quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Professoras acusam Agrupamento de Escolas de “discriminação” contra a maternidade

Recebido por email com pedido de divulgação... Mais uma daquelas situações que a confirmarem-se apenas comprovam a existência de alguns critérios menos "convencionais" utilizados para renovação do contrato. Se fiquei surpreendido? Não. Eu já escrevi neste blogue, por diversas vezes, que os Directores das escolas têm autonomia suficiente para que estas situações se enquadrem na legalidade.

Mesmo que nesta situação possam surgir dúvidas de ordem moral (duas professoras, de grupos de recrutamento diferentes mas tendo em comum uma licença de maternidade), é necessário conhecer os critérios adoptados em CP para poder concluir o que quer que seja acerca da legalidade (ou falta dela). Infelizmente esta é uma realidade comum nas nossas escolas, e este ano ainda mais pela quantidade de professores dos quadros lançados a concurso (por DACL).

(Artigo obtido da página 9 do jornal "O Povo Famalicence")

22 comentários:

  1. É para fazerem destas que querem a autonomia. E para além de reivindicarem autonomia não desistem de tentar pôr a canga da avaliação aos professores mais velhos. Para além disso não querem largar mão da presidência do Conselho Pedagógico. Altruístas, os directores...

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  2. Fui vítima do mesmo este ano. Há 3 anos que leccionava na Escola Básica de Alfornelos. Fiquei grávida, tive a infelicidade de ter uma gravidez de risco que me levou a ficar vários meses em casa. Agora voltei para saber se a oferta-escola já tinha saído e a resposta do Director foi que ainda não mas que não seria para mim, seria para a colega que me substituiu. Questionei o porquê e a resposta foi simplesmente porque sim...

    Se até então sempre fui bem tratada, tive boa avaliação, bom relacionamento com todos só me resta mesmo julgar que não se pode já não se pode ter um filho para manter um trabalho na escola.

    Infelizmente essa decisão fica na mão apenas de um Director que usa e abusa do poder que têm...

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  3. Essa discriminação já se verifica há muito. Nada que TODOS não saibam. Já vi colegas a colocarem questões relativas à gravidez no educare OS PRÓPRIOS COLEGAS criticarem-nas de um modo inconcebível. Uma desumanidade... Portanto,em Portugal as professoras (contratadas) não podem ser mães porque profissionalmente estão "impedidas".

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  4. Infelizmente hoje em dia os directores das escolas fazem o que querem dos contratados. Estive 2 anos numa escola TEIP e este ano ficou outra pessoa no meu lugar muito menos graduada em todos os critérios do concurso. Quando questionei a directora disse que o que conta é a entrevista e que ela escolhe quer quiser para o lugar.
    UM ESCÂNDALO, UMA VERGONHA, VIVA A CUNHA E AOS LAMBE-BOTAS!!!

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  5. Numa país envelhecido como o nosso, discriminar mulheres por serem MÃES é um acto indescritível de baixaria e de barbárie, que mostra bem a ausência de valores a que chegámos.

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  6. Pois, sei bem do q falam.... Ser mãe neste país é crime! Enfim, pobre país este..... Sou mãe de um pimpolho com 5 meses....
    MP

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  7. a autonomia não pode permitir abusos.
    a lista ordenada tem que ser seguida.

    os directores não podem continuar a ter acesso a leis que certificam ilegalidades.

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  8. Infelizmente, este assunto não me choca... No ano passado, enquanto estive de licença de maternidade, concorri a OE para completar horário. Fui contactada porque tinha sido escolhida e aceitei na aplicação. Quando disse que estava de licença e só regressaria no 2º período, responderam que depois me telefonavam porque tinha surgido uma dúvida. Conclusão: não sei como, mas retiraram o horário, alteraram os critérios e... "voilá" outra colega foi escolhida.
    Infelizmente, um problema que me obriga a estar de cama nos 1ºs tempos da gravidez , ou seja gravidez de risco. Solução? Esperar para ter contrato ee só depois engravidar. Se é de doidos e desumano? É, mas que outra alternativa tenho?

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  9. Não é só com contratadas que esta situação acontece. Eu sou QA e tive que concorrer a Dacl porque estive destacada o ano anterior por gravidez de risco. Disseram que não tinham componente letiva para mim , mas tiveram para um colega QZP, qua não tinha continuidade pedagógica.
    Cada vez há mais injustiças e cunhas a funcionar.

    Isa

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  10. Será quer nem isto tudo serve para nos unirmos? Nem imaginam o quanto espero que esse dia chegue... Já esperei de pé, depois sentada e agora deitada, mas também já me começo a cansar :-/...

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  11. No meu agrupamento aconteceu o mesmo. Estou grávida de 7 meses. No ano letivo anterior o critério para renovação foi a graduação. Assim sendo era eu que renovava. Este ano, no último pedagógico alteraram as "regras" e passou a ser a graduação sem avaliação. Coincidência, não fui eu que renovei (a grávida) mas uma colega com graduação inferior.
    Fernanda

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  12. Às vezes a tenho vergonha de dizer que sou professora!É certo que a nossa imagem foi bastante manchada pela anterior ministra ,Lurdes Rodrigues, mas também temos colegas e directores sem autoridade moral,sem sentido de classe para desempenhar o seu papel.A maioria dos actuais directores parecem donos da chafarica!Maria João

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  13. Mais uma noticia interessante, esta no jornal i:

    http://www.ionline.pt/conteudo/147600-concursos-nas-escolas-risco-num-jogo-viciado-ganham-sempre-os-mesmos-professores

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  14. Atenção que este tipo de situação, não é de todo exclusiva dos colegas contratados (como alguém acima referiu e bem). Existem colegas dos quadros que são preteridos, com recurso a critérios estranhos ou menos convencionais.

    Para além disso, e por aquilo que acima se comentou e também por emails que entretanto recebi, parece-me que esta questão da gravidez tem sido utilizada como argumento. Obviamente que nenhum Director irá admitir o argumento, mas fica a coincidência de situações.

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  15. Luís, já coloquei a notícia. Agradeço a sugestão.

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  16. hoje ninguem pode ser mãe...a não ser que o filho seja

    de politico ou de director.

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  17. isso aconteceu no agrupamento do Cerco e a gravida ainda ouviu "fizeste mal as contas"...

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  18. Também já ouvi isso!
    Fiquem a saber que a maternidade é matemática!
    MC

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  19. Fiquem a saber que voltaremos ao tempo em que as professoras não podiam casar.. e muito menos ter filhos. Sabiam?

    Que vergonha. E pior ainda quando colegas nossas, casadas com a profissão, são pau para toda a obra.( cala-te boca!)

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  20. Mas há outros critérios: no meu caso não fui "renovada" porque era a contratada que vivia mais longe da escola... E nunca deixei de fazer o meu trabalho por isso!

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  21. dar autonomia a gente incompetente dá isto;
    as regras no que é publico têm de ser iguais em todo o país;
    a barraca começou nas câmaras e centros emprego ,sairam-se bem, ei-la armada nas escolas.
    queixam-se do ministério,mas dreas e directores,tudo farinha do mesmo saco...nomeiam e criam cargos armadilhados só para abafarem os competentes.
    As reconduçoes foram para quem os directores quiseram e eles afirmam-no com autoridade...
    as ofertas de escola são para quem os directores querem e isso afirmam-no pelo telefone...
    as listas de ordenaçao são para mostrar no ecran do computador...
    as ofertas são para oferecer aos que trabalham depois dos bafejados as recusaram...
    isto é a vida.
    tanto dinheiro estragado em tecnologias,quando resolvem tudo de boca...registando,de seguida para inglês ver...

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  22. situaçoes desonestas pelos vistos ocorreram em muitas reconduçoes ,mas os unicos culpados é quem tem poder para colocar um ponto final nestas situaçoes e continua a permiti-las.
    bastava averiguar caso a caso punindo quem abusou do poder.
    os contratados,enquanto o são,têm que meter na cabeça que doenças e gravidez bem longe..,
    soldado doente,nao serve o rei...
    e,bico calado.

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