domingo, 1 de julho de 2007

12º ano será obrigatório até 2009.

No Jornal de Notícias de 01/07/2007: "Não se sente injustiçada pela falta de reconhecimento das suas políticas. A meio do mandato, Maria de Lurdes Rodrigues já cumpriu quase a totalidade do seu programa de Governo. Falta-lhe um "bocadinho" reduzir para metade a taxa de insucesso escolar. Ao presidente da República - que pediu contas ao Executivo sobre os níveis de qualificação dos portugueses - só vai apresentar "factos" o aumento do número de alunos no Básico e Secundário, "é o mais importante", define a ministra.

(...)Visivelmente cansada mas também tranquila, bem disposta e absolutamente convicta das suas opções, Maria de Lurdes Rodrigues adiantou ao JN que a entrada na carreira docente será feita após exame dos professores, já no próximo ano. A TLEB's foi um erro já enterrado e o diploma da autonomia será revisto depois de todas as escolas avaliadas.
(...)
Uma das suas próximas prioridades será a antecipação da entrada no sistema de ensino. Pensa tornar obrigatória a frequência de um ano no pré-escolar ou iniciar o 1º ciclo aos 5 anos?

A reorganização dos ciclos de ensino é uma questão crítica que exige consenso. Forçosamente terá que se discutir as idades de entrada e de saída. Pessoalmente, ainda não defendo nenhum modelo mas a prazo vamos ter de alargar a escolaridade obrigatória ou, pelo menos, a obrigatoriedade de permanência no sistema.

Até ao 12º ano?

Exactamente ou até aos 18 anos.

Considera possível nesta legislatura lançar a discussão e concretizar a medida?

Acho, porque o sistema reagiu muito mais rapidamente do que supunhamos no início. As escolas organizaram-se e diversificaram a oferta formativa - e nesse sentido penso ser possível ainda durante esta legislatura promover a discussão e tomar a decisão sobre o 12º ano.
(...)
O que correu mal com a TLEB's e quando regressará o programa às escolas?

O erro está na origem. Todas as áreas de base têm uma terminologia científica e o ME não aprova nenhuma. Está por explicar porque o anterior Governo decidiu aprovar a terminologia da língua. E com erros. Foi absolutamente necessário suspender o programa.
(...)
O plano de acção da matemática sofrerá ajustes?

Tem de ser apoiado e continuado. Era para três anos. Far-se-á um primeiro balanço face aos resultados dos exames, mas de acordo com o que já dispomos é possível ampliar o plano para o 2º ciclo onde é mais urgente.
(...)
Quando serão avaliados os professores?

A partir do próximo ano lectivo. Estamos a finalizar esse trabalho, vai ocorrer um período de negociação, depois a aprovação e publicação.

E no próximo ano lectivo já será possível avaliar todos os docentes ou o processo será gradual?

Há professores que serão já no próximo ano, outros no seguinte, depois entrará na rotina.

A prova de ingresso na carreira será realizada no próximo ano?

Sim.
(...)
"Há enorme pressão sobre quem decide e elabora o processo"(...).


Ver Artigo Completo (Jornal de Notícias)

Conselho útil: Leiam atentamente toda a entrevista... Podem ser retiradas algumas conclusões do "discurso" da Maria de Lurdes Rodrigues. Utilizem o link acima.

1 comentário:

  1. Informática extinta no Ensino Secundário

    O Ministério da Educação está empenhado em extinguir a Informática no Ensino Secundário.

    Acabaram com a disciplina de TIC no 9º e 10º anos.
    Colocaram a mesma nos 7º e 8º anos.
    Esta medida vai deixar sem TIC todos os alunos que vierem a inscrever-se no próximo ano-lectivo no 9º ano e apenas com 1 ano de TIC os que transitaram para o 10º ano.

    A disciplina da Aplicações Informáticas B era uma disciplina de opção que permitia aos alunos prosseguir estudos aperfeiçoando e utilizado novas ferramentas e técnicas para além do Microsoft Office.

    Para poderem optar por APLICAÇÕES DE INFORMÁTICA B tinham de ter escolhido apenas uma disciplina específica no 10º ano e agora abrigam os alunos a escolher as 2 disciplinas específicas no 10º ano, logo no 11º ano não podem optar por mais nenhuma, desta forma A.I.-B desaparece de forma dissimulada, dos curriculos do 11º e 12º anos.

    O nosso governo apregoa um investimento grande em TIC, diz que tem de dar competências em matéria de novas tecnologias aos portugueses e age desta forma.
    Faz contratos com a Microsoft, diz vir providenciar milhares de portáteis para alunos e professores.

    Pergunta-se agora: para quê ?

    Já não é fácil ensinar folha de cálculo a sério no 9º e 10º anos, Bases de Dados, é ainda mais difícil, Linux ainda pior.
    Imaginemos aos 7º e 8º anos.

    Futuramente, por este caminho, as competências em TIC's resumirse-ão a pouco mais de processamento de texto básico (MS Word), apresentações (MS Powerpoint), navegar na www, MSN e jogos de computador, sendo as três últimas matérias, áreas em que os nossos jovens já têm formação mais que necessária, obtida em suas casas.

    A informática fica assim resumida aos cursos profissionais, essa aberração instituida em regime de obrigatoriedade no ano lectivo 2006-2007, orientados por propostas de programa vagos e sem manuais escolares.

    Acabou-se de forma irresponsável e gratuita com os cursos tecnológicos, onde os estudantes, para além de competências técnicas específicas de cada curso obtinham de forma efectiva competências nas outras disciplinas que lhes permitiam em pé de igualdade com os seus colegas dos cursos gerais concorrer ao Ensino Superior.

    Nos cursos profissionais, existe essa possibilidade apenas na teoria, tal a distância a que os conteúdos se encontram, do efectivamente necessário, para se conseguir o ingresso na Universidade.

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    O investimento em Opensource (software livre) morre, continuando-se assim a desbaratar o dinheiro dos contribuintes, que desconhecedores desta alternativa em matéria de custos informáticos, continuam a considerar que este governo está a caminhar no sentido que propagandeia, embora, na prática, esteja a proceder, precisamente, em sentido oposto.

    Claro que sabemos que é mais dificil ganhar dinheiro com software gratuito, as margens de comercialização de produtos proprietários (Microsoft e afins) tornam possíveis muitos negócios e "convencer" muitos decisores das suas virtudes.

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