quinta-feira, 23 de maio de 2013

Uma hipótese... ou duas.

(Diário de Notícias, 23-05-2013)

Comentário: Na realidade existem diversas formas de boicotar greves, mas também existem hipóteses de furar esse boicote. Não acredito que os diretores das escolas e agrupamentos se prestem a este tipo de papéis, mas nunca se sabe.

7 comentários:

  1. Não é preciso os diretores prestarem-se a isso. Na escola onde estou a entrega das notas alguns dias antes já é uma prática. Na reunião só se confirmam e retificam eventuais erros de lançamento...

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  2. A entrega das notas é uma proposta e ....., quem me diz a mim que não vou alterar umas poucas na reunião de avaliação.

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  3. Penso que não há nada que obrigue os professores a lançarem as notas antes da reunião; geralmente, fazemos isso por conveniência de serviço. Na minha escola, neste período, ninguém vai entregar notas antes da reunião.

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  4. Na maioria das escolas as classificações são introduzidas no sistema antes das reuniões. Mas como se sabe nenhuma reunião de avaliação se poderá realizar sem estarem presentes todos professores, a não ser se estiverem de atestado médico prolongado.

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  5. A entrega antecipada de avaliações, embora seja prática corrente para agilizar os procedimentos nas reuniões, não tem qualquer valor vinculativo.
    Imagine-se só se um professor de Português ou de Matemática (ou os dois) se esquecer de registar nessa proposta antecipada a classificação de apenas um aluno que tenha tido, por exemplo, nível 3 no 1º período e nível 2 no 2º período. Que decidirá o conselho de turma para esse aluno, caso o respetivo professor estiver em greve na data da reunião? Sabe-se que nível 2 cumulativamente a Português e a Matemática, no Ensino Básico, pode condicionar a transição do aluno. E também se sabe que se tratam de disciplinas sujeitas a exame, podendo uma decisão mal tomada ter implicações no resultado final do aluno. E também há os rankings tão do agrado de muitos (diretores, por exemplo)! Como poderá o professor, autor do tal esquecimento ao preencher um papel sem valor vinculativo, ser responsabilizado por uma decisão tomada numa reunião, quando se encontrava em greve?
    Se começam para aí a ter ideias parvas para boicotar a legítima e mais do que justificada greve dos professores, não deverão esquecer que há um outro conjunto de ideias muito menos parvas para boicotar o boicote. E até bastam poucas pessoas para as pôr em prática!
    Nunca os professores prejudicarão tanto os alunos nos próximos dias de greve anunciados como o MEC tem feito de há uns tempos a esta parte.
    O que está em causa é muito mais do que a mobilidade dos professores. O que está em causa é a qualidade da escola pública que o Governo pretende comprometer drasticamente, em prol do ensino privado financiado pelo Estado, que sustenta os interesses de muitos amigos e se afigura como uma janela aberta para o seu futuro.

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  6. Há sempre mais papistas que o papa...

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