No "Sol" a 05/05/2010: "O Ministério da Educação ainda não alterou o formulário do concurso de professores, apesar de o Tribunal Administrativo de Beja ter ordenado ontem que a avaliação deixasse de fazer parte dos itens a preencher. Mário Nogueira diz que «ninguém está acima da lei» e lembra que o Ministério «pode ser responsabilizado civil e criminalmente».
O líder da Federação Nacional de Professores (Fenprof), Mário Nogueira, não tem dúvidas: «O Ministério da Educação está a incorrer no crime de desobediência».
Terminado o prazo dado pelo Tribunal Administrativo de Beja, a aplicação informática do concurso para a colocação de professores continua a pedir aos docentes que insiram os dados sobre a sua avaliação quantitativa e qualitativa.
«Isto é desobedecer a uma ordem do tribunal e ninguém está acima da lei», diz o sindicalista que, esta quarta-feira de manhã, pediu já a execução da sentença.
«O que foi decidido é muito claro: o Ministério deve abolir a avaliação do desempenho do formulário», defende Nogueira, recordando que as dúvidas dos sindicatos se prendem com «as desigualdades e injustiças geradas pela forma como decorreu o último ciclo de avaliação».
Em causa estão, por exemplo, situações como as dos professores da região autónoma dos Açores, que não tiveram uma avaliação quantitativa, pelo que não têm dados para preencher todos os campos do formulário e se queixam agora de figurarem como «não avaliados».
Mas há outras situações. «Professores que não foram avaliados porque estiveram de baixa ou de licença de maternidade», exemplifica Mário Nogueira, garantindo que «independentemente da luta sobre os próximos concursos, neste caso o que há a necessidade da reposição da legalidade».
Ontem, o secretário da Educação, Alexandre Ventura, garantiu aos jornalistas não ter ainda conhecimento da notificação do tribunal, ao mesmo tempo que o gabinete de Isabel Alçada garantia ao SOL «nenhum dos docentes das regiões autónomas dos Açores e da Madeira será prejudicado em concurso pelo facto de não lhe ter sido atribuída menção quantitativa» - embora sem explicar de que forma será feita a salvaguarda desses casos."
Ver Artigo Completo (FENPROF)
O líder da Federação Nacional de Professores (Fenprof), Mário Nogueira, não tem dúvidas: «O Ministério da Educação está a incorrer no crime de desobediência».
Terminado o prazo dado pelo Tribunal Administrativo de Beja, a aplicação informática do concurso para a colocação de professores continua a pedir aos docentes que insiram os dados sobre a sua avaliação quantitativa e qualitativa.
«Isto é desobedecer a uma ordem do tribunal e ninguém está acima da lei», diz o sindicalista que, esta quarta-feira de manhã, pediu já a execução da sentença.
«O que foi decidido é muito claro: o Ministério deve abolir a avaliação do desempenho do formulário», defende Nogueira, recordando que as dúvidas dos sindicatos se prendem com «as desigualdades e injustiças geradas pela forma como decorreu o último ciclo de avaliação».
Em causa estão, por exemplo, situações como as dos professores da região autónoma dos Açores, que não tiveram uma avaliação quantitativa, pelo que não têm dados para preencher todos os campos do formulário e se queixam agora de figurarem como «não avaliados».
Mas há outras situações. «Professores que não foram avaliados porque estiveram de baixa ou de licença de maternidade», exemplifica Mário Nogueira, garantindo que «independentemente da luta sobre os próximos concursos, neste caso o que há a necessidade da reposição da legalidade».
Ontem, o secretário da Educação, Alexandre Ventura, garantiu aos jornalistas não ter ainda conhecimento da notificação do tribunal, ao mesmo tempo que o gabinete de Isabel Alçada garantia ao SOL «nenhum dos docentes das regiões autónomas dos Açores e da Madeira será prejudicado em concurso pelo facto de não lhe ter sido atribuída menção quantitativa» - embora sem explicar de que forma será feita a salvaguarda desses casos."
Ver Artigo Completo (FENPROF)
Comentário: E o circo mediático continua... O Mário Nogueira está imparável. Num dia "malha" (ou tenta "malhar") no Paulo Guinote no outro "atira-se" ao Ministério da Educação com tal vontade, que se esquece que existem prazos para determinadas situações legais. E pensar que esta situação poderia ter sido acautelada há uns meses (e não... não me conseguem convencer do contrário, nem que me pintem as inverdades de azul - a minha cor preferida) só me dá vontade de utilizar termos menos elogiosos para a inteligência daqueles que não conseguem admitir que outros interesses se levantaram e que acabaram por boicotar (mesmo que não intencionalmente) muita da credibilidade sindical. E o pior de tudo é acharem que conseguem desta forma convencer os professores...
Não ficaria nada mal admitir que a assinatura do acordo de Janeiro de 2010 não foi assim tão boa. Não ficaria assim tão mal admitir que a não consideração dos efeitos do modelo de avaliação de Maria de Lurdes Rodrigues foi um aspecto menosprezado... Mas como diz um amigo meu, e com toda a razão, eu não estou na mesa de negociações, não defendo uma classe, não fui eleito representante de ninguém, e como tal, posso dar-me ao luxo de apontar dedos. E nesse aspecto, faço mea culpa, mas também não tenho qualquer capacidade de mobilização e como tal, aquilo que escrevo é muito pouco relevante. Para além disso, sou basicamente muito teimoso. ;)
Não ficaria nada mal admitir que a assinatura do acordo de Janeiro de 2010 não foi assim tão boa. Não ficaria assim tão mal admitir que a não consideração dos efeitos do modelo de avaliação de Maria de Lurdes Rodrigues foi um aspecto menosprezado... Mas como diz um amigo meu, e com toda a razão, eu não estou na mesa de negociações, não defendo uma classe, não fui eleito representante de ninguém, e como tal, posso dar-me ao luxo de apontar dedos. E nesse aspecto, faço mea culpa, mas também não tenho qualquer capacidade de mobilização e como tal, aquilo que escrevo é muito pouco relevante. Para além disso, sou basicamente muito teimoso. ;)
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caro colega:
ResponderEliminartem razão em ao referir que o acordo afinal não foi assim tão bom. Acho que não foi bem negociado quando era a hora certa. quero fazer-lhe uma questão: Qual é VANTAGEM DOS pROFS CONTRATADOS EM TEREM AS AULAS ASSISTIDAS?
Agradecia muito que abordasse esse tópico.
Não foi nada boa? Esperem pelo texto da Lei (por agora escondido do público) e verão a desgraça em que nos meteram para garantirem a progressão sem darem aulas.
ResponderEliminarPara Navegadores: Vantagens dos professores contratados em ter aulas assistidas? As que constam na legislação ainda em vigor, se bem que não as considero como vantagens...
ResponderEliminarNão farei qualquer apreciação sobre este tema a esta altura, até porque estará mesmo a sair nova legislação (ECD e avaliação). No entanto, e considerando os últimos desenvolvimentos (recomendação da integração na carreira de colegas contratados com mais de 10 anos e defesa da consideração da avaliação na graduação por Isabel Alçada) diria que vantagens serão todas e mais algumas, na eventualidade de conseguir obter uma avaliação de "topo".
Mas como sempre, cada professor deve saber avaliar muito bem a sua situação profissional e pessoal. Não existem fórmulas únicas.