quarta-feira, 1 de novembro de 2017

Assim não...

Na segunda-feira (30 de outubro) fui surpreendido com uma informação que me deixou algo incrédulo. Aparentemente alguns colegas "filiados" na segunda maior organização sindical de professores, estariam a receber indicações que iriam no sentido da recomendação para não aderir à greve de 27 de outubro.

Como é complicado digerir um "boicote" escancarado, tentei apurar a validade desta informação, e lá me chegou uma mensagem de correio eletrónico, a qual passo a transcrever:

Nota: negritos e sublinhados de minha autoria.

"Colegas,

 A Greve do dia 27 de outubro, convocada pela Frente Comum, destina-se à Administração Pública, reivindicações que nada têm a ver com as nossas, pois apesar de fazermos parte da mesma, o Governo, alegando de que se trata de uma carreira especial, (a nossa) quer penalizar-nos severamente não querendo contabilizar quase 10 anos de tempo de serviço prestado, ao contrário do que pretende fazer com a restante função pública, que lhe irá contabilizar o tempo prestado anteriormente de uma forma faseada. Assim sendo, não faz sentido algum, fazermos greve juntamente com funcionários publicos que recebem tratamento diferenciado. E, porque um dia de greve não irá causar grande impacto, como já verificamos na última greve realizada.

Posto isto, estamos a atravessar novamente um período muito complicado, muito idêntico ao que vivemos no período da Maria de Lurdes Rodrigues, e para grandes males, grandes remédios. Assim, teremos que unir forças e energia para lutarmos contra o ROUBO descarado que pretendem realizar aos professores/educadores portugueses. (...)"

Esta mensagem de correio eletrónico (com origem numa das filiais da segunda maior organização sindical de professores), ainda termina com algo similar à "união faz a força", o que não posso deixar de classificar como um contra senso. 

Que raio de união é esta? 

Então já não bastam os nichos contratuais (contratados, professores QZP e professores QA/QEna) que acendem as redes sociais?! Agora também temos nichos sindicais?

Deste modo, mais do que termos uma competição de iniciativas (aqui), temos agora um boicote às iniciativas dos outros. Se isto é representar bem os professores, então vejo-me obrigado a redefinir o conceito de representatividade. 

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