No Correio da Manhã de 07/09/2007: "Os projectos de ensino da Música, iniciados pelas autarquias em 2006/2007 e projectados para quatro anos, podem acabar já este ano lectivo por falta de professores qualificados. O Governo deixa cair uma das apostas em matéria de enriquecimento curricular e sugere a substituição das aulas de Música por outras actividades. Tudo porque o Ministério da Educação só admite docentes com o 5.º grau do Conservatório.
Nas orientações enviadas às escolas o Ministério afirma que “a falta de professores de Música com habilitações consideradas necessárias conduziu a que a oferta desta actividades aos alunos viesse a revelar-se problemática”. Por isso, entende ser “preferível a substituição da actividade à sua realização sem qualidade mínima”. Os municípios do interior do País serão por isso os mais afectados pela alteração. “O perfil foi definido há dois anos pela associações profissionais”, disse ao CM o secretário de Estado da Educação, Valter Lemos, sublinhando que “é mais fácil encontrar professores em áreas como a expressão dramática e plástica”.
Francisco Costa, de 25 anos, é licenciado em Biologia e Geologia. Aos oito entrou para a Filarmónica de Santa Comba Dão, onde deu aulas durante seis anos. No último ano foi convidado a trabalhar no ensino da Música naquele concelho, ensinando 86 crianças. Com ele, outros nove professores compuseram o grupo, estando três deles fora das habilitações exigidas pela tutela.
Francisco já abraçou novos desafios profissionais, mas se quisesse dar aulas de Música estaria excluído. “Apesar de ter um curso de ensino e formação em Música o meu currículo não é aceite”, diz, lembrando ter “amigos com o curso do Conservatório que são óptimos músicos mas que de ensino não sabem nada.”(...)"
Ver Artigo Completo (Correio da Manhã)
Nas orientações enviadas às escolas o Ministério afirma que “a falta de professores de Música com habilitações consideradas necessárias conduziu a que a oferta desta actividades aos alunos viesse a revelar-se problemática”. Por isso, entende ser “preferível a substituição da actividade à sua realização sem qualidade mínima”. Os municípios do interior do País serão por isso os mais afectados pela alteração. “O perfil foi definido há dois anos pela associações profissionais”, disse ao CM o secretário de Estado da Educação, Valter Lemos, sublinhando que “é mais fácil encontrar professores em áreas como a expressão dramática e plástica”.
Francisco Costa, de 25 anos, é licenciado em Biologia e Geologia. Aos oito entrou para a Filarmónica de Santa Comba Dão, onde deu aulas durante seis anos. No último ano foi convidado a trabalhar no ensino da Música naquele concelho, ensinando 86 crianças. Com ele, outros nove professores compuseram o grupo, estando três deles fora das habilitações exigidas pela tutela.
Francisco já abraçou novos desafios profissionais, mas se quisesse dar aulas de Música estaria excluído. “Apesar de ter um curso de ensino e formação em Música o meu currículo não é aceite”, diz, lembrando ter “amigos com o curso do Conservatório que são óptimos músicos mas que de ensino não sabem nada.”(...)"
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