Comentário: De acordo com a notícia acima, é intenção do Governo "decretar" 100% de autonomia curricular para as escolas que assim o pretendam, já no próximo ano letivo. Esta nova atribuição estará dependente da avaliação do Projeto Piloto de Inovação Pedagógica (as denominadas escolas PPIP), através do qual 7 estabelecimentos de ensino já funcionam em autonomia total. Aparentemente as PPIP surgem com o objetivo de concretizar a taxa de retenção zero, almejada de forma frenética pelos consecutivos executivos governamentais.
A acreditar na notícia, o pai das PPIP terá sido João Costa, que argumenta as mesmas da seguinte forma:
"O objetivo era pensar em soluções fora da caixa, que melhorassem a qualidade das aprendizagens feitas por alunos e que levassem à taxa de retenção zero. “O pressuposto do PPIP é a existência de uma escola sem alunos retidos. Numa conversa com um amigo, que sabe que não acredito na eficácia dos chumbos, ele colocou-me a situação como se fosse uma questão de fé. Mas não é. Nós vemos nos dados estatísticos que, enquanto medida pedagógica a retenção é muito pouco eficaz, o aluno que reprova é aquele que tendencialmente volta a reprovar. E ele, a brincar, disse-me: ‘Agora que estás no Governo, proíbe.’ A minha resposta é que a proibição é um ato administrativo e não é esse o caminho que queremos, mas fiquei a pensar naquilo, até porque há países que já o fazem, que não têm retenções nas escolas. E decidimos experimentar, perceber se é possível em Portugal ter uma escola onde os alunos aprendam e não precisem de reprovar”, explica o secretário de Estado".
Atrevo-me a dizer que um dos problemas da orientação da escola pública em Portugal é que passamos demasiado tempo e demasiadas vezes a experimentar, a adaptar experiências de outros países, e muito pouco tempo a avaliar e a consolidar aquilo que temos e que funciona.
Adiante.
Outra das "vontades" governamentais reside na hipótese dos agrupamentos de escolas organizarem o seu calendário escolar em semestres (algo que também já está a ser experimentado em "todas as escolas do concelho de Odivelas, para além das escolas PPIP"). Já ouvimos isto antes, e a minha opinião mantém-se.
A acreditar na notícia, o pai das PPIP terá sido João Costa, que argumenta as mesmas da seguinte forma:
"O objetivo era pensar em soluções fora da caixa, que melhorassem a qualidade das aprendizagens feitas por alunos e que levassem à taxa de retenção zero. “O pressuposto do PPIP é a existência de uma escola sem alunos retidos. Numa conversa com um amigo, que sabe que não acredito na eficácia dos chumbos, ele colocou-me a situação como se fosse uma questão de fé. Mas não é. Nós vemos nos dados estatísticos que, enquanto medida pedagógica a retenção é muito pouco eficaz, o aluno que reprova é aquele que tendencialmente volta a reprovar. E ele, a brincar, disse-me: ‘Agora que estás no Governo, proíbe.’ A minha resposta é que a proibição é um ato administrativo e não é esse o caminho que queremos, mas fiquei a pensar naquilo, até porque há países que já o fazem, que não têm retenções nas escolas. E decidimos experimentar, perceber se é possível em Portugal ter uma escola onde os alunos aprendam e não precisem de reprovar”, explica o secretário de Estado".
Atrevo-me a dizer que um dos problemas da orientação da escola pública em Portugal é que passamos demasiado tempo e demasiadas vezes a experimentar, a adaptar experiências de outros países, e muito pouco tempo a avaliar e a consolidar aquilo que temos e que funciona.
Adiante.
Outra das "vontades" governamentais reside na hipótese dos agrupamentos de escolas organizarem o seu calendário escolar em semestres (algo que também já está a ser experimentado em "todas as escolas do concelho de Odivelas, para além das escolas PPIP"). Já ouvimos isto antes, e a minha opinião mantém-se.
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