No Diário de Notícias (Editorial) a 12/12/2008: "As coisas ficaram claras na educação. A plataforma sindical, apoiada numa base radicalizada, começa a revelar o que se adivinhava: exige a suspensão do modelo actual, por inexequível; propõe um outro (ainda não revelado) que tem de incluir a eliminação da separação da classe em duas categorias (os professores e os titulares); tudo deverá ser negociado a partir de Janeiro; assim, no ano lectivo 2008/09 não pode haver avaliação, só no próximo ano lectivo; logicamente, para que 2008/09 não conte contra quem tudo isto propõe, a progressão, de todos os professores por igual, terá de ser automática.
O ministério parte de outros pressupostos: atendeu às queixas no plano operacional; simplificou o modelo; cada professor avaliador terá de classificar, apenas, três colegas num processo mais rápido; pretende que haja a oportunidade de confrontar as soluções debatidas e encontradas com a realidade das 12 500 escolas do país, organizadas em 1200 agrupamentos. No fim deste ano lectivo tirar-se-ão lições da experiência.
Querer isto, dizem os líderes sindicais, é ter uma posição "musculada", é "querer a guerra", é ser pouco "democrático". A resposta lógica é óbvia: desobediência generalizada a realizar a avaliação, radicalização da luta com greves, poder suspender a publicação de notas dos alunos, etc. Há apenas dois pormenores, que sustentam a intransigência do Governo: a necessidade de uma inadiável reforma e uma maioria absoluta. Perante o desafio frontal ao exercício da autoridade democrática decorrente do voto dos portugueses, é importante que todos os partidos definam o modelo que defendem para a avaliação dos professores e que querem inscrever no seu programa eleitoral.(...)"
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O ministério parte de outros pressupostos: atendeu às queixas no plano operacional; simplificou o modelo; cada professor avaliador terá de classificar, apenas, três colegas num processo mais rápido; pretende que haja a oportunidade de confrontar as soluções debatidas e encontradas com a realidade das 12 500 escolas do país, organizadas em 1200 agrupamentos. No fim deste ano lectivo tirar-se-ão lições da experiência.
Querer isto, dizem os líderes sindicais, é ter uma posição "musculada", é "querer a guerra", é ser pouco "democrático". A resposta lógica é óbvia: desobediência generalizada a realizar a avaliação, radicalização da luta com greves, poder suspender a publicação de notas dos alunos, etc. Há apenas dois pormenores, que sustentam a intransigência do Governo: a necessidade de uma inadiável reforma e uma maioria absoluta. Perante o desafio frontal ao exercício da autoridade democrática decorrente do voto dos portugueses, é importante que todos os partidos definam o modelo que defendem para a avaliação dos professores e que querem inscrever no seu programa eleitoral.(...)"
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Comentário: Entristece-me a enorme cegueira ou falta de informação de editoriais, artigos de opinião, notícias em meios de comunicação e comentários em blogues. A simplificação do modelo de avaliação docente (o denominado "simplex 2"), é temporária. Apenas terá efeitos neste ano lectivo. O Ministério da Educação afirma também encontrar-se disponível para um novo modelo de avaliação docente para os próximos anos lectivos, mas também já se mostrou disponível para continuar com este "simplex 2" em anos lectivos próximos. Mas no fundo estas pretensas aberturas, apenas têm como objectivo adiar a contestação até que os resultados das eleições legislativas sejam conhecidos. Mal o PS suba novamente ao poleiro do poder, não irá abdicar deste modelo. E quanto a isso, restam poucas dúvidas.
Relativamente às negociações entre ME e Plataforma Sindical: Não interessa ao governo as propostas de modelo de avaliação docente, apresentadas pelos sindicatos. Tanto poderiam ter uma folha A4 como 300 folhas A4. Independentemente do tamanho ou do valor da proposta, ela será sempre rejeitada. No entanto, independentemente deste factor, há que apresentar modelos que não permitam que a opinião pública ainda se volte mais contra os professores. E aqui, considero que os sindicatos estão a falhar redondamente.
Relativamente às negociações entre ME e Plataforma Sindical: Não interessa ao governo as propostas de modelo de avaliação docente, apresentadas pelos sindicatos. Tanto poderiam ter uma folha A4 como 300 folhas A4. Independentemente do tamanho ou do valor da proposta, ela será sempre rejeitada. No entanto, independentemente deste factor, há que apresentar modelos que não permitam que a opinião pública ainda se volte mais contra os professores. E aqui, considero que os sindicatos estão a falhar redondamente.
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