Foi publicitada ontem, uma proposta de alteração ao Decreto Regulamentar n.º3/2008, de 21 de Janeiro, que estabelece o regime da prova de avaliação de conhecimentos e competências, abreviadamente designada por prova, prevista no artigo 22.º do Estatuto da Carreira dos Educadores de Infância e dos Professores dos Ensinos Básico e Secundário.
1 - Para terem acesso a esta proposta do ME (via SPRC), cliquem aqui.
2 - Para terem acesso ao DR 3/2008, cliquem aqui.
Algumas alterações relevantes:
(a) Actual: A prova tem uma componente comum para todos os candidatos e uma ou duas componentes específicas para os candidatos a cada grupo de recrutamento.
(a.1) Proposta: A prova tem obrigatoriamente uma componente comum para todos os candidatos, podendo ainda ter componente específica relativa ao nível de ensino, área disciplinar ou grupo de recrutamento.
(b) Actual: A componente comum da prova pode, ainda, avaliar conhecimentos e a capacidade de reflexão sobre a organização e o funcionamento da sala de aula, da escola e do sistema educativo.
(b.1) Proposta: Revogado.
(c) Actual: O docente que tenha celebrado contrato, em qualquer das suas modalidades, em dois dos últimos quatro anos imediatamente anteriores ao ano lectivo 2007/2008, desde que conte, pelo menos, cinco anos completos de serviço docente efectivo e avaliação de desempenho igual ou superior a “Bom”, está dispensado da realização da prova para efeitos de admissão a concursos de recrutamento e selecção de pessoal docente.
(c.1) Proposta: Estão dispensados da realização da primeira prova que se realizar, os candidatos que, na data da realização da primeira prova, cumpram cumulativamente os seguintes requisitos:
- contem pelo menos 4 anos completos de exercício de funções docentes;
- dos anos exigidos no ponto anterior, 2 devem ter sido prestados nos 4 anos anteriores ao da realização da primeira prova;
- Tenham obtido avaliação de desempenho igual ou superior a «Bom».
Independentemente destes requisitos (e agora vem o «doce»), são dispensados da realização da prova os candidatos que já tenham exercido funções docentes no ensino público, no exercício das quais tenham obtido menção qualitativa igual ou superior a «Muito Bom», desde que em data anterior à realização da primeira prova.
Para mim, esta última proposta é a que mais impressiona. Esta proposta não é inocente, muito pelo contrário. Visa intimidar ainda mais a mobilização dos docentes em torno da rejeição deste modelo de avaliação do desempenho. O panorama ainda se torna mais negro, quando lemos esta declaração da FENPROF. Segundo este sindicato, a questão do modelo de avaliação dos professores estará ausente da mesa das negociações, pelo menos até meados de Junho. O que é preocupante, pois é mais ou menos a partir dessa altura que os professores entram de férias. O que, por razões óbvias, atenuará a mobilização...
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2 - Para terem acesso ao DR 3/2008, cliquem aqui.
Algumas alterações relevantes:
(a) Actual: A prova tem uma componente comum para todos os candidatos e uma ou duas componentes específicas para os candidatos a cada grupo de recrutamento.
(a.1) Proposta: A prova tem obrigatoriamente uma componente comum para todos os candidatos, podendo ainda ter componente específica relativa ao nível de ensino, área disciplinar ou grupo de recrutamento.
(b) Actual: A componente comum da prova pode, ainda, avaliar conhecimentos e a capacidade de reflexão sobre a organização e o funcionamento da sala de aula, da escola e do sistema educativo.
(b.1) Proposta: Revogado.
(c) Actual: O docente que tenha celebrado contrato, em qualquer das suas modalidades, em dois dos últimos quatro anos imediatamente anteriores ao ano lectivo 2007/2008, desde que conte, pelo menos, cinco anos completos de serviço docente efectivo e avaliação de desempenho igual ou superior a “Bom”, está dispensado da realização da prova para efeitos de admissão a concursos de recrutamento e selecção de pessoal docente.
(c.1) Proposta: Estão dispensados da realização da primeira prova que se realizar, os candidatos que, na data da realização da primeira prova, cumpram cumulativamente os seguintes requisitos:
- contem pelo menos 4 anos completos de exercício de funções docentes;
- dos anos exigidos no ponto anterior, 2 devem ter sido prestados nos 4 anos anteriores ao da realização da primeira prova;
- Tenham obtido avaliação de desempenho igual ou superior a «Bom».
Independentemente destes requisitos (e agora vem o «doce»), são dispensados da realização da prova os candidatos que já tenham exercido funções docentes no ensino público, no exercício das quais tenham obtido menção qualitativa igual ou superior a «Muito Bom», desde que em data anterior à realização da primeira prova.
Para mim, esta última proposta é a que mais impressiona. Esta proposta não é inocente, muito pelo contrário. Visa intimidar ainda mais a mobilização dos docentes em torno da rejeição deste modelo de avaliação do desempenho. O panorama ainda se torna mais negro, quando lemos esta declaração da FENPROF. Segundo este sindicato, a questão do modelo de avaliação dos professores estará ausente da mesa das negociações, pelo menos até meados de Junho. O que é preocupante, pois é mais ou menos a partir dessa altura que os professores entram de férias. O que, por razões óbvias, atenuará a mobilização...
Esta prova, na melhor das hipóteses só se realizará no decorrer do próximo ano lectivo, correcto?
ResponderEliminarPedro_Norte
que vão todos dar uma volta... 4/5 anos de serviço... pois pois... única classe profissional que depois do diploma e depois mestrado necessitam de fazer uma prova... e os médicos, os advogados, porque não os políticos fazerem provas também??? isto vai de mal a pior... tenho VERGONHA deste país... é DECADENTE
ResponderEliminarConcordo contigo...
ResponderEliminarEmbora repara não é só para ti a famigerada prova: trabalho há 5 anos, mas não tenho 4 anos efectivos de serviços, tenho apanhado horários incompletos, e como vês também me sujeito a fazê-la e às consequências que dela advêm.
Só não compreendo uma coisa: poucos se têm mostrado preocupados com esta injustiça, estarão a ser coniventes? Estão preocupados com a Gestão escolar, FAA, AD e a nossa situação, esta injustiça não merece igualmente a atenção de todos?
Outro aspectos que a mim me está a fazer espécime: porquê 4 anos, e não 5, 6, 1,10, toda a carreira, nenhum sei lá? Porquê? Ah! E porquê já agora, isentar os profes com aval. de Mto bom...? Grande fantochada...
Eu até sei porquê, quer dizer imagino...
É o país que temos, e que se calhar merecemos ou talvez não...
Ass. Charlote
Desculpem a intromissão...
ResponderEliminarNão estou de acordo com algumas considerações feitas algures na globosfera... É salutar haver divergências de opiniões...
Não concordo com a prova de ingresso docente pelo princípio de que, à partida, todos os professores na sua formação académica, pedagógica conseguiram mostrar competência e capacidade para o grau de ensino a que se profissionalizaram... Se não conseguiram, penso que o problema residirá, então, na formação ministrada pelas universidades e com a conivência dos nossos governantes e ministérios a que lhe dizem respeito. É lamentável pôr-se em causa o profissionalismo, apetência para o ensino dos mais novos. Muitos de nós, porventura, se esqueceram da capacidade que os professores recém-formados, ou menos experientes têm para se entregar à profissão. Aliás encaram a função docente com muita dignidade e preocupação, pois querem estar à altura dos novos desafios. Vou mais longe: sabemos, vemos... Colegas mais novos com vontade, sede de saber, de mudar, de inovar, de aprender mais, a fim de melhorar a sua performance profissional. Também sabemos que esses professores estão cheios de sonhos, de utopias, têm uma visão duma educação renovada, dinamizante... e quiça utópica é certo!
Penso que nos deveremos respeitar, mutuamente: é falta de humildade pensar-se que somos mais inteligentes, mais profissionais que A e B... Todos poderemos aprender uns com os outros: temos coisas boas e más; ninguém é perfeito. O pior que poderá acontecer é considerarmo-nos intocáveis, e pensarmos que somos donos do saber...que nunca erramos e jamais seremos postos em causa...
Já agora, desde quando é que uma prova "comprova" a competência científica, pedagógica, humana para ensinar? Conhecemos muitas pessoas cujo conhecimento, sabedoria são atributos indiscutíveis, mas como professores na sua qualidade relacional, pedagógica não são tão exímios quanto isso...
Far-me-á, melhor ou pior profissional na minha prática como professora, se porventura, não obtiver "aprovado" na dita? O que é que a tão famigerada prova, "comprova"? Duas horas de prova, reflectirão o profissionalismo, competência científica, pedagógica para a docência?
Desculpem lá a minha ignorância... é que eu não consigo obter as respostas às perguntas.
Esta prova é um autêntico embuste: qual é a lógica de submeter os colegas a fazê-la que tenham menos de 4 anos de serviço? Ou aqueles que tenham muito bom na avaliação? O que é que isso prova? Não consigo perceber a lógica dos 4 anos... Porquê 4 e não 5, 6 , 10 todos, nenhuns?
Isto não é legislar de forma equitativa, que preze o valor da justiça, da igualdade... É legislar em benefício de alguns e em detrimento de outros...
Não vejo coerência nos pressupostos apresentados por esta equipa ministerial...
Haja seriedade...
Desculpem lá qualquer coisinha.
G.P.
Penso que sim pedro...
ResponderEliminarConcordo com os vários comentários, e acho que a prova a fazer-se devia ser para todos, (contra mim falo que já tenho 10 anos de serviço).
Quanto às outras profissões muitas têm de fazer provas semelhantes, pelo menos se quiserem pertencer às várias ordens (engenheiros, advogados, etc)
A base da questão é o porquê da prova???
ResponderEliminarMas será que eles não nos conseguem explicar as ideias que tanto defendem?
Aliás a nossa ministra já tentou, falta de credebilidade nas universidades, será que ela não sabe que os problemas se resolvem pela raiz, não pelas pontas?!
Admira-me uma senhora tão intelectual não descorrer isto, é incrível a falta de respeito que têm para com os professores, ou como já disse o Sr.primeiro ministro "asprirantes à carreira docente"... Por favor.
Joana, acha justoooooooooooo? dá aulas há dez anos e até agora ninguém quis saber se é competente e agora com uma prova podem arrumá-la às boxes num instante e acha justo?não acharia mais justo saber quais são as regras antes de entrar no jogo?se dá aulas há dez anos é porque o sistema precisa do seu trabalho e agora, com uma prova podem determinar negativamente o seu futuro e acha justo? não entendo.
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