(Título original do artigo abaixo exposto.
Texto enviado às direcções das escolas/agrupamentos pela FENPROF)
Texto enviado às direcções das escolas/agrupamentos pela FENPROF)
No sítio do SPRC a 09/10/2009: "Colegas,
São muitas as dúvidas que se colocam em relação à avaliação de desempenho dos professores. Em relação ao presente, embora se encontrem algumas situações ainda por resolver, é cada vez maior o número de escolas que, sem problemas, encerraram os processos referentes ao designado primeiro ciclo de avaliação, garantindo a avaliação de todos os docentes. Quanto ao futuro, não estando ainda completamente definido o quadro político, sabe-se, no entanto, que a maioria parlamentar saída das últimas eleições legislativas é favorável à suspensão do actual modelo de avaliação e à sua substituição.
Se dúvidas existissem quanto à avaliação de professores e educadores que não apresentaram proposta de objectivos individuais, elas dissipar-se-iam com o encerramento do processo de avaliação em escolas em que muitos docentes não entregaram tal proposta tendo, porém, como se esperava, sido devidamente avaliados.
Perante este facto, está criada uma nova e importante situação: a não avaliação de professores, em algumas escolas, por não terem apresentado proposta de objectivos individuais passa a configurar uma situação de efectiva desigualdade, ou seja, é de duvidosa constitucionalidade, pois fere o princípio–base da CRP que consagra a igualdade de tratamento entre cidadãos, e, como tal, merecerá o devido acompanhamento da nossa parte e a intervenção sindical adequada. Pelo que tem chegado aos Sindicatos da FENPROF, estamos em crer, porém, que essas são situações verdadeiramente excepcionais.
(...)
Tendo sido garantida, por esses partidos, a maioria parlamentar, estamos em crer que o modelo terá os seus dias contados, não vigorará durante mais nenhum ciclo e só o facto de não ter ainda entrado em funções (o que acontecerá durante o mês de Outubro) impediu a Assembleia da República de já ter tomado essa decisão, devendo ser das primeiras que tomará.
Por essa razão, é opinião da FENPROF que faria algum sentido que as escolas e agrupamentos aguardassem um pouco a clarificação da situação antes de aprovarem os calendários para o novo ciclo avaliativo que, de acordo com o disposto no Decreto Regulamentar n.º 14/2009, de 21 de Agosto, poderá ter lugar até 30 de Outubro de 2009. Havendo este prazo, poderá ser do interesse das escolas não precipitar procedimentos – designadamente, decisão sobre aplicação do regime completo ou simplificado e apresentação de proposta de objectivos individuais –, na medida em que os mesmos poderão ter de ser anulados na sequência de uma decisão política que se aguarda como mais provável. (...)"
Ver Artigo Completo (SPRC)
São muitas as dúvidas que se colocam em relação à avaliação de desempenho dos professores. Em relação ao presente, embora se encontrem algumas situações ainda por resolver, é cada vez maior o número de escolas que, sem problemas, encerraram os processos referentes ao designado primeiro ciclo de avaliação, garantindo a avaliação de todos os docentes. Quanto ao futuro, não estando ainda completamente definido o quadro político, sabe-se, no entanto, que a maioria parlamentar saída das últimas eleições legislativas é favorável à suspensão do actual modelo de avaliação e à sua substituição.
Se dúvidas existissem quanto à avaliação de professores e educadores que não apresentaram proposta de objectivos individuais, elas dissipar-se-iam com o encerramento do processo de avaliação em escolas em que muitos docentes não entregaram tal proposta tendo, porém, como se esperava, sido devidamente avaliados.
Perante este facto, está criada uma nova e importante situação: a não avaliação de professores, em algumas escolas, por não terem apresentado proposta de objectivos individuais passa a configurar uma situação de efectiva desigualdade, ou seja, é de duvidosa constitucionalidade, pois fere o princípio–base da CRP que consagra a igualdade de tratamento entre cidadãos, e, como tal, merecerá o devido acompanhamento da nossa parte e a intervenção sindical adequada. Pelo que tem chegado aos Sindicatos da FENPROF, estamos em crer, porém, que essas são situações verdadeiramente excepcionais.
(...)
Tendo sido garantida, por esses partidos, a maioria parlamentar, estamos em crer que o modelo terá os seus dias contados, não vigorará durante mais nenhum ciclo e só o facto de não ter ainda entrado em funções (o que acontecerá durante o mês de Outubro) impediu a Assembleia da República de já ter tomado essa decisão, devendo ser das primeiras que tomará.
Por essa razão, é opinião da FENPROF que faria algum sentido que as escolas e agrupamentos aguardassem um pouco a clarificação da situação antes de aprovarem os calendários para o novo ciclo avaliativo que, de acordo com o disposto no Decreto Regulamentar n.º 14/2009, de 21 de Agosto, poderá ter lugar até 30 de Outubro de 2009. Havendo este prazo, poderá ser do interesse das escolas não precipitar procedimentos – designadamente, decisão sobre aplicação do regime completo ou simplificado e apresentação de proposta de objectivos individuais –, na medida em que os mesmos poderão ter de ser anulados na sequência de uma decisão política que se aguarda como mais provável. (...)"
Ver Artigo Completo (SPRC)
Comentário: O ambiente não será assim tão sereno... nem tão excepcional! Os casos de colegas que não entregaram a famigerada ficha de objectivos individuais ainda chegam para encher algumas salas de professores. Tal como escrevi neste blogue por diversas vezes (e a controvérsia que isto deu) continuo a considerar que no essencial da lei (ainda em vigor) nada obrigava à entrega da tal ficha de objectivos individuais. Ao contrário da auto-avaliação que é obrigatória, mesmo que não tendo de obedecer (e aqui as interpretações continuam diversificadas) ao documento "standard" disponibilizado no sítio da DGRHE.
No que concerne às direcções das escolas: O melhor mesmo é abrandarem a "fúria adesivista neo fascista", pois só mesmo muito dificilmente não poderão ocorrer alterações ao nível do ECD, e como tal, deste modelo de avaliação do desempenho. Basta os partidos da oposição cumprirem as suas promessas para que, a partir de Outubro começarmos a ter «melhores» notícias...
No que concerne às direcções das escolas: O melhor mesmo é abrandarem a "fúria adesivista neo fascista", pois só mesmo muito dificilmente não poderão ocorrer alterações ao nível do ECD, e como tal, deste modelo de avaliação do desempenho. Basta os partidos da oposição cumprirem as suas promessas para que, a partir de Outubro começarmos a ter «melhores» notícias...
Pois, concordo plenamente com o Ricardo. Conheco muitas escolas que não entregaram objectivos e não foram avaliados (meu caso e de muitos colegas meus).Quato à avaliação dos que pediram avaliação da componente lectiva o que aconteceu é que houve escolas onde ninguém foi avaliado com classificação superior a Bom, outras onde todos tiveram classificação superior a Bom (poucos que pediram....quotas).Sei também que alguns Presidentes do CE avisaram no início do ano que não haveria classificação superior a Bom, daí que nenhumj colega pediu avaliação na componente lectiva.E ainda escolas onde os CE fizeram os objectiovos dos que não tinham entregue.
ResponderEliminarEu já denunciei para os partidos políticos. Colegas era importante fazê-lo neste momento.
ICA
Outras escolas como a minha, noventa e tal por cento dos professores pediram para serem avaliados na componente lectiva. Eu fui uma que me sujeitei ao sistema e gostaria de ver reconhecido o penoso ano lectivo pelo qual passei. Acho muito injusto que agora não se penalizem os que passaram um ano como se nada estivesse a acontecer, ou não de destaquem os que se sujeitaram a avaliação.
ResponderEliminarBoa noite!
ResponderEliminarNa minha escola, a Directora criou um documento onde exige que os professores que não entregaram os OI e entregaram a Ficha de Auto-avaliação, assinalem com uma cruzinha se queremos ser avaliados ou se a entregamos por ser uma mera formalidade. Na altura que a entregamos( terminou o prazo a 7 de Setembro) não a preenchemos e agora, a Srª Drª exige e ameaça: Quem não preencher o dito papel( não sei onde o terá ido copiar, não há conhecimento de outra escola a pedir tal coisa) não será avaliado!
Pergunto : Será possível? Será que pode exigir semelhante coisa?
Obrigada pela resposta, fico a aguardar!
O prazo legal para afixar calendário para o próximo ciclo é 30 de Outubro e, portanto, duvido que algum director se arrisque a não cumpri-lo.
ResponderEliminarEm relação a este ciclo há muitas escolas que já atribuíram a classificação dos docentes e pelo menos 20% tiveram notas superiores a "Bom". Suspender a avaliação implica penalizar estes docentes na progressão sa Carreira. Um problema que fará certamente vacilar os deputados. Não está fácil...
Em relação aos objectivos individuais suponho que a maioria dos directores vai avaliar quem entregou auto-avaliação. Haverá excepções sem grande expressão.
Há ainda um outro problema associado à suspensão do actual modelo: O novo estatuto (publicado a 30/09/2009) permite que muitos professores progridam de imediato. Suspender a avaliação impedirá que tal se verifique. Complicado...
ResponderEliminarMais valia que os sindicatos se concentrassem em verdadeiros problemas, tais como os horários (redefinição de componente lectiva e não lectiva) e o regime de aposentação (as penalizações para aposentação antecipada são exageradas). Sairiam todos a ganhar.
o mal reside aí:
ResponderEliminara existência de uma nova classe,que tem como preocupação o recuperar das reduções de horário (ir á escola 1 dia por semana)...e as penalizações na aposentação.
enquanto,os reformados podem viver com chá ...os jovens precisam de dinheiro, para comer e para pagar a quem lhe fique com os filhos.
os sindicatos têm que lutar pela justiça na classe.
A colega que passou um ano penoso quer que todos oa anos sejam penosos até ir para a reforma? E se num ano penoso não conseguir obter as notas de topo por causa das quotas, como acha que se vai sentir?
ResponderEliminarE mesmo sem pedir avaliação na componente científica, se nos dedicarmos ao trabalho, não é como se nada se estivesse a passar...
Para Maria: É importante que estas «discrepâncias» sejam devidamente publicitadas, até porque atestam a ineficácia e injustiça deste modelo de avaliação.
ResponderEliminarUm mesmo modelo com diversas interpretações e consequências não pode ser um bom modelo.
Para Anónimo (Outubro 11, 2009 12:36 AM): Em primeiro lugar, agradecia a colocação de um nome ou nickname para facilitar a resposta e divulgação da mesma.
ResponderEliminarRelativamente à sua questão: Esse documento não é único da sua escola. Existem muitas escolas onde na inexistência de tal documento, os professores estão a ser chamados às direcções para expressarem qual o sentido da sua avaliação.
Mais uma vez a autonomia das escolas «permite» este tipo de atropelos, no entanto, e se a FAA foi entregue, sendo formalidade ou não, a escola terá de atribuir uma avaliação. Recordo que os OI não eram de entrega obrigatória, ao contrário da auto-avaliação. Esse será um embróglio que compete à direcção resolver, mas não deste modo...
Aconselho os colegas que estão a ser pressionados neste sentido a exigirem que essa «obrigatoriedade» seja transmitida por carta registada, para que posteriormente se possam defender.
A data de 30 de Outubro refere-se especificamente a quê? Desta vez está a escapar-me isso...
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