sábado, 15 de setembro de 2007

Sem acordo para avaliar docentes.

No Jornal de Notícias de 15/09/2007: "O secretário de Estado adjunto da Educação, Jorge Pedreira, disse ontem à agência Lusa não acreditar na possibilidade de um acordo com os sindicatos relativamente à avaliação de desempenho dos professores, rejeitando as condições impostas.

"Infelizmente não acredito num acordo porque os sindicatos estão a fazer depender um entendimento da alteração de regras que já estão inscritas no Estatuto da Carreira Docente [ECD]. As condições impostas são impossíveis de cumprir", afirmou no final da segunda e penúltima ronda negocial sobre o assunto.

Em Julho, o Ministério da Educação (ME) apresentou uma proposta de regulamentação do ECD sobre esta matéria, segundo a qual as notas dos alunos de cada docente e a sua comparação com os resultados médios dos estudantes da mesma escola constituem um dos factores determinantes da avaliação. O processo de avaliação deverá ocorrer de dois em dois anos e abranger todos os docentes, sendo decisivo para a progressão na carreira.

Já na véspera a Federação Nacional dos Professores (Fenprof), a maior organização sindical do sector, tinha igualmente considerado "inultrapassável o desacordo" existente com o ME.

Uma das maiores divergências prende-se com a fixação de quotas para a atribuição das classificações de "Muito Bom" e "Excelente", consideradas pelos sindicatos como "um factor de distorção e perversão de qualquer modelo de avaliação".

Para o secretário de Estado, a fixação de quotas é, no entanto, uma inevitabilidade, que decorre do ECD e do próprio sistema integrado de avaliação que foi definido pelo Governo para toda a Administração Pública. Jorge Pedreira adiantou que não estão ainda fixadas quotas, mas afirmou que estas "não devem variar muito do que está previsto para a Administração Pública" 5% para o "Excelente" e 20% para o "Muito Bom"."

Ver Artigo Completo (Jornal de Notícias)

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Se até aqui nunca existiu uma verdadeira negociação, porquê razão existiria agora?! Infelizmente este ministério "apenas" impõe, apenas "obriga"... Depois ainda querem motivação? Subtraem aos professores, adicionam em tecnologia. Subtraem aos direitos, adicionam aos deveres...
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1 comentário:

  1. Não teria dito melhor do que o que referiu anteriormente e concordo plenamente.
    Ainda reside a questão da aparência do que os Sindicatos de um modo geral, NÂO têm feito pelos contratados. No entanto, deveríamos compreender (é difícil de aceitar, eu sei) que não existe ninguém que consiga ter força suficiente para enfrentar uma alteração que seja a qualquer proposta vinda do ME? Estas, quando anunciadas, já estão mais que definidas e traçadas. Não existe forma de como alterar.
    Como costumo dizer "De noite sonha-se e aplica-se na manhã seguinte. Quem quer, quer, quem não quer, que se dane, pois o objectivo é eliminar tantos professores quanto seja possível".

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