À proposta do ME, a FENPROF responde com uma contra-proposta. Já estive no sítio da FNE, mas ainda não têm qualquer documento disponível.
Vejamos quais as "novidades" apresentadas pela FENPROF:
- Redução da actual duração da carreira, logo, do tempo necessário para acesso ao topo;
- Rejeição de mecanismos administrativos que constranjam a progressão na carreira docente;
- Estabelecimento de períodos de permanência iguais (propondo-se 4 anos) em cada escalão, prevendo a existência de 8 escalões;
- Consagração de impulsos indiciários de valor semelhante entre os diversos escalões, calculados entre o índice 167 (escalão 1) e o 370 (escalão de topo);
- Remuneração dos docentes contratados profissionalizados pelo índice correspondente ao primeiro escalão da carreira docente (índice 167);
- Em estreita ligação com a proposta de avaliação de desempenho, a FENPROF propõe que a diferenciação positiva possa fazer-se através da atribuição da menção de Muito Bom. Nesse caso, o docente auferirá, no escalão seguinte e apenas nesse, de um suplemento remuneratório igual a 50% da diferença indiciária entre escalões, mesmo que se encontre no escalão de topo.
Para já não me vou pronunciar sobre a justeza de tais propostas, mas... E onde está a proposta da FENPROF relativamente à Prova de Ingresso? Esqueceram-se? Concordam com ela?
Nota: Aconselho a leitura deste documento relativo à situação dos colegas com habilitação própria e que deverá também ser alvo de negociação com o ME.
Vejamos quais as "novidades" apresentadas pela FENPROF:
- Redução da actual duração da carreira, logo, do tempo necessário para acesso ao topo;
- Rejeição de mecanismos administrativos que constranjam a progressão na carreira docente;
- Estabelecimento de períodos de permanência iguais (propondo-se 4 anos) em cada escalão, prevendo a existência de 8 escalões;
- Consagração de impulsos indiciários de valor semelhante entre os diversos escalões, calculados entre o índice 167 (escalão 1) e o 370 (escalão de topo);
- Remuneração dos docentes contratados profissionalizados pelo índice correspondente ao primeiro escalão da carreira docente (índice 167);
- Em estreita ligação com a proposta de avaliação de desempenho, a FENPROF propõe que a diferenciação positiva possa fazer-se através da atribuição da menção de Muito Bom. Nesse caso, o docente auferirá, no escalão seguinte e apenas nesse, de um suplemento remuneratório igual a 50% da diferença indiciária entre escalões, mesmo que se encontre no escalão de topo.
Para já não me vou pronunciar sobre a justeza de tais propostas, mas... E onde está a proposta da FENPROF relativamente à Prova de Ingresso? Esqueceram-se? Concordam com ela?
Nota: Aconselho a leitura deste documento relativo à situação dos colegas com habilitação própria e que deverá também ser alvo de negociação com o ME.
Mas acha o colega ricardo que alguém neste país se preocupa com os contratados. Nem os próprios contratados se preocupam com eles. Os sindicatos? Deixem-me rir.
ResponderEliminarRicardo, vamos lá com calma. Vejamos, esta 1ª reunião era sobre a estrutura da carreira. Repara que esta proposta diz apenas respeito à estrutura da carreira. Há muita coisa que não está nesta proposta. A Prova é uma delas. Repara que também não há referências à avaliação. Isso é normal, quando tens um calendário com várias reuniões com assuntos definidos. E sabes bem que esta reunião era sobre a estrutura da Carreira. E a Prova não faz parte da estrutura da carreira. Pelo calendário que tu colocaste neste post (http://profslusos.blogspot.com/search?updated-max=2009-11-21T19%3A32%3A00Z&max-results=15) só esperava que a prova fosse abordada apenas na ultima fase. Mas como o ME já avançou com a sua proposta, é natural que venha a ser já discutida.
ResponderEliminarhttp://economico.sapo.pt/noticias/isabel-alcada-quer-sistema-de-avaliacao-que-premeie-a-qualidade_75427.html
ResponderEliminarPara Advogado do Diabo: Na prática até tens razão. Estamos a falar da estrutura e não no ingresso na profissão. Mas se neste documento da FENPROF já é referida alguma relação entre a estrutura e um futuro modelo de avaliação, também não custaria nada começarem a introduzir a questão da prova.
ResponderEliminarBem sei que as reuniões de trabalho têm os seus timings mas o ME já referiu na sua proposta a manutenção da prova. Mais, se a prova não for discutida aquando da estrutura em que temas é que será inserida? Na Avaliação do Desempenho? Na transição entre modelos? É como tu dizes, provavelmente vai ficar mesmo para o fim, o que até acho complicado pois o nosso ECD começa logo no artigo 2.º a falar da dita cuja prova.
Bom, relativamente à prova não estou muito confiante que haja muita preocupação pela parte dos sindicatos em nos defender...nós, os contratados estamos sempre em último plano. È por essas e por outras que não me sindicalizo.
ResponderEliminarRui
Rui,
ResponderEliminarsão essas atitudes que podem levar a essas situações.
As posições dos sindicatos sobre a prova são conhecidas, por aqueles aqueles se derem ao trabalho de as conhecer. Acontece que há muitos colegas que não querem saber. Preferem manter essa ideia. è mais fácil criticar, arranjar um alvo para culpar. "Eles" nada fazem. Acontece que "eles" somos nós. A verdade é que nada querem fazer. Sabe que há sindicatos que possuem secções só para contratados, que fazem reuniões só para resolver os problemas dos contratados, e nesses reuniões aparece pouca gente. De quem é a culpa? Dos sindicatos. Não se limitem a criticar. Façam algo. Inundem os mails dos sindicatos com o que pensam, vão as reuniões. Nem precisam de ser sindicalizados para o fazer.
E já agora, como diz que os contratados foram esquecidos, veja com atenção a proposta. Há lá qualquer coisa relacionada com os sindicatos. Mas isso não interessa nada, pois não? Importante é manter a ideia que os sindicatos não querem nada com a proposta
Ricardo, a única coisa que se fala sobre a avaliação na proposta da Fenprof é sobre os efeitos da mesma na progressão da carreira. Esta negociação é complexa. Há muita coisa a negociar. Não é só a Carreira, a avaliação, e a prova. Há a questão dos horários, das faltas, entre outros assuntos.E parece-me que 1 mês é muito pouco tempo para discutir tudo. É preciso aproveitar esta negociação para tentar resolver todas estas questões.
impulsos indiciários de valor semelhante entre os diversos escalões... ora aí está algo que defendo há muito tempo! Duvido que seja aceite, pois isso implicaria "abrir os cordões à bolsa", mas seria da maior justiça... uma das grandes razões para a "invenção" dos titulares foi constrangir o acesso aos 2 últimos escalões onde o salto remuneratório é semelhante a 3 ou 4 dos escalões iniciais... que haja uma real progressão, ou então que se acabe com a carreira de vez! (uma ideia revolucionária que ando a remoer e que um destes dias explico)...
ResponderEliminarAcabar com a carreira de uma vez é qualquer coisa menos disparatada do que possa parecer. Na pior das hipoteses, talvez a carreira devesse ter apenas dois ou três escalões, mas também não me parece qe haja muita gente a querer ouvir falar disso.
ResponderEliminarUma hipótese interessante seria condicionar o acesso aos escalões superiores em função de trabalho realizado na área do docente. Dois exemplos: primeiro, condicionar o acesso ao escalão seguinte através da obtenção ou não do grau de mestre ou doutor; segundo, aferir os resultados dos professores a montante e a jusante, isto é, fazer uma avaliação dos conhecimentos e competências dos alunos antes e após um ano de trabalho com cada professor.
Claro que existem alguns constrangimentos a esta segunda ideia: os contratados não podem ser avaliados em função deste item, mas esses não estão na carreira; e aqueles que tiverrem dispensa de componente lectiva ou ausentes por doenção também não o poderiam ser. Mas estes são apenas dois exemplos de como a avaliação poderia ser feita, condicionando, porque é isso o que o governo quer, o acesso aos escalões mais bem remunerados.
O Advogado do Diabo tem alguma razão, mas não tem toda.
ResponderEliminarEm primeiro lugar, ninguém sente que "o sindicato somos nós". Há muito tempo que o sindicalismo se encontra institucionalizado: ser sindicalista passou a ser uma profissão como qualquer outra, paga pelo erário público com o dinheiro dos nossos impostos. É a vantagem de se viver em democracia, mas deslegitimiza esse discurso dos "coitadinhos dos sindicatos", vítimas da inércia e inoperância alheia.
Em segundo lugar, sendo verdade que "alguns sindicatos" têm secções para contratados, também é verdade que *muitos outros* não as têm. Por exemplo, existe alguma secção minimamente actual nos sites dos sindicatos sobre a situação laboral dos contratados? Como sabe, não.
Em terceiro lugar, a culpa de os contratados não comparecerem nas tais reuniões que lhes são destinadas é, efectivamente, dos sindicatos. As reuniões não são divulgadas; não há comunicação com os associados; não existem plenários ou reuniões específicas nas escolas; e enquanto fui contratado, nunca recebi uma única carta do sindicato para qualquer reunião, e já venho do tempo em que não havia internet. Estamos, ainda assim a falar de reuniões para os actuais 15% ou 20% de contratados, o que reduz bastante a população-alvo: se se fizerem reuniões de titulares, representando sensivelmente a mesma fatia do universo populacional, quantos comparecerão? Donde, a culpa não é dos contratados, como insinua.
Por fim: é óbvio que a prova de ingresso não é nem será um leit-motif irredutível. É das primeiras coisas em que os sindicatos estarão dispostos a ceder, pois não constituem a fatia mais significativa dos associados. E isso é claro como água e, digo eu, perfeitamente compreensível.
Insensato
ResponderEliminarHá muitos sindicatos, pelo que basta procurar aquele que consideram defender melhor os vossos interesses. O SPGL tem uma secção de contratados, que este fez 4 plenários. Todas elas foram devidamente anunciadas no site, na revista do sindicato e eu, que até nem sou contratado, recebi um sms sobre cada uma delas. Portanto essa de falta de informação, hoje em dia é uma má desculpa.
E pelos vistos, por estarem só preocupados com a Prova, não leram com atenção a proposta da Fenprof. Já leram o ponto 7 da proposta? Se calhar seria melhor a Fenprof retirar aquele ponto. Assim teriam motivos para defenderem a tese de que os contratados são sempre esquecidos.
Advogado,
ResponderEliminarObrigado, mas não estou à procura de nenhum sindicato para defender os meus interesses, nem os meus interesses são comuns aos dos contratados.
Pessoalmente, devo até dizer que estou de acordo com a tal prova de ingresso, pelo que agradeço que não enfie tudo no mesmo saco.
Commpreendo que queira defender com unhas e dentes a fenprof: lá terá os seus motivos. Eu, que não tenho interesses no sindicalismo - não estou destacada à custa disso, nem tenho avença - limito.me a dizer aquilo que penso.
A propósito, eis o calendário negocial:
ResponderEliminarDia 25/11 - Estrutura da Carreira Docente
Dia 2/12 - Estrutura da Carreira Docente
Dia 9/12 - Avaliação do Desempenho Docente
Dia 16/12 - Avaliação do Desempenho Docente
Dia 23/12 - Transição entre Modelos
Dia 30/12 - Transição entre Modelos e Conclusão
A Prova de Ingresso é discutida dia... ?
Concordo com a situação dos contratados (1.º escalão) poque ando farta de ganhar o mesmo...
ResponderEliminarBoa sorte para todos!!!
;) Mar110
Insano
ResponderEliminarSe pensa que digo o que digo por estar a ganhar algum beneficio de algum sindicato, isso apenas revela o seu "preconceito". O meu destacamento é o DACL, por ser QZP. Conhece-o? Qual é mesmo meu o pretenso ganho derivado de algum sindicato? Ou será que pensa que só pensa pela sua própria cabeça quem critica os sindicatos? Como penso pela minha própria cabeça, critico quando penso que devo criticar, defendo quando acho que devo defender. Por exemplo seu caso. Primeiro critica os sindicatos por não fazerem reuniões só para resolver os problemas dos contratados. Ao provar que isso não é totalmente verdade, passa a criticar essas reuniões, dizendo que reduzem o publico alvo. Afinal quer ou não reuniões destinadas só para contratados?
Quanto à discussão do prova de ingresso, basta ler o que disse mais acima, no 2º comentário a este post.
o SPGL tem uma secçao para contratados e tem ajudado muitos contratados a resolverem problemas que o M.E. de vez enquando lhe arranja...
ResponderEliminardescanse ,que a prova de ingresso só tem cabimento se tiver lugar, imediatamente, ao final do curso para possibilitar ao ME avaliar as instituições.
tudo o resto é para vos distrair...
ESTÁS FARTO DE GANHAR O MESMO E É UMA TREMENDA INJUSTIÇA TRABALHARES COMO OS OUTROS,4,5,6,...10 E MAIS ANOS E ...CONTINUARES A SER TOYOTA CONTRATADO ...PEDINDO, MUITA VEZ, O DINHEIRO AO PAPÁ PARA A GASOLINA.
ResponderEliminarSE Fõsses medico tinhas outro ordenadito...
se fosses politico tinhas carro ,gasoleo e saco azul...
és contratado,aguenta...devagar se vai ao longe...os teus alunos elogiam-te.
Concordo com o titular. Os sindicatos em vez de fazerem esse tipo de propostas deviam era lutar para integrar os contratados que se arrastam há anos pelas escolas para poderem ainda se manterem no ensino. NÃO QUEREMOS ESMOLAS. Queremos respeito e dignidade profissional. Essa proposta só esconde o problema não o resolve.
ResponderEliminarDiz o ProfCurioso:
ResponderEliminar"Primeiro critica os sindicatos por não fazerem reuniões só para resolver os problemas dos contratados. Ao provar que isso não é totalmente verdade, passa a criticar essas reuniões, dizendo que reduzem o publico alvo."
Está enganado e engana deliberadamente quem ler. Não foi nada disso o que escrevi. Mas se não percebeu, é um problema seu.
Preconceitos contra sindicatos, não tenho; mas o ProfCurioso não é capaz de ler a menor referência não elogiosa aos sindicatos que fica logo abespinhado...