domingo, 14 de junho de 2009

A recusa da entrega da FAA.

Tal como tinha afirmado na quarta-feira, se tudo corresse bem, apenas viria hoje, à internet. Assim, só agora me apercebi que ontem surgiu uma bomba, lá para os lados do blogue "A Educação do meu Umbigo".

O Paulo Guinote e mais 12 colegas, optaram por publicitar no "Público" a declaração de uma intenção, relativa à não entrega da FAA. Pelo número de comentários no blogue do Paulo e pelo número de posts na blogosfera (em outros blogues), esta declaração conseguiu gerar uma discussão bastante intensa e interessante à volta do actual modelo de avaliação do desempenho docente.

Como não gosto de comentar, sem analisar em profundidade o que foi escrito, irei guardar a minha análise para logo à tarde.

8 comentários:

  1. São sempre bons os teus comentários Ricardo...
    De qualquer forma, e pelo que li no Publico, a declaração de intenção da não entrega da FAA do Paulo e dos colegas tem por base os argumentos, na minha opinião mais que legítimos, que o Paulo tem vindo a defender nas últimas semanas e que têm dado azo a tantas discussões...

    É uma linha de acção que não tem vindo a ser defendida por ti, mais uma vez também legitimamente claro...

    A do Paulo é bem mais arriscada e por isso se seguida por muitos poderia vir a ser bastante eficiente...

    Penso que de outra maneira só mesmo esperar que os partidos da oposição se comprometam publicamente na suspensão de todo o processo caso cheguem ao poder,

    Com falas mansas por certo não se verga esta ministra nem este governo

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  2. Ricardo! A coisa aqueceu, hem? Vamos tentar pôr água na fervura porque o ME já criou fissuras e divisões suficientes. Não vale a pena nós criarmos mais algumas.

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  3. Ricardo,
    Tenho acompanhado o seu blogue, bem como o do Ramiro e do Guinote.
    Todos os bloguistas apresentam argumentos plausíveis, legítimos... Penso que ninguém terá o direito, ou ousadia sequer em pôr em causa a vossa honestidade quando decidiram postar as vossas considerações, argumentos e inclinações...
    Caberá a cada um de nós deliberar, ajuizar, decidir em consciência.

    Estou convicta que a pretensão dos bloguistas era "despertar/abanar" consciências, fazer os colegas reflectirem sobre todas as tomadas de posição. O que tentaram fazer foi um verdadeiro acto de cidadania, de serviço público, uns mais do que outros...

    O "debate" que tem sido gerado em torno da FAA no meu entender era tão somente essencial como necessário. Estou convicta que muitos de nós, passámos dum estádio de "ignorância" para um estádio de ponderação, de reflexão, de conhecimento e de acção, propriamente ditos.

    Todos os argumentos colocados nos vários postes são legítimos. Alguns deles são feitos à luz da legislação, do politicamente-correcto... Outros são baseados na coêrencia de posições, de ideias, de fundamentos na práxis e na moral, pois somos uma classe ferida, magoada com estas políticas.

    Desculpem a honestidade, será legítimo e moralmente correcto fazerem-se juízos de valor em relação a uma ou outra tomada de posição? Nâo somos "carneirinhos", somos seres pensantes!

    Como poderemos sustentar o argumento, de que há colegas que têm posições e leituras baseadas na legislação, serem apelidados de legalistas, quando os próprios sindicatos não seguem a sua "política" de coerência de princípios?

    Se tudo é tão óbvio e apenas tem a ver com a questão moral/deontológica ou melhor de princípio porque será que os sindicatos não tomaram uma posição conivente com os preceitos que defendiam?

    Muito sinceramente, admiro a coragem de alguns, por não cederem a pressões provenientes dos mais diversos quadrantes... E terão o meu apoio e profundo reconhecimento...

    É por estas e por outras, que muitos entregarão a FAA porque se sentem desapoiados e não acreditam nas instituições que os representam...
    Compreendo a posição, neste momento dos sindicatos, porque deontologicamente não deverão apoiar decisões que vão contra os deveres consignados na legislação. Mas teve a oportunidade de o fazer, legal e legitimamente, e não o fez... Deixando-se velejar ao sabor do vento e das marés...

    Começo a pensar que tanto o ME como os sindicatos não são congruentes nas suas tomadas de posição... Legislando, isentando, beneficiando alguns em detrimento de outros...
    Legislação fraccionária, segregatória e volátil.

    Ah! Não queiramos alimentar discussões infrutíferas porque o efeito pode ser perverso. Aliás, com tudo isto, o governo sentir-se-á fortificado e triunfante...

    Um olhar nu e cru... de alguém que pouco ou nada sabe...o que vem dar força a Platão, detentor desta máxima (chave-mestra para o sucesso pessoal, social e profissional de qualquer se humano, onde a humildade é o seu mais prodigioso pergaminho): "eu só sei que nada sei".

    "Penso logo existo" - Descartes.
    Pensemos todos então... mas pensemos bem...

    Desculpem qualquer coisinha...

    G.P

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  4. Desculpem a falta de vírgulas...
    É a consternação no seu melhor.

    G.P

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  5. Para Joana: Tens toda a razão, os argumentos do Paulo são tremendamente legítimos. São os argumentos de todos nós. A diferença está mesmo na acção. Ele defende uma acção, eu defendo outra. A do Paulo, é como dizes, bastante arriscada, mas a produzir resultados será certamente a mais eficaz.

    Relativamente aos partidos da oposição, é bem verdade o que escreveste e é basicamente o que defendo. É essencial que se comprometam publicamente não só com a suspensão deste modelo de avaliação, mas também com a eliminação da divisão da carreira. Esperemos que o façam brevemente.

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  6. Para Ramiro Marques: É bem verdade, a temática da FAA aqueceu e ainda bem. Era necessário e essencial que esta discussão fosse feita com brevidade, uma vez que os prazos de entrega da mesma estão mesmo a aparecer.

    E tens toda a razão, quando dizes que "o ME já criou fissuras e divisões suficientes". O ideal será conciliar diferentes pontos de vista e não nos envolvermos em ataques pessoais. Ataques esses que apenas irão fragmentar as iniciativas e torná-las inconsequentes.

    Um abraço.

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  7. Para G.P.: Era precisamente esse estádio de reflexão que se pretendia atingir. Não sei se era o objectivo de todos os bloggers, mas era o meu, sem dúvida. Creio que foi conseguido, e com sucesso.

    E peço-te desculpa pelo «excesso», mas vou aproveitar o teu comentário e colocá-lo sob a forma de post.

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  8. Não me incomoda de todo... apesar de achar que pouco acrescentou à nossa luta...
    Mas enfim...
    Obrigada
    G.P

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