E eis que quando surge um motivo de forte união entre os professores (para quem - ainda - não sabe: a eliminação de 9 anos e meio, para efeitos de progressão na carreira) e quando parece estarem reunidos argumentos para iniciativas relevantes, temos mais do mesmo nas salas de professores e grupos das redes sociais: uns não fazem porque é só um dia (e consideram insuficiente), outros não fazem porque é à sexta-feira (e parece mal), outros acham que nos "repõem" o tempo de serviço mais facilmente se avançarmos com mais uma petição (daquelas que depois ninguém sabe muito bem qual o destino)...
Enfim.
Se este roubo de tempo de serviço, aparentemente exclusivo na função pública, não é suficiente para perceberem que "é agora ou nunca" em termos de regresso à união da classe, não será a negociação de um novo concurso, ou do aparecimento de vagas para ingresso na carreira ou mesmo um novo concurso extraordinário que a vai trazer.
Se não lutarmos agora, este tempo de serviço vai ser para sempre eliminado! Nenhum Governo que vier a seguir, vai voltar atrás com isto...
Quanto a eventuais propostas para ultrapassar este problema, já li algumas que me parecem interessantes, nomeadamente a de que os "anos do congelamento contarem para a antecipação da idade da reforma" (da autoria do Alexandre Henriques) ou mesmo uma solução que passasse pela "permanência em cada escalão, ou apenas em alguns, reduzida. Ou, poder-se-ia optar por uma diluição destes sete anos pela, restante, carreira de cada docente afetado" (da autoria do Rui Cardoso).
Seja como for, dificilmente o Governo vai recuar, se não tivermos alguma posição de força. E uma posição de força pode não ser apenas uma greve de um dia, mas poderá ser o início de algo.
Seja como for, dificilmente o Governo vai recuar, se não tivermos alguma posição de força. E uma posição de força pode não ser apenas uma greve de um dia, mas poderá ser o início de algo.
Completamente de acordo. Por algum lado se tem de começar... para depois se passar às alternativas que surgiram ou venham a surgir.
ResponderEliminarEstá a falar da greve convocada para sexta, dia 27? Concordo com tudo o que disse.
ResponderEliminarDe acordo, Ricardo. Mas será necessário negociar. Aquelas propostas que citaste, designadamente a última, demonstram equilíbrio e realismo políticos, que se exigem neste momento, principalmente a uma classe profissional que tem a responsabilidade da elevação intelectual crítica e analítica e que deve sempre dar bons exemplos!
ResponderEliminarEntão este não é o governo que iria repor tudo o que o PSD/CDS nos tinha tirado????
ResponderEliminarGreve para quê se o PCP e BE apoiam este governo? Expliquem-me como se eu fosse loura!
Exactamente! O PCP está na gerigonça, logo a Fenprof está na gerigonça... Estão lá a fazer exactamente o quê? A olhar para o seu umbigo.
EliminarAcham que os professores são todos uns totós?
Exactamente porque muitos são efectivamente totós é que é difícil a união.
EliminarPara mim é muito simples!
ResponderEliminarQuem acha que trabalha pouco e ganha muito não faz greve, quem acha que ganha pouco para o muito que faz opta pela greve.
Pessoalmente acho que sou pouco mais que um escravo!
Triste é que depois deste desabafo vou continuar a corrigir os testes das turmas do profissional que tenho de entregar esta semana.
O dinheiro faz-me falta. A si não? Então para mim é assim.
EliminarQuem acha que está bem, daqui a dois anos vote novamente na geringonça. Quem acha que foi enganado pelos "donos" da democracia,vote em alguém mais sério que não prometa tanto.
Para mim é muito simples... Se acham que esta greve ira provocar uma discussão seria entre sindicatos e governo FAZ GREVE
ResponderEliminarSe acham que esta greve é apenas uma prova de vida destes sindicatos incompetentes NAO FAÇAM GREVE
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarPois, o dinheiro faz falta. Por isso é que vale a pena lutar (perder um dia de vencimento) para ter a oportunidade de subir os quase 3 escalões que me roubaram! (A matemática dá sempre uma ajuda na hora de decidir)
EliminarQuem se arrasta nas escolas deixa-se estar na sua vidinha, quem tem razão de queixa faz pela vida.
Certo é que os enfermeiros lutaram UNIDOS e ao que parece valeu a pena:
https://www.publico.pt/2017/09/19/sociedade/noticia/governo-propoe-subsidio-de-150-euros-para-enfermeiros-especialistas-1786024
Mas podemos estar todos descansados que se, como em outras ocasiões, a greve resultar em alguma melhoria da nossa condição todos beneficiamos: os que fizeram greve, os que não fizeram greve, os ricos, os pobrezinhos, os que trabalham e os outros…
Bom dia.
ResponderEliminarPura opinião e nada mais.
A nossa sobrevivência, enquanto profissionais está em cheque...Não foi só a brincadeira de mau gosto destes últimos concursos de Mob Int. É no dia a dia, em que o desrespeito pelo professor passa impune.São as decisões abusivas do ME que, nos irão dar cheque mate, se não houver uma atitude de força... São os sindicatos que, amorfos e/ou coniventes com as cúpulas do governo, não actuam em conformidade com os seus estatutos.
A conjuntura é de amorti...e não será 1 dia de greve, em minha opinião, repito, que fará ceder seja quem for.
Greve?...se for por mais que um dia. Talvez ainda não se tenha bem a noção o quão cansada esta classe está...ou então sou eu que ando a ver filmes (de mau gosto).
Já se falou em dinheiro...
Recebemos misérias de ordenado!...subsídios de refeição ridículos e, como agora apraz divulgar, não beneficiamos de qualquer tipo de ajudas de custo.
Já se falou em adesão...
Há sempre os que fazem, os que não fazem, os que estão à espera que outros façam,..., como dizia um colega acima.
Falemos do sonambulismo profissional...da negação de que o que estão a fazer connosco é só questão de alguns. Enquanto não houver CONSCIÊNCIA real do que se passa, enquanto se continuar a considerar que "ao menos temos emprego" e afins, e não se pensar seriamente no degredo que a profissão é neste momento, nada mudará.
Por isso reitero, não acredito que greve de 1 dia, nos leve a algum lado...e isso não significa que não participarei.
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