizia que o ministerio da educação já tinha ganho duas providencias cautelares da avaliação de desempeho no tribunal de beja e coimbra, è verdade?
Fiquei apavorada...