Reconheço que será tentador começar a demonstrar alguma empatia com a atual equipa do Ministério da Educação, no entanto, e independentemente dos eventuais cortes que venham a ser concretizados ao nível das escolas privadas com contratos de associação, não me parece que temos motivos de grande contentamento.
E porquê?
Simples. Se repararem a estratégia ministerial do momento segue uma linha de “reunir agrado com a desgraça alheia”. E não obstante de podermos (e escrevo isto, porque não acredito que estes cortes sejam realmente concretizados) ter um acréscimo de alunos e eventualmente um aumento de horários disponíveis, pouco ou nada continua a ser feito para melhorar a saúde da educação na escola pública. No essencial, temos mais um ciclo de experiências educativas e de gestão, que não repõem aquilo que seria essencial nas escolas: estabilidade educativa, tempo de qualidade para ensinar e reposição da autoridade docente.
No final, e mais do que argumentos a favor e contra a continuidade do financiamento das "redundâncias", o que me causa realmente confusão é o despudor em utilizar e manipular alunos em iniciativas de defesa das escolas privadas com contrato de associação. O desespero não justifica tudo e os (nossos) alunos deveriam ser protegidos destas situações...
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