terça-feira, 13 de março de 2012

Mário Nogueira regressa...


Comentário: E eis que surgido da empoeirada batalha da semana passada, ressurge Mário Nogueira a clamar por uma extensão das negociações relativas ao diplomas dos concursos de professores. A decisão é justificada com a vontade de impedir que o Ministério "se veja livre de milhares de docentes contratados". Eu gosto destes regresso em "grande", e quando trazem justificação até fico empolgado.

Enfim...

Até poderia ser interessante este tipo de prolongamento das negociações, não fosse o facto de vários sindicatos já terem assinado um acordo. Opps... Já me esquecia que (aparentemente) houve a ameaça por parte do MEC de publicação da primeira proposta (que era realmente muuuuiiiiiito má) e não tiveram alternativa que não a assinatura. Sendo assim, não considerem esta última frase, p.f.

17 comentários:

  1. Concordo plenamente, nesta altura, suponho que nada mudará, infelizmente. Enfim...

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  2. Muito se tem falado relativamente ao (mau) funcionamento dos sindicatos e, curiosamente, não se tem falado na possibilidade/ necessidade de criação de uma Ordem de Professores. O único (de que eu tenha conhecimento) defensor desta criação é Rui Baptista, que tem escrito alguns textos no blog De Rerum Natura.
    Não estará na altura de discutir esta possibilidade?

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  3. Para gina: Quando os sindicatos se encolhem perante ameaças... Enfim. Queria ver se ninguém assinasse se Nuno Crato teria a coragem de publicar. Tão democráticos que eles são e em início de um primeiro mandato.

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  4. Para Sílvia: O tema da "ordem " é recorrente, no entanto, nunca é discutido com a profundidade que se pretende. Depois existe a ideia que uma Ordem substituirá os sindicatos. Pura mentira, pois ambos coexistem perfeitamente.

    É minha forte convicção que enquanto não surgir um grupo forte e influente a nível social que se mobilize nesse sentido, nunca teremos uma Ordem.

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  5. No concurso de 2004, esta mesma coligacao colocou em quadro, directa e ilegalmente, muitos professores do privado. A coisa passou, sem grandes ondas e foi atribuída à bagunça.
    Verificamos agora que a bagunça serviu de capa, mas as colocações foram propositadas.
    Tudo isto, com o beneplacito da fne. Conheco até um caso em que um professor entregou ao spzc o seu recurso contencioso e essa agremiação deixou passar o prazo. Estrategicamente, ve-se agora!

    Há dois aspectos que a fenprof pode e deve tentar mudar: os privados na 1 prioridade e a possibilidade de se concorrer a mais do que um grupo. Nesta altura de sacrificios, eles devem ser para todos e nao apenas para os desgracad lo s dos contratados. Por uma questão moral.

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  6. No concurso de 2004, esta mesma coligacao colocou em quadro, directa e ilegalmente, muitos professores do privado. A coisa passou, sem grandes ondas e foi atribuída à bagunça.
    Verificamos agora que a bagunça serviu de capa, mas as colocações foram propositadas.
    Tudo isto, com o beneplacito da fne. Conheco até um caso em que um professor entregou ao spzc o seu recurso contencioso e essa agremiação deixou passar o prazo. Estrategicamente, ve-se agora!

    Há dois aspectos que a fenprof pode e deve tentar mudar: os privados na 1 prioridade e a possibilidade de se concorrer a mais do que um grupo. Nesta altura de sacrificios, eles devem ser para todos e nao apenas para os desgracad lo s dos contratados. Por uma questão moral.

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  7. Ricardo, sem dúvida que ambos podem coexistir porque têm claramente funções diferentes (apesar dos sindicatos dos professores, convenientemente, considerarem que não!). Parece-me que a criação da Ordem se torna cada vez mais urgente!

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  8. Mário Nogueira está atrasado....mais uma vez! Reuniões suplementares? O que quer dizer já o deveria ter feito. Sem demoras!
    Quanto à Ordem e à criação de um código deontológico serviria para dignificar e valorizar a profissão docente, que tão mal tratada está. Os sindicatos manteriam o seu espaço. É muito bom que se comece a considerar essa possibilidade, para bem da profissão.

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  9. Ricardo, concordo com a tua análise. Tudo fica complicado quando os restantes sindicatos assinaram este documento. No entanto, a ser possível, entendo que, mesmo assim, a FENPROF deve pedir o prolongamento das negociações. afinal, trata-se de um sindicato com maior representatividade de docentes. Sinto-me demasiado revoltada, "sem chão". como é que alguém assina um documento a troco de hipotéticas promessas. defendo a existência de uma ordem, ou seja, de um grupo coeso e concertado, que efetivamente represente e defenda a classe docente.Queiram desculpar-me, mas não consigo aceitar os colegas do privado, por uma questão de justiça, na primeira prioridade.

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  10. Acrescento, de alguma maneira, aquilo que pode ser considerado como a verdadeira explicação para a 1ª prioridade dos colegas do privado.

    http://educaraeducacao.blogspot.com/2012/03/opiniao-de-santana-castilho-sobre.html

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  11. Silvia
    Estamos a falar de concursos.
    Sabe qual seria o papel de uma Ordem de professores nesta questão?
    Ser ela a responsável por determinar quem é considerado professor, o que significa que, a existir uma prova de ingresso, seria ela a responsável!
    O resto (concursos) é tratado com os sindicatos.


    Que outras questões considera que a Ordem iria resolver?

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  12. O papel de uma Ordem é muito complexo e importante para se poder expor num espaço de comentários. Agora, pelo que assistimos nas outras Ordens, médicos, enfermeiros, economistas, técnicos oficias de contas, assumem um papel determinante na dignificação, valorização e projecção da profissão.

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  13. Pois, mas sem a Fenprof, só com os outros sindicatos era muito pior.
    É favor ler o Jornal Público de hoje e a crónica de Santana Castilho.

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  14. Para Milene: Obviamente que a Fenprof tem toda a legitimidade em solicitar um prolongamento das negociações, no entanto, apenas estaremos a falar de um procedimento algo infrutífero, pois o MEC já tem aquilo que queria... assinaturas de outros sindicatos (principalmente as da FNE).

    Quanto à questão dos colegas das escolas privadas com contrato de associação, certamente que existe por trás um motivo muito forte (obviamente político ou de outra índole - mais familiar) para que isto tenha ocorrido nesta altura.

    Como sempre, quem se lixam são os elementos das classes profissionais mais fracas.

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  15. Antes de declarar desgraças, há que aguardar. O secretário geral da FENPROF reagiu de imediato. Há prazos legais a cumprir para pedir alargamento da negociação. Os outros sindicatos também o podiam ter pedido. Não houve nenhuma demora. Talvez tivesse sido positivo todos pedirem. O tema dos concursos é dependente da negociação sindical, nunca passaria se todos os sindicatos fossem coerentes e dissessem não. Nunca ninguém pensou sobre o motivo pelo qual foi possível criar tantos sindicatos em Portugal? Dividir para reinar...
    A ordem e os sindicatos não têm as mesmas funções. A ordem só nos iria cravar mais dinheiro, isto dito por alguns médicos com quem tenho conversado. Peguntem-lhes o que eles acham da sua ordem. Perguntem aos engenheiros o que a sua ordem faz por eles, e o que é preciso fazer para entrar nela. O respeito pela nossa profissão faz-se pela sua dignificação funcional, salarial e respeito por parte dos políticos que nos têm desgovernado.
    Quanto aos privados, está visto que o estado vai absorver os excedentários do privado. Os mais velhos. Não faz muita diferença, porque dificlmente vão entrar em quadro, porque haverá poucas vagas. Antes disso vão voltar à estaca 0, pelo índice 126 se não estou em erro. na cabeça dos seres pensantes que nos desgovernam, os contratados que se li---, olha, arranjem uma enxadazinha!
    Os colegas do setor privado deveriam também começar a ficarem preocupados com a FNE cujos sindicalistas andam por aí a tentar convencê-los em formar comissões de trabalhadores. As comissões de trabalhadores estão previstas no código do trabalho, que será agora reforçado com o acordo entre governo, UGT e confederações patronais. Não sei se já se aperceberam, mas essa alteração vai ser aprovada, com certeza, na assembleia da república a 23 de março, e de acordo com a "proposta" da secretaria de estado da administração pública, uma série de medidas aí previstas passará logo para a função pública...
    Sindicatos a pedirem criação de comissões de trabalhadores para negociarem escola a escola!! Eu acho vergonhoso.Na relação empregador/trabalhador olhos nos olhos devem estar a ver qual é o lado mais forte ou não?
    Também é uma questão política. Neste momento o que vigora nos privados é a contratação coletiva assinada pela FENPROF. Para tirar poder à FENPROf, a FNE parece não se importar de tramar os professores. Pelo menos assim me parece.

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  16. Anónimo !4 de Março; 9:34 PM:

    Sobre a Ordem dos Professores: Nem sempre o que parece é e nem sempre o é parece. Ou seja, não será precipitado falar sobre a supracitada ordem profissional pelo que nos dizem médicos com quem se conversa?Quantos médico? Dois? Vinte? Duzentos?

    Cordialmente,

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  17. Sílvia: O facto de não se falar da Ordem dos Professores é sintomático da rejeição que ela merece por parte de alguns sindicatos com destaque para a Fenprof.Entretanto, os professores continuam como os escravos da Antiga Grécia ao serviço dos filhos dos senhores de Roma. Enfim...

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