quinta-feira, 20 de abril de 2017

Escrutinados, cansados mas (ainda) motivados...


Comentário: Bem sei que alguns doutos terão opinião divergente acerca do estado da nossa classe profissional, e outros - mesmo concordando - vão comentar preciosismos (aposto no número 28, apenas para dar um exemplo), no entanto, o artigo de opinião que redigi para o Observador tenta refletir aquilo que me vai na alma, sem grande cuidado numa apresentação de rigor... 

Quanto à típica acusação do discurso do "coitadinho", continuo a afirmar que não me revejo nela, pelo menos enquanto considerar que o positivo se sobrepõe ao negativo, não calculando a minha motivação como resultado de um qualquer saldo quantitativo. 

Continuo a gostar da profissão que abracei e os meus alunos sabem disso. A remuneração é obviamente importante, mas como já tive oportunidade de dizer a um "malandro" que me disse que eu só trabalhava porque ele e outros estavam na escola: "Se eu não gostasse do que faço, já teria rumado para outro lado, porque felizmente tenho saúde e inteligência qb para fazer outra coisa qualquer a que me propusesse". Bem sei que o artigo não agradará a todos, mas aposto que muitos se irão rever nele.

7 comentários:

  1. Focaste um ponto central, cuja transcendente importância me parece escapar a todos (políticos, sociedade em geral - de qualquer modo, não competentes na matéria para poderem julgar -, mas também professores): a formação, a necessária renovação do conhecimento que nos torna (ou não) verdadeiramente profissionais da educação. A gestão da indisciplina (e, antes de mais, a sua própria conceptualização, origem e causas) é apenas uma das áreas acerca das quais muitos de nós não sabemos muito (nalguns casos não sabemos o suficiente, face ao que a realidade exige). O futuro dos nossos alunos, bem como o nosso, enquanto professores (úteis!), depende da nossa capacidade de desenvolver, rapidamente, com ou sem ajuda do Estado, conhecimento profissional. (Grande abraço!)

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