No Jornal de Notícias a 08/11/2008: "O gigantismo da manifestação de professores nas ruas de Lisboa e a convocação de outra, para Janeiro, não parece ter baralhado os planos da ministra da Educação: Maria de Lurdes Rodrigues convocou ontem os jornalistas, no Porto, para garantir que não vai "arrepiar caminho", nem suspender a avaliação de desempenho.
"Suspender é desistir e eu desistir não desisto. Aquilo que espero dos outros é aquilo que espero de mim mesma", ou seja o respeito pelo "Memorando de Entendimento" que foi acordado em Abril com os sindicatos e que o Ministério, diz, cumpriu "integralmente". Inabalável, a ministra não quis dizer se esperava tamanha participação. "Estava à espera que o memorando fosse cumprido", porque foi "negociado em mais de cem reuniões sindicais".
O dia de ontem, garantiu, não foi o seu "pior" à frente do Ministério. "Já tive um dia pior em termos de contestação: foi o dia da greve aos exames. Tomei clara consciência de que o Governo tem de defender os alunos e o interesse público". É em nome desse que diz manter-se firme na negação de recuar, embora se manifeste "inteiramente disponível para trabalhar com as escolas, com os professores, com os sindicatos até". No "tempo e espaço próprio", ou seja, no fim do ano lectivo, como diz o memorando.
No entender da governante, os protestos "resultam de professores que não querem ser avaliados", havendo "muitos outros que concordam com a avaliação", que "não penaliza ninguém, descrimina pela positiva". E aponta como prova o facto de "muitas escolas" terem definido os objectivos individuais e estar já a decorrer a observação de aulas. Contra a queixa do excesso de burocracia, a ministra argumenta que "aquilo que se exige à maior parte dos professores" é que preencham "uma simples ficha de objectivos", dêem as aulas e se preparam para para ser observados". Se há reuniões em excesso, diz, elas "não são marcadas pelo Ministério". O que há é "má organização do trabalho", que "deve ser corrigida"."
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"Suspender é desistir e eu desistir não desisto. Aquilo que espero dos outros é aquilo que espero de mim mesma", ou seja o respeito pelo "Memorando de Entendimento" que foi acordado em Abril com os sindicatos e que o Ministério, diz, cumpriu "integralmente". Inabalável, a ministra não quis dizer se esperava tamanha participação. "Estava à espera que o memorando fosse cumprido", porque foi "negociado em mais de cem reuniões sindicais".
O dia de ontem, garantiu, não foi o seu "pior" à frente do Ministério. "Já tive um dia pior em termos de contestação: foi o dia da greve aos exames. Tomei clara consciência de que o Governo tem de defender os alunos e o interesse público". É em nome desse que diz manter-se firme na negação de recuar, embora se manifeste "inteiramente disponível para trabalhar com as escolas, com os professores, com os sindicatos até". No "tempo e espaço próprio", ou seja, no fim do ano lectivo, como diz o memorando.
No entender da governante, os protestos "resultam de professores que não querem ser avaliados", havendo "muitos outros que concordam com a avaliação", que "não penaliza ninguém, descrimina pela positiva". E aponta como prova o facto de "muitas escolas" terem definido os objectivos individuais e estar já a decorrer a observação de aulas. Contra a queixa do excesso de burocracia, a ministra argumenta que "aquilo que se exige à maior parte dos professores" é que preencham "uma simples ficha de objectivos", dêem as aulas e se preparam para para ser observados". Se há reuniões em excesso, diz, elas "não são marcadas pelo Ministério". O que há é "má organização do trabalho", que "deve ser corrigida"."
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Comentário: Na realidade, a manifestação parece não ter incomodado a ministra... parece. Veremos o que acontece quando associado a esta gigantesca manifestação, tivermos centenas de escolas com moções aprovadas que visem a suspensão ou adiamento da avaliação.
A ministra afirma que não recua... não suspende... nem desiste. Não compreendo os motivos de tão profunda teimosia, mas acredito que mesmo não recuando, alguém o fará por ela. E consigo lembrar-me de pelo menos 120 000 pessoas que o poderão fazer... na urna... nas escolas... na rua. Mas o que mais me impressionou neste artigo foi a argumentação utilizada para a manifestação e para os protestos : "Professores que não querem ser avaliados". 120 000 docentes malandros? Ui... Tanto malandro! Mais vale substituir este pessoal todo, senhora ministra.
Depois vem a parte do "muitos outros que concordam com a avaliação". Será que é do cansaço ou tenho a definição de maioria baralhada? Muitos outros?! Onde? Os 30 000 que não foram? Nem esses 30 000 estarão todos de acordo. Será certamente essa noção de maioria que vos vai fazer perder muitos votos na urna.
A ministra afirma que não recua... não suspende... nem desiste. Não compreendo os motivos de tão profunda teimosia, mas acredito que mesmo não recuando, alguém o fará por ela. E consigo lembrar-me de pelo menos 120 000 pessoas que o poderão fazer... na urna... nas escolas... na rua. Mas o que mais me impressionou neste artigo foi a argumentação utilizada para a manifestação e para os protestos : "Professores que não querem ser avaliados". 120 000 docentes malandros? Ui... Tanto malandro! Mais vale substituir este pessoal todo, senhora ministra.
Depois vem a parte do "muitos outros que concordam com a avaliação". Será que é do cansaço ou tenho a definição de maioria baralhada? Muitos outros?! Onde? Os 30 000 que não foram? Nem esses 30 000 estarão todos de acordo. Será certamente essa noção de maioria que vos vai fazer perder muitos votos na urna.
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