quinta-feira, 30 de agosto de 2007

“Famílias conseguem suportar”.

No "O Primeiro de janeiro" de 30/08/2007: "Jorge Pedreira foi lacónico na afirmação de que as famílias portuguesas terão condições para suportar um aumento de preços dos manuais escolares inferior a “três cafés”. O secretário de Estado adjunto e da Educação minimiza uma medida que já gerou polémica...

O aumento do preço da totalidade dos manuais escolares num ano é no máximo 1,60 euros, que equivale a “menos de três cafés por ano”, sublinhou o secretário de Estado adjunto e da Educação, Jorge Pedreira, sustentando que as famílias conseguem suportar o acréscimo. Os livros do Ensino Básico vendidos para o ano lectivo que arranca em Setembro próximo têm um aumento de 3,1 por cento face aos do ano anterior, e no próximo ano terão lugar aumentos calculados à luz da taxa de inflação, acrescidos de três por cento para o primeiro ciclo e de 1,5 por cento para os segundos e terceiro ciclos.
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Até final da legislatura o Governo quer comparticipar totalmente a aquisição de manuais às famílias carenciadas. Outra compensação é a inclusão, pela primeira vez, dos manuais do Secundário na convenção dos preços, que impede a subida superior à inflação. Haverá ainda uma redução dos livros adoptados, porque as disciplinas técnicas, práticas e artísticas deixarão de ter livros. Como contrapartida do aumento dos preços, Jorge Pedreira garantiu que os manuais passarão a ter mais qualidade, tendo sido acordado um modelo de avaliação e certificação com as editoras, que arranca em 2008/2009.

A Confederação Nacional das Associações de Pais considerou “lamentável e preocupante” o aumento do preço dos manuais escolares acima da inflação no próximo ano lectivo, salientando que a situação vem prejudicar especialmente as famílias de classe média. “É uma situação preocupante, e os próximos dois anos vão ser mais dois anos de aumento de custos na Educação que as famílias têm de suportar”, disse o dirigente Fernando Gomes.
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No ano lectivo 2008/2009 os manuais escolares deixarão de contemplar espaços para a realização de exercícios, uma medida que visa permitir a reutilização dos livros de um ano no ano seguinte. O secretário de Estado adjunto e da Educação afirmou ontem que, “à excepção do 1º e do 2º anos de escolaridade e das línguas estrangeiras, deixará de ser permitido que os manuais escolares tenham espaço para escrever”. Jorge Pedreira explicou que o objectivo é apoiar as famílias com mais de um filho, e arrancará no momento em que o período de vigência dos manuais escolares, actualmente de três anos lectivos, for aumentado para seis. Essa é também uma medida polémica, que já foi anunciada há vários meses pelo gabinete de Maria de Lurdes Rodrigues, com o beneplácito de José Sócrates.

Ver Artigo Completo (O Primeiro de Janeiro)
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Concordo (em parte) que os manuais não contenham espaços para a realização de exercícios, por vários motivos (a reutilização futura será um deles), no entanto, quem vai "sofrer" com esta medida serão os alunos que terão de andar "carregados" com mais uns quantos livros de exercícios... Mas se forem como alguns alunos que eu conheço, os livros ficam no cacifo da escola e este problema deixa de ser problema... Claro que não estudam em casa, mas isso seria tema para outras divagações. Quanto às declarações de Jorge Pedreira, nem vale a pena fazer comentários. Só espero é que as mesmas sirvam para "abrir os olhos" aos encarregados de educação!
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