No sítio da Visão a 31/10/2008: "A ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues, advertiu hoje que os professores que não se submeterem ao processo de avaliação "não reunirão condições para progredir na carreira, como qualquer funcionário público".
A ministra, que falava aos jornalistas à margem do 2º Encontro de Educação de Anadia, disse que não há escolas a rejeitar a avaliação, mas sim alguns professores, e que a maioria dos estabelecimentos de ensino e dos docentes está a fazer um esforço, no quadro da autonomia das escolas, para implantar o sistema de avaliação.
"Há professores que não querem ser avaliados e já o sabemos há muito tempo, mas o país não entenderá que os professores sejam uma classe à parte, pelo que terão de estar sujeitos a regras de avaliação como os outros profissionais", comentou.
Questionada sobre as consequências para aqueles que não aceitarem ser submetidos ao modelo de avaliação, Maria de Lurdes Rodrigues foi peremptória: "A consequência imediata é que, não sendo avaliado, o professor não reúne as condições para progredir na carreira, como qualquer funcionário público". (...)"
Ver Artigo Completo (Visão)
A ministra, que falava aos jornalistas à margem do 2º Encontro de Educação de Anadia, disse que não há escolas a rejeitar a avaliação, mas sim alguns professores, e que a maioria dos estabelecimentos de ensino e dos docentes está a fazer um esforço, no quadro da autonomia das escolas, para implantar o sistema de avaliação.
"Há professores que não querem ser avaliados e já o sabemos há muito tempo, mas o país não entenderá que os professores sejam uma classe à parte, pelo que terão de estar sujeitos a regras de avaliação como os outros profissionais", comentou.
Questionada sobre as consequências para aqueles que não aceitarem ser submetidos ao modelo de avaliação, Maria de Lurdes Rodrigues foi peremptória: "A consequência imediata é que, não sendo avaliado, o professor não reúne as condições para progredir na carreira, como qualquer funcionário público". (...)"
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Comentário: Não publiquei esta notícia antes por pura falta de tempo, no entanto, fica aqui a correcção desta "falha".
Vamos à análise: Estas declarações da Ministra são basicamente uma forma de chantagem. Aliás, não são uma forma de chantagem. É chantagem explícita, com recurso à ameaça e à difamação. Os professores querem ser avaliados, que não subsistam dúvidas quanto a este ponto. A questão não é essa... A questão é que esta avaliação "bloqueia" o trabalho dos professores nas escolas, como aliás se pode constatar diariamente (ou quase) nos diversos meios de comunicação social. Aliás, nem é preciso verificar o número de moções que já foram aprovadas (e para o serem terá de ser por maioria e não por "alguns" - como a Ministra quer fazer passar) para verificarmos a insatisfação com este modelo de avaliação. Basta olhar para o elevado número de aposentações de professores que mensalmente são publicitadas em Diário da República...
E quanto à ameaça de não progressão, só um apontamento: De que nos serve progredir se tivermos de suportar este modelo de avaliação até ao final da nossa "vida" docente? Será que alguém aguenta? Será que alguém aceita este modelo sem pensar no futuro? Sem pensar no seu futuro e no futuro dos seus alunos? Não me parece... Entre progredir numa carreira repleta de burocracias, injustiças, parcialidades e subjectividades, e não progredir, mas lutar por uma melhoria das condições de trabalho, opto pela segunda. E opto pela segunda, mas sempre cumprindo com aquilo que foi legislado (atenção a este ponto). A legislação (DR 2/2008) permite contestação e elaboração de moções (ou outro tipo de documentos legais), quando se verifiquem incumprimentos por parte das escolas ou do Ministério da Educação. E os incumprimentos são muitos...
Vamos à análise: Estas declarações da Ministra são basicamente uma forma de chantagem. Aliás, não são uma forma de chantagem. É chantagem explícita, com recurso à ameaça e à difamação. Os professores querem ser avaliados, que não subsistam dúvidas quanto a este ponto. A questão não é essa... A questão é que esta avaliação "bloqueia" o trabalho dos professores nas escolas, como aliás se pode constatar diariamente (ou quase) nos diversos meios de comunicação social. Aliás, nem é preciso verificar o número de moções que já foram aprovadas (e para o serem terá de ser por maioria e não por "alguns" - como a Ministra quer fazer passar) para verificarmos a insatisfação com este modelo de avaliação. Basta olhar para o elevado número de aposentações de professores que mensalmente são publicitadas em Diário da República...
E quanto à ameaça de não progressão, só um apontamento: De que nos serve progredir se tivermos de suportar este modelo de avaliação até ao final da nossa "vida" docente? Será que alguém aguenta? Será que alguém aceita este modelo sem pensar no futuro? Sem pensar no seu futuro e no futuro dos seus alunos? Não me parece... Entre progredir numa carreira repleta de burocracias, injustiças, parcialidades e subjectividades, e não progredir, mas lutar por uma melhoria das condições de trabalho, opto pela segunda. E opto pela segunda, mas sempre cumprindo com aquilo que foi legislado (atenção a este ponto). A legislação (DR 2/2008) permite contestação e elaboração de moções (ou outro tipo de documentos legais), quando se verifiquem incumprimentos por parte das escolas ou do Ministério da Educação. E os incumprimentos são muitos...
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Penso que é tempo dos professores serem professores e não uma classe acima da sociedade Portuguesa.
ResponderEliminarjbENTO-Anadia