terça-feira, 13 de outubro de 2009

Os rankings e o trabalho dos professores...

No Correio da Manhã - Artigo de Opinião - a 13/10/2009: "Deve ser inglório para muitos professores verificar o ranking do Ensino Secundário. A esmagadora maioria dos docentes são pessoas dedicadas, competentes e investem o seu esforço e o seu tempo na profissão.

Quase todos nós tivemos ou conhecemos professores e professoras dessa estirpe. No entanto, nos resultados do ranking, o ensino público aparece mal na fotografia, sem culpa da maior parte destes profissionais. É verdade que há uma minoria de incompetentes. Sei do que falo. Os meus filhos estiveram no ensino público e tiveram dois professores excelentes e uma demasiado incompetente. Entretanto mudaram para uma boa escola privada, habitual frequentadora do ‘top 10’ e a principal diferença não é na qualidade dos professores, uma vez que os bons professores da escola pública são tão bons como os melhores das privadas.

As principais diferenças residem na disciplina, na ética do trabalho, na exigência e na organização da escola. É evidente que outro factor importante no sucesso é o envolvimento das famílias na educação dos seus filhos e no ensino público, poucos pais se interessam. Mas estes rankings também mostram que a guerra da ministra com os professores não se centrava no mais importante. Não é com avaliações burocráticas que se melhora a escola."

Ver Artigo Completo (Correio da Manhã)

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Comentário: Certeiro, este artigo de opinião... Faltaria acrescentar que a «ausência» de escolas públicas do top também poderá estar relacionado com outros factores que não a exigência e organização das privadas. E a palavra-chave poderá ser mesmo "facilitismo". E o facilitismo imposto nas escolas públicas não é propriamente um bom condimento para o sucesso nos exames nacionais. Bem... Não era, pois também já começam a «ceder» nos exames.

Ainda a propósito deste tema, aconselho a leitura deste post do Paulo Guinote. Mais uma daquelas análises que irão servir de carapuça para muitos directores... Eu pessoalmente, conheço um ou dois, a quem recomendaria a leitura. Mas isso são contas para um futuro próximo.
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3 comentários:

  1. Quando umas escolas podem escolher os melhores, e outras têm de aceitar todos os alunos, sejam eles quem forem, tenham eles problemas ou não, tenham eles capacidades ou não, tenham eles dinheiro ou não, toda e qualquer comparação, além de estéril, é falaciosa.

    Pessoalemtente tenho preferência pela escola pública: os professores são tão bons e tão trabalhadores quanto os das privadas, e a escola pública, sociologicamente tem uma vantagem quanto às privadas, reflectem a sociedade. E se é na sociedade que vamos viver, é com ela que temos de crescer.

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  2. O visiense falou numa das principais causas que não referiste. Esta capacidade de escolher os alunos que frequentam aqueles colégios é um factor muito importante. Muita da diferença começa logo aí.


    Quanto ao post do Guinote, há um comentário muito importante (do MAT). Aquela relação que o Guinote faz carece de uma comparação com o que se passou nos anos anteriores. Se a posição relativa das escolas nos anos anteriores era idêntica, então é muito dificil demonstrar essa relação de causa efeito. Até porque há um exemplo que pode ser apontado como contraditório. Aquela escola secundária de Coimbra (não me recordo agora o nome) que aparecia no top, desapareceu dele. E a directora dessa escola é muito conhecida por ser contra a ADD.

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  3. O Guinote só diz disparates.

    Analisa tudo pela Rama.

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