No Correio da Manhã de 07/09/2007: "As 2500 crianças e jovens que frequentam escolas de ensino especial devem ser transferidas para estabelecimentos de ensino regular até 2013. O objectivo do Governo é, segundo o secretário de Estado da Educação, Valter Lemos, “passar os alunos para as escolas, mas continuar com os recursos das instituições”. Estão em curso negociações com a Fenacerci e outras instituições para o fim das escolas especiais até 2013. “Serão centros de recursos e haverá outras colaborações”, explica.
No total, devem ser alvo de necessidades educativas especiais neste ano lectivo 25 mil alunos. A tutela definiu redes de escolas de referência para receber os alunos com deficiência. Foram definidas 21 redes de agrupamento para os 800 alunos cegos e com baixa visão, 112 agrupamentos e escolas para 800 alunos surdos e 121 agrupamentos para a intervenção precoce, que abrangerá 4355 crianças e 492 educadores.
Escolas, professores e alunos vão ter 25 centros de recursos de Tecnologias da Informação e Comunicação. Segundo os números avançados por Valter Lemos, foram criadas 163 salas especializadas em multideficiência (das quais beneficiarão 827 crianças) e 99 salas especializadas para 494 alunos com autismo. Dinheiro para apoio aos transportes não é problema, diz Valter Lemos. “Algumas famílias têm a ideia que não é melhor para o filho ir para a escola normal. Esse é um entrave que é preciso ultrapassar”, frisa.
As escolas terão mais terapeutas. De 153 em 2006, vão passar a ser 269: 146 terapeutas ocupacionais, fisioterapeutas e da fala, 65 formadores de língua gestual portuguesa e 58 intérpretes de língua gestual portuguesa. “Utilizamos todos os recursos para ir buscar técnicos”, garante Valter Lemos. Para já, está previsto um protocolo com a Escola Superior de Educação de Setúbal e a Universidade Católica para formar técnicos de linguagem gestual.
900 ESCOLAS FECHARAM ESTE ANO
Quando o ano lectivo começar, na quarta-feira, cerca de 900 escolas do 1.º Ciclo vão ter as portas fechadas. O secretário de Estado da Educação, Valter Lemos, indicou ontem que os estabelecimentos foram encerrados, no âmbito da “reorganização da rede escolar”, que levou ao fecho, no ano passado, de cerca de 1500 escolas. “Vamos continuar a encerrar todas as que forem necessárias”, frisou o governante, admitindo a existência de “alguns erros de cálculo” em certos concelhos do País, onde os edifícios agora encerrados foram alvo de obras de beneficiação recentemente. “Os fechos são sempre trabalhados com os municípios. Os edifícios do 1.º Ciclo são das autarquias. Só há escola onde há alunos. Se não há crianças, deixa de ser escola e o edifício fica livre para a autarquia.”
Ver Artigo Completo (Correio da Manhã)
No total, devem ser alvo de necessidades educativas especiais neste ano lectivo 25 mil alunos. A tutela definiu redes de escolas de referência para receber os alunos com deficiência. Foram definidas 21 redes de agrupamento para os 800 alunos cegos e com baixa visão, 112 agrupamentos e escolas para 800 alunos surdos e 121 agrupamentos para a intervenção precoce, que abrangerá 4355 crianças e 492 educadores.
Escolas, professores e alunos vão ter 25 centros de recursos de Tecnologias da Informação e Comunicação. Segundo os números avançados por Valter Lemos, foram criadas 163 salas especializadas em multideficiência (das quais beneficiarão 827 crianças) e 99 salas especializadas para 494 alunos com autismo. Dinheiro para apoio aos transportes não é problema, diz Valter Lemos. “Algumas famílias têm a ideia que não é melhor para o filho ir para a escola normal. Esse é um entrave que é preciso ultrapassar”, frisa.
As escolas terão mais terapeutas. De 153 em 2006, vão passar a ser 269: 146 terapeutas ocupacionais, fisioterapeutas e da fala, 65 formadores de língua gestual portuguesa e 58 intérpretes de língua gestual portuguesa. “Utilizamos todos os recursos para ir buscar técnicos”, garante Valter Lemos. Para já, está previsto um protocolo com a Escola Superior de Educação de Setúbal e a Universidade Católica para formar técnicos de linguagem gestual.
900 ESCOLAS FECHARAM ESTE ANO
Quando o ano lectivo começar, na quarta-feira, cerca de 900 escolas do 1.º Ciclo vão ter as portas fechadas. O secretário de Estado da Educação, Valter Lemos, indicou ontem que os estabelecimentos foram encerrados, no âmbito da “reorganização da rede escolar”, que levou ao fecho, no ano passado, de cerca de 1500 escolas. “Vamos continuar a encerrar todas as que forem necessárias”, frisou o governante, admitindo a existência de “alguns erros de cálculo” em certos concelhos do País, onde os edifícios agora encerrados foram alvo de obras de beneficiação recentemente. “Os fechos são sempre trabalhados com os municípios. Os edifícios do 1.º Ciclo são das autarquias. Só há escola onde há alunos. Se não há crianças, deixa de ser escola e o edifício fica livre para a autarquia.”
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Alguns erros de cálculo?! Não são alguns erros... São uma verdadeira "catástrofe" matemática e (principalmente) social! Para já nem falar no risco que existe em integrar estas crianças em escolas regulares...
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Recentemente lidei com pessoas adultas com deficiência mental profunda (uns mais do que outros).
ResponderEliminarDescobri, por exemplo, que eles não são "crianças grandes". Em termos de relacionamento humano, alguns deles, deram-me grandes lições.
Só é possível a integração das criançs, jovens e adultos com deficiência na sociedade, se convivermos com eles o suficiente para os conhecermos.
Acredito que tal não seja possível se "os deficientes" continuarem longe das escolas e das outras crianças.
Seria necessário: formação adequada para professores; muito mais profissionais de educação especial, psicólogos e terapeutas, materiais adequados às necessidades de cada um...
Parece-me que continuaria a ser necessária a existência "das escolas especiais", mas nunca a tempo inteiro.
Esta é a minha opinião depois de conhecer por dentro uma CERCI e de tentar perceber o que ia dentro daquelas cabecinhas (é sem dúvida surpreendente).
Mas integrá-los numa escola "normal" não é enviá-los para lá. Para ser bem feito, além de levar muito tempo, seria muito mais dispendioso do que manter as escolas de ensino especial.
Infelizmente não acredito que seja esta a ideia dos nossos governates :'(
A vida é feita de riscos, viver é um risco, colega. Integrar "estas" crianças no ensino regular, integrá-las num meio o menos restritivo possível é uma obrigação social de uma sociedade e de uma escola inclusivas.
ResponderEliminarJá agora, que fala em "riscos" de integrar "estas" crianças, diga-me: está a pensar no "risco" de quem?
:)
Voltei.
ResponderEliminar:)
Já agora, diga-me: qual é a lista graduada que contempla esta diferença de perspectivas?
:)