No jornal iOnline a 11/01/2010: "Os movimentos dos professores uniram-se para protestar contra o acordo entre sindicatos e Ministério da Educação sobre o novo modelo de avaliação e estrutura da carreira. As três organizações independentes estão descontentes e prometem angariar aliados para mostrar que a luta dos professores não vai ficar por aqui. "Estamos disponíveis para articular algumas estratégias em conjunto, com o objectivo de mostrar que este entendimento tem debilidades e ficou muito aquém das nossas reivindicações", disse ao i Ilídio Trindade, do Movimento para a Mobilização e Unidade dos Professores (MUP).
Quem se juntar à causa é bem-vindo, esclarece o coordenador do movimento - professores, bloggers e até os dois sindicatos que na passada quinta-feira rejeitaram o acordo de princípios assinado pelas federações sindicais mais representativas da classe. A missão é "desencadearem breve a construção de uma grande convergência de contestação às medidas que os professores continuam a recusar", explica Ilídio Trindade.
É a decisão que os dois movimentos assumiram em conjunto com o Movimento de Valorização dos Professores (PROmova) porque dizem ter sido empurrados para "um beco sem saída" que os vai obrigar a planear uma estratégia "diferenciada" dos sindicatos. "Queremos mostrar uma posição comum que passa por pressionar os dirigentes sindicais a manter as nossas exigências junto do governo", diz Ricardo Silva, da Associação de Professores e Educadores em Defesa do Ensino (APEDE). Não se trata de dividir ou enfraquecer a luta, disse o coordenador do movimento, mas de mostrar que "uma grande parte dos professores" não se revê neste acordo.
"A negociação esteve demasiado centrada em questões salariais", censura Ricardo Silva, denunciando que o modelo de avaliação se manteve "intocável" e que as questões ligadas à qualidade do ensino ficaram em segundo plano. Quanto à capacidade de mobilizar os professores, tanto Ilídio Trindade como Ricardo Silva lembram a proeza conseguida a 8 Novembro de 2008, dia em que 120 mil professores saíram à rua. "Ninguém poderá negar o peso que os movimentos independentes tiveram naquela manifestação", diz o líder do MUP."
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Quem se juntar à causa é bem-vindo, esclarece o coordenador do movimento - professores, bloggers e até os dois sindicatos que na passada quinta-feira rejeitaram o acordo de princípios assinado pelas federações sindicais mais representativas da classe. A missão é "desencadearem breve a construção de uma grande convergência de contestação às medidas que os professores continuam a recusar", explica Ilídio Trindade.
É a decisão que os dois movimentos assumiram em conjunto com o Movimento de Valorização dos Professores (PROmova) porque dizem ter sido empurrados para "um beco sem saída" que os vai obrigar a planear uma estratégia "diferenciada" dos sindicatos. "Queremos mostrar uma posição comum que passa por pressionar os dirigentes sindicais a manter as nossas exigências junto do governo", diz Ricardo Silva, da Associação de Professores e Educadores em Defesa do Ensino (APEDE). Não se trata de dividir ou enfraquecer a luta, disse o coordenador do movimento, mas de mostrar que "uma grande parte dos professores" não se revê neste acordo.
"A negociação esteve demasiado centrada em questões salariais", censura Ricardo Silva, denunciando que o modelo de avaliação se manteve "intocável" e que as questões ligadas à qualidade do ensino ficaram em segundo plano. Quanto à capacidade de mobilizar os professores, tanto Ilídio Trindade como Ricardo Silva lembram a proeza conseguida a 8 Novembro de 2008, dia em que 120 mil professores saíram à rua. "Ninguém poderá negar o peso que os movimentos independentes tiveram naquela manifestação", diz o líder do MUP."
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Comentário: Começo exactamente pelo final do artigo. O que o Ricardo Silva afirma, é para mim, verdade. A negociação entre o Ministério da Educação e os sindicatos esteve excessivamente centrada em questões salariais e de progressão. Basta para isso olhar para as alterações à proposta final de Dezembro do Ministério da Educação, introduzidas no acordo (análises: aqui, ali e acolá).
O modelo de avaliação não teve a discussão que mereceria, o que até acho estranho, pois para muitos esse foi o principal motivo que os levou a manifestações nacionais e tomadas de posição ao nível de escola/agrupamento. Que não restem dúvidas que o modelo de avaliação do desempenho irá manter-se praticamente igual ao "simplex suspenso" em Dezembro. Até mesmo os efeitos da avaliação do desempenho 2007-2009 que a FENPROF defendia serem anulados, acabaram por ser considerados para efeitos de reposicionamento e progressão. Infelizmente...
Tenho uma opinião bem clara e definida sobre este acordo que a seu tempo irei divulgar, no entanto, fica para já um esclarecimento: Não me posso identificar totalmente nem com os sindicatos que assinaram nem com os movimentos de professores que não conseguem aceitar o rumo das negociações.
O modelo de avaliação não teve a discussão que mereceria, o que até acho estranho, pois para muitos esse foi o principal motivo que os levou a manifestações nacionais e tomadas de posição ao nível de escola/agrupamento. Que não restem dúvidas que o modelo de avaliação do desempenho irá manter-se praticamente igual ao "simplex suspenso" em Dezembro. Até mesmo os efeitos da avaliação do desempenho 2007-2009 que a FENPROF defendia serem anulados, acabaram por ser considerados para efeitos de reposicionamento e progressão. Infelizmente...
Tenho uma opinião bem clara e definida sobre este acordo que a seu tempo irei divulgar, no entanto, fica para já um esclarecimento: Não me posso identificar totalmente nem com os sindicatos que assinaram nem com os movimentos de professores que não conseguem aceitar o rumo das negociações.
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Conheça o texto elaborado e publicado por "achispavermelha.blogspot.com" ou "classecontraclasse.blogspot.com" e dê-nos a sua opinião acerca das sugestões que propomos aos professores.
ResponderEliminarSaudações
"A CHISPA!"
"CLASSECONTRACLASSE!"
Já se justifica equacionar um assunto tabu para nós professores: e se acabássemos com a carreira? Ordenado igual para trabalho igual e ponto. Seria muito mais justo no quadro das alterações todas que o ECD sofreu nos últimos anos.
ResponderEliminarAlguém me pode dizer como fica a situação dos contratados com este acordo, nomeadamente aqueles que têm vários anos de serviço?
ResponderEliminarObrigada