sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Contos de Natal


Confirmou-se o que já era esperado em relação à vinculação extraordinária. Um número residual de vagas que a transforma numa farsa, que em nada resolve os problemas de precariedade de milhares de professores.

Como já se esperava a via judicial será o caminho a seguir para repor a legalidade e imoralidade da utilização abusiva de professores contratados. As consequências para o estado serão bem mais nefastas do que se tivessem seguido uma negociação real e séria para resolver este problema, tendo até em consideração a situação financeira do País. Tenho pena que seja o estado a arcar com as consequências de decisões erradas ao longo de muitos anos que deixaram que chegássemos a esta situação -professores a contrato há 6, 10, e mais anos? - e que não haja qualquer tipo de responsabilização de pessoas que por omissão ou intenção negligenciaram a resolução deste problema. Talvez só assim, não só este, mas muito outros problemas nunca tivessem surgido neste País.

Outra questão interessante é como se passou de uma exigência inicial para acesso ao concurso de VE, dos 10 anos de serviço na escola pública para apenas 365 dias nos últimos três anos? E ainda por cima a tentarem disfarçar esta questão, como se nem soubessem muito bem estes critérios (ver vídeo aos 2:12). Se fossemos todos muito burros não percebíamos a quem interessa esta pequena alteração de 10 anos para 1 ano.

De facto a única solução é mesmo a via judicial nacional e Europeia para que se possa fazer cumprir a lei, por vontades isto não vai lá.

7 comentários:

  1. Ai não vai não. Acho que só mesmo as instâncias europeias poderão impor ao governos a legalidade pq este país tá podre de vícios

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  2. Eu sugeriria um critério à prova de bala:
    total de descontos efectuados para :
    -CGA
    -SS
    -DGCI

    Jake

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  3. Claro estes critérios interessam ao prosf´s do GRupo GPS que foram despedidos... e as restantes profs dos colégios privados...

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  4. 365 dias no ensino público apenas? não se falou que poderiam ser no ensino público ora no ensino privado?

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  5. Ó Ricas.... deixa ver se percebi...queria concorrer sem nunca ter trabalhado no ensino público? eles mudaram as regras mas não chegaram a tanto.....!!!!! mas deixe lá porque com tão poucas vagas apenas uma minoria entrará e vamos ver de que grupos.....onde foram elas apurar 600 vagas? se já sairam muito mais vagas anuais que isso???? se contabilizarmos os grupos todos...
    ouvi que quem entrar vai para o 1º escalão....mas isso não tinha sido um dos pontos que mudaram com as negociações? de acordo com o tempo de serviço a pessoa é posicionada....isto não é progressão na carreira, pois está congelada...é reposicionamento.....ou estou errada??????.....tb não acredito no Pai Natal!!!!
    Mas um BOM NATAL para todos!!!!

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  6. E a via judicial vai resolver? Não há dinheiro para pagar salários. Para o ano vai haver mais cortes, não batam mais no ceguinho, emigrem como tantos outros o estão a fazer, não sejam comodistas, parem de querer sugar a teta do estado. Acabou. ADSE com dias contados, corte na despesa (funcionários públicos), rescisões amigáveis, mobilidade especial...não batam mais no ceguinho. Vincular para no ano seguinte não terem trabalho?

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  7. Pois...acho fundamental uma queixa não só nos tribunais nacionais mas também a nível europeu/internacional. Já digo isto há muito tempo.
    Só espero é que não seja cada um por si como tem acontecido no caso da compensação por caducidade.
    Deve ser um único processo, subscrito por milhares de professores com o mesmo problema. Até para diluir custos.
    Espero que as coisas se passem dessa maneira.
    Seria uma grande lição não só para estes sindicatos mas também para o poder politico.
    Já agora volto a dizer o mesmo - é necessária uma nova forma de organização representativa de todos os professores. Estes sindicatos são inúteis, nada fazem, não têm poder e são irresponsáveis.
    Gostava de ver uma proposta de cortes salariais, nos escalões de topo, em troco da manutenção de oferta educativa (= postos de trabalho).

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