segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Docente da Carolina Michaelis recebe Prémio Nacional do Professor.

No Público a 24/11/2008: "Jacinta Moreira, professora de Biologia e Geologia da Escola Secundária Carolina Michaelis, no Porto, recebeu hoje o Prémio Nacional do Professor, um galardão que distingue "aqueles que contribuem de forma excepcional para a qualidade do sistema de ensino".

A docente, que recebeu um prémio com um valor pecuniário de 25 mil euros pelas mãos da ministra da Educação, sublinhou que a distinção simboliza "a potencialidade positiva de regeneração do sistema", considerando-a "um reconhecimento e um estímulo".
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Sobre o conturbado processo de avaliação de professores, Jacinta Moreira, já com 20 anos de carreira, considerou tratar-se de um processo "muito complexo", escusando-se, contudo, a tecer mais considerações sobre a matéria. "A educação é a minha prioridade. Sou professora, não sou política, cada escola é uma realidade muito concreta e tem desafios muito particulares", afirmou.

Questionada sobre uma das queixas mais frequentes dos professores relativas à complexidade do processo de avaliação, Jacinta Moreira disse: "O tempo não estica e se tivermos mais horas para trabalhar as nossas actividades, para delinear as nossas estratégias e construir os nossos materiais é evidente que a probabilidade de eles serem melhores é maior". "De quanto mais tempo dispusermos, melhores serão os resultados", frisou.

Professores têm "missão de uma enorme dificuldade"

Na sua intervenção, a ministra Maria de Lurdes Rodrigues reconheceu que "nunca houve uma tão grande exigência colocada à profissão e às escolas no geral". "O simples enunciado de que a escolaridade é obrigatória e para todos, por um número de anos que é cada vez mais longo, atribui à escola e aos professores uma missão que é uma missão de uma enorme dificuldade", acrescentou a ministra.

Maria de Lurdes Rodrigues reconhece que "os desafios mais difíceis são os se que colocam aos professores de hoje", sendo o "dever e a obrigação" do ministério "dar-lhes as condições para que possam trabalhar".

Na segunda edição do Prémio Nacional de Professores foram premiados ainda outros quatro docentes nas quatros categorias de mérito Carreira (Afonso Rema), Inovação (Carlos Pinheiro), Liderança (João Paulo Mineiro) e Integração (José Rocheta).

Os candidatos à atribuição do Prémio Nacional de Professores ou dos prémios de Mérito foram propostos pelos estabelecimentos de ensino ou por um grupo constituído por um mínimo de 50 docentes."

Ver Artigo Completo (Público)

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Comentário: Ao contrário daquilo que já li em outros blogues (e comentários de artigos em alguns meios de comunicação) não vou criticar negativamente a justeza da atribuição do prémio e a aceitação do mesmo. Se foi atribuído, foi por mérito da professora! Quanto à aceitação, há que reconhecer que o "reconhecimento" nacional é motivador e para além disso, 25 000 euros é muito dinheiro. Dificilmente um de nós iria declinar este prémio (principalmente, o pecuniário). Quem diz (e escreve) o contrário, está a mentir.

Quanto às declarações da Ministra da Educação: Considero-as todas correctas (deve ser a primeira vez que o faço). Na realidade, nunca a docência foi tão complicada, exigente e difícil... Quanto ao "dever" e "obrigação" do Ministério da Educação em dar condições aos professores para trabalhar: Correcto, senhora ministra. Agora que concluiu isso, que tal implementar?! Nem que seja no final do seu mandato...
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1 comentário:

  1. Quanto ao prémio "se foi atribuído foi por mérito da professora". Se me explicarem quantos professores concorreram e quais foram os critérios que levaram esta professora, por coincidência, só coincidência, claro, uma professora que não se atreve a criticar explicitamente este modelo de avaliação, a ganhar este prémio, eu passo a acreditar na frase citada...

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