terça-feira, 15 de abril de 2008

«Há impactos imediatos que os professores salvaguardam» com acordo com ministério.

No "Sol" de 15/04/2008: "O portavoz da plataforma sindical da Educação, Mário Nogueira, disse hoje aos docentes das escolas da Pedrulha, Coimbra, que «há impactos imediatos que os professores salvaguardam» se ratificarem um entendimento sobre a avaliação de desempenho com o ministério.
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«Tanto a FNE como a FENPROF trabalharam muito para este entendimento para resolver algumas questões no imediato, mas as questões de fundo mantêm-se. Está-me a custar muito os ataques vindos de colegas nossos, a desvalorizar este entendimento com o ME, apenas para confundir ainda mais os professores», sustentou, por seu turno, José Ricardo.

De acordo com Mário Nogueira, «os protestos mantêm-se em relação à política».
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«É muito grave que alguns colegas tentem convencer os professores de que isto é zero, estão a fazer um bom serviço ao governo» censurou.
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«Está nas mãos da ministra da Educação reconhecer que, para a reforma do sector, precisa de ter um canal permanentemente aberto com os professores e as organizações sindicais», sublinhou José Ricardo, vice-secretário-geral da FNE.

Para Mário Nogueira, «o governo mostra fragilidades» em áreas como a educação e a saúde.

«Temos que aproveitar o ano que aí vem, o ano mais fragilizado que o governo vai ter. Este entendimento não termina com a nossa luta», sublinhou ainda.

Este entendimento com o Ministério da Educação (ME) «defende os professores, estabelecerá importantes processos negociais e abre perspectivas futuras de luta», é sublinhado num texto hoje distribuído sobre as vantagens e desvantagens da assinatura da declaração conjunta.
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Entre as apreciações negativas dos sindicatos a incluir na declaração conjunta figuram críticas ao Estatuto da Carreira Docente, que deve ser revisto, ao modelo de direcção e gestão escolar, à legislação sobre educação especial e ao encerramento de escolas.

«É neste quadro de protesto, mas também de construção, que os professores e educadores, com as suas organizações, continuarão a agir e lutar», é referido.

A Plataforma Sindical de Professores decide hoje se ratifica o acordo alcançado sábado com o Ministério da Educação (ME) em matéria de avaliação de desempenho e se suspende as acções de protesto agendadas para o terceiro período. (...)"

Ver Artigo Completo (Sol)

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Comentário: A não ser que esteja a ver a "publicidade" de forma errada, estas declarações são sinal inequívoco que o memorando irá ser assinado! Fica o gosto amargo, das justificações dadas pelos sindicatos e as perspectivas futuras de negociação. Estratégia? Provavelmente... Mas, não convém fazermos previsões ou criarmos espectativas, baseados nestas permissas. Concluindo... A salvaguarda de um período lectivo, a "futurologia" e o "doce" da criação de mais um escalão, serão suficientes para abandonar (nem que seja, de forma temporária) a "indignação"?

Estou surpreendido?! Nada... Já fui delegado sindical e sei perfeitamente como pelo menos uma destas "instituições representativas" funciona.

De referir que a Plataforma Sindical dos Professores irá promover amanhã (16 de Abril), pelas 11h, uma conferência de imprensa, que contempla os seguintes assuntos: Balanço do Dia D; Declaração Sindical para integrar na declaração conjunta; e Reacção a acusações lançadas, desonestamente, sobre dirigentes sindicais.
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2 comentários:

  1. Suspender os protestos agendados para o 3º período?

    Só podem estar doidos.

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  2. Não sei se é estratégia ou estupidez. Talvez ambas... No entanto, depende muito dos moldes dessa suspensão, assim como de eventuais iniciativas que surjam como alternativa.

    Não sei é se (para já) os sindicatos vão ter a adesão que pretendem, para futuras propostas de mobilização.

    Fico com a ideia que não... No entanto...

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