Por norma não critico as opiniões, devaneios ou desvarios de outros bloggers (ou de comentadores dos mesmos), no entanto, existem determinadas generalizações que me tocam profundamente... Não irei colocar aqui o link para o blogue em questão (quem viaja na blogosfera docente saberá os motivos que me levaram a escrever o que se segue), pois não quero gerar um efeito "bola de neve" mas fica aqui um post para mais tarde recordar.
Afirmar à "boca cheia" que os colegas mais experientes (por outras palavras: em escalões superiores da carreira docente) serão menos competentes porque aparentemente serão mais "fracos" em termos de tecnologias ou da pedagogia é tão absurdo como classificar os colegas contratados de menos competentes por serem menos experientes.
É certo que os anos de serviço nos vão permitindo ter mais algum "calo" para reagir perante determinadas situações dentro da sala de aula e, acima de tudo na forma de lidar com alguns colegas mais complicados e encarregados de educação, mas tenho sérias dúvidas que possa ser feita uma regra de proporcionalidade em termos de competência profissional.
Perdoem-me este desabafo, mas tinha mesmo de o fazer.
Começo a perder a paciência para este tipo de afirmações discriminatórias... Não aceito este fomento ao combate interno. Considero-o desnecessário e prejudicial.
Começo a perder a paciência para este tipo de afirmações discriminatórias... Não aceito este fomento ao combate interno. Considero-o desnecessário e prejudicial.
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ResponderEliminarConcordo plenamente, sou docente há 20 anos e domino muito melhor as novas tecnologias do que MUITOS colegas mais novos. Já há muito tempo que faço os testes no computador utilizando digitalizações de imagens e o MathType(MAT) - isto é um exemplo -e tenho colegas mais novos que ainda fazem os testes com montagens de fotocópias! Inclusivé a colega que me avaliou e assistiu às minhas aulas, quer no anterior ciclo de avaliação quer neste, pergunta-me com admiração como é que eu fiz isto ou aquilo! Há colegas mais novos que são verdadeiramente analfabetos em termos de novas tecnologias!
ResponderEliminarNa realidade o que se está a pretender é dividir os professores. Conheço o "blogue em questão" e é admirável (ou então não) como se fala mal uns dos outros. Os "novos" falam mal dos "velhos" e vice-versa. Infelizmente, em tempo de aulas também houve e certamente haverá muitos conflitos: é a natureza humana!
ResponderEliminarSó espero que isto não tenha tido uma causa política: se no anterior governo havia divisões, agora também haverá ou, por exemplo, para este governo ficar mal poderão ocorrer erros nos concursos ou mesmo perturbações no início do ano lectivo...
Tens toda a razão. Tenho 35 anos de ensino e + de 60 anos de idade e domino melhor as novas tecnologias que muitos colegas bem mais novos que eu.
ResponderEliminarBem hajas e boas férias!
Safira
Como colega mais velha (27 anos de serviço) espero que não me levem a mal os mais novos de chamar a atenção para o seguinte: O VERBO HAVER NÃO TEM PLURAL!!!! Também estou disponível para ensinar a trabalhar no moodle, com os quadros interactivos e com o Prezi.
ResponderEliminarProvavelmente, excesso desencadeado por se sentir que podem ser tomados diferentes tratamentos na questão da ADD e que fazem adivinhar uma nova divisão na classe.
ResponderEliminarAcho que infelizmente haverá reacções bem piores.
P.S. A experiência de vida não advém da idade, mas da diversidade e riqueza das vivências.
Novo-riquismo tecnológico?
ResponderEliminarSerá por isso que as pessoas têm necessidade em afirmar do que são capazes de fazer com as novas tecnologias!
E giz, não?
Alguém apresenta uma razão válida para que estejam isentos da avaliação, os Professores a partir do 8.º escalão? São 40 000 que ficam isentos e que têm ainda 12 anos de carreira pela frente!
ResponderEliminarPor mim é indiferente. Só não consigo compreender. E como diz o povo "o exemplo deve partir de cima".
Trabalho há cinco anos num subsistema do ensino em que a avaliação tem sido feita de uma forma simplificada e o processo tem decorrido sem dramas de maior. Por isso, sinto-me razoavelmente perdido quando leio as discussões sobre as minudências da ADD. Mas o nível da discussão neste momento é baixo: afirmar que os mais vellhos isto ou mais novos aquilo são completas generalizações que não nos levam a lado nenhum e só se justificam como formas de ganhar vantagem política - da pior maneira. Compreendo, por isso, o desespero deste post. Um nome que é moeda corrente na blogosfera docente é o de Ramiro Marques mas ainda não o tinha lido com atenção. Ao ler o blogue deste senhor pela primeira vez, não pude deixar de estranhar o crédito que lhe é dado e até uma certa deferência que lhe é prestada. Os argumentos são rasteiros e o insulto é abundante - espanta-me por isso a importância desta personagem.
ResponderEliminarQuanto às "novas" tecnologias, entre o orgulho da ignorância e o novo-riquismo tecnológico, venha o diabo e escolha.
Recuso-me a entrar nesta discussão e tenho vergonha que leiam o que se vai escrevendo nos blogs de educação sobre este assunto.
ResponderEliminarChega!
Não consigo entender tanto desaforo: para os mais novos e para os mais velhos?! para quê?! Que ganham?!Que disparate. A escola/ensino não pode resumir-se a isto. CREDO!
ResponderEliminarComo prof do 8º escalão senti vergonha e não me identifico, de todo, com o que o Ramiro afirmou
ResponderEliminarA observação de aulas é obrigatória para os docentes nos
ResponderEliminar2.º e 4.º escalões da carreira. Porquê estes escalões? Qual é a justificação? será que ninguem pensa nos docentes que tem 20 e mais anos de serviço e que estão ali congelados no 4º quando poderiam estar no 5º ou 6º?
Estes, http://www.dn.pt/inicio/portugal/interior.aspx?content_id=1952059
ResponderEliminarcom aquela conversa de que fizeram o 25 de Abril têm-se amanhado à grande e à francesa. Augusto Santos Silva tem grande responsabilidade neste caldo de convencimento de que basta a conversa de que fizeram o 25 de Abril para terem direito a privilégios. E, portanto, atendendo a que recebem como se tivessem estudado (ou feito qualquer outro esforço), têm aposentação aos 52 anos, uma vida em paz à espera de uma guerra que felizmente é sempre lá com os outros...
Este PS tem que enfiar estes demagogos na gaveta de uma vez por todas.
O prof. Ramiro deixou-se levar por tanto disparate que ele mesmo fomentou. Como em todas as profissões, há de tudo. Conheço colegas mais velhos que, de facto, não dominam as TIC. Outros, dominam. Coneço novos que fazem ainda tudo com corte e costura. Há contratados muito desejados nas escolas e pelos EE; outros, nem vê-los. Sabemos também, ao contrário do que diz RM, que muitos colegas mais velhos e experientes nem DT podem ser, tal a incompetência. Logo, temos de tudo no universo de uma escola. Interessa é que nesse universo trabalham pessoas que devem ser respeitadas, independentemente de serem velhos, contratados, novos, pretos, amarelos... .
ResponderEliminarRM falou demais, provavelmente alheio ao que se passa nas escolas básicas e secundárias.
Que esta avaliação não é a melhor, não é. Todos devem ser avaliados. Até por uma questão de autoestima. Os colegas que estão no 8º, 9º e 10º escalão estão felizes. Mas não deviam estar.
Ainda quase ninguém reparou que a proposta é omissa no que respeita à graduação para concursos.
Só se fala nos escalões, há uma guerra aberta entre novos e velhos.
Haja calma e decência, sob pena de ainda desvirtuarmos mais a classe.
"Os colegas que estão no 8º , 9º e 10º escalão estão felizes", diz o anónimo das 9:13.
ResponderEliminarEstá a generalizar, e mal. Eu estou no 9º e não estou feliz, nem de perto nem de longe. Conheço mais colegas como eu. E a propósito: não quero esta avaliação, nem de longe nem de perto, para ninguém.
Devolvo o conselho: haja calma e decência. E acrescento: haja lucidez!
Nota: ninguém está ainda no 10º escalão.
Para Safira: É por estas e por outras que recuso generalizações. Existe de tudo na nossa profissão...
ResponderEliminarPara educar A educação: Obviamente... Eu estive em duas escolas que me forneceram valências que ainda hoje utilizo. Situavam-se em polos opostos em termos de organização e disciplina que me permitiram ainda hoje situar todas as restantes escolas por onde passei.
ResponderEliminarQuantos às reacções, quero acreditar que estarão mais relacionadas com o desconhecimento do que com qualquer sentimento negativo.
Para Pragmático: Também gostaria de conhecer a argumentação... Deve existir um motivo válido (pelo menos, para o MEC).
ResponderEliminarPara Pedro: O "desespero" deste post vem do facto de não conseguir compreender o porquê desta tentativa de criação de "fosso". Interessará a quem? Para quê?
ResponderEliminarNão consigo perceber...
Pelo que li aqui o Ministério já fez os trabalhos de casa, os colegas estão uns contra os outros. Assim não somos uma classe únida, por isso é que o Ensino Particular é diferente do Oficial.
ResponderEliminarNo ensino particular é diferente porque ninguém ousa falar! Acha que alguém se atreve a constestar seja o que for? Atenção que sei do que falo por experiência própria de muitos anos no particular. E mais, no particular as pessoas ainda estão mais desunidas, apenas preocupadas em brilhar, em agradar, em manter o seu lugarzito nem que seja à custa do "lambebotismo".
ResponderEliminarRicardo,
ResponderEliminarRecordo-me perfeitamente de teres colocado num post e/ou comentário, um conselho, que, como é obvio, pode ser tomado ou não, no sentido de, em momentos de tensão (este também é um deles), se tentar ter alguma contenção e não responder a provocações. Como tal, assiste-te toda a legitimidade em escreveres este post, porém, analisa os comentários e o "sumo" que podes tirar deles. Aposto que duplicarão e o resultado será o mesmo.
Ainda bem que, estando eu na situação que estou (é indiferente revelá-la ou não, uma vez que, para mim também é indiferente), consigo ter discernimento para aproveitar as FÉRIAS, ouvir boa música, ...,
...basta, para isso, continuar a acreditar naquilo que sou e nos valores e princípios que defendo. Para mim, essa é uma das vertentes da PAZ interior.
"Penso noventa e nove vezes e nada descubro; deixo de pensar, mergulho em profundo silêncio - e eis que a verdade se me revela." (Albert Einstein)
Sempre "atentamente",
Ana
Para Rogério: Não conheço o ensino particular o suficiente para poder partilhar da tua opinião. Os colegas que conheço do particular, não falam muito do "patrão". Eh eh eh.
ResponderEliminarPara Rita: É o que ouço de alguns colegas, mas como já disse, não sei (nem pretendo saber) o que por lá se passa. Mas acredito que também não exista grande união...
ResponderEliminarPara Ana: Nem imaginas a quantidade de tempo que fiquei a olhar para a opção "publicar mensagem". Ainda admiti não publicar este post (tenho alguns guardados e que não publico pois sei que iriam inflamar muita gente), mas não consegui... Desta vez, não consegui.
ResponderEliminarBem sei que ao responder a este tipo de "provocações" estarei de alguma forma a contribuir para o seu fomento, mas quando a injustiça é premente dificilmente me consigo calar e olhar para o outro lado. E desta vez, foi irresistível.
Agradeço a "chamada de atenção"...
Abraço
Uma pessoa só por achar que os professores do 8º e 9º escalão também deveriam ser avaliados, foi logo chamado de mal educado. Assim é difícil manter a calma.
ResponderEliminarDou aulas há 10 anos e já vi de tudo. Bons e maus professores independentemente da idade, por isso defendo que a avaliação deve ser transversal. Até mesmo para evitar o que se está a passar nos blogues e irá naturalmente passar para as escolas.
Não existe um motivo válido para esta isenção.
Quem assistiu à polémica da divisão da carreira estava à espera de quê ao fazer isto?
"Questionado sobre porque é que os professores mais velhos vão ficar de fora do processo de avaliação, o ministro disse considerar que é sobre os outros - a iniciar ou no meio da carreira - que é necessário fazer a avaliação." - fonte RR
ResponderEliminar... e eu pergunto: PORQUÊ????
António
Olá Ricardo,
ResponderEliminarLi o post e igualmente todos os comentários. Infelizmente isto é o que temos. Não somos unidos porque os parametros nao são iguais para todos...
Da experiência que tenho - pouca, mas larguinha em escolas e agrupamentos, escassos são os colegas de topo, no 110, que se esforçam e se tentam actualizar. No entanto, também me surpreende ver colegas tão novos como eu a entrar na política do laissez faire...
Só para terminar, não me admira nem um pouco que as opiniões que aqui reunas, especialmente de colegas com mais anos de serviço, sejam de pessoas profissionais! Só o facto de lerem um blog já demonstra muiiiita coisa!
Abraço!!
PS: um bom professor é aquele que admite que tem e pode sempre aprender mais! ;)
Penso que o Ramiro foi muito infeliz quando, por vaidade pessoal, informou no seu Blog a sua, péssima , influência junto da coisa.
ResponderEliminarprof do 8º escalão
Há bons e maus professores em todo o lado, independentemente dos seus anos de serviço.
ResponderEliminarQuando há vontade de aprender e utilizar novos recursos, o nosso tempo de serviço não interessa para nada.
Mas confesso que custa muito ouvir que ainda não sou professora (não estando na carreira) e que por ser nova, não sou competente... algo que alguns colegas (infelizmente) gostam de dizer.
(Atenção - não estou a dizer que o disseram aqui... mas ouve-se muito isto nas escolas e até na comunicação social)
O trabalho de cada um devia falar por si.
Cristina - prof. contratada há 11 anos ( Já devia chegar, não?)
Concordo muito com o anónimo das 3.36h! Nunca o prof. RM devia der tido o que disse. Claro que já se tinha percebido que ele tinha tido influência na proposta, ele também nunca escondeu a sua posição. Aí, foi sempre íntegro. Mas vir dizer alguns disparates como os EE querem dar aos filhos as turmas dos mais velhos... e nunca aos contratados! Pelo contrário, caro colega. Entre no mundo das básicas e logo vê! Informe-se nas escolas e veja lá se os pais querem os colegas cansados, desanimados, desmotivados, fartos, que falam... falam... e os alunos vão de seguida para as explicações! Claro que há dos bons. Também há contratados que Deus me livre!
ResponderEliminarAté porque as suas (RM) opiniões insistentes e os conselhos de avozinha ao ministro não vão cair bem no ministério. A sua vaidade pessoal foi tanta, que o ministro vai querer um certo distanciamento dele. Não fica bem ao ministro NC fazer passar a imagem de que necessita dos bitaites do RM!
Preocupem-se mas é com o desmesurado poder que as direcções vão ter e a loucura de cada escola fazer aprovar o seu modelo de avaliação. Cada um a seu belo-prazer! Vai ser um ror de disparidades de norte a sul que nem a rosa-dos-ventos nos vale!
prof ramiro marques says:
ResponderEliminar15 de Agosto de 2011 16:28
Wegie
Na tua ausência, provoquei a revolta dos contratados! Foi o maior sururu de sempre na blogosfera.
No inconsciente deles, eu sou o responsável por o sistema ir dispensar, já em setembro, 20 mil docentes contratados. Como poderei ser se eu não sou diretor de nada?
Imagina como vão reagir, em 2013, quando o sistema dispensar mais 15 mil devido aos cortes impostos pelos credores.
Sabes quantas visitas o blogue teve ontem? Quase 15 mil. O que eles disseram mal de mim aí pelas caixas de comentários! E o Pinote a ajudar à festa. Alguns julgam que eu me importo, vê lá. É da idade. São ainda muito novos. Acho-lhes piada. Afinal, podiam ser meus filhos.
prof ramiro marques says:
15 de Agosto de 2011 16:31
Wegie
O que me valeu foi que os metralhas estão a banhos. Imagina se não estivessem. Era a Santa Aliança a fustigar-me: Pinote, metralhas e contratados, todos a darem-me porrada! Ando a ficar famosos pelas bandas do blogue do Pinote.
Tinha razão quando disse: "Acho que infelizmente haverá reacções bem piores."
ResponderEliminarFacto: já vi uma professora com mais de vinte anos de serviço escrever "à cerca" e já vi uma professora de inglês com um escrever "to morrow". A incompetência não tem idade e cepos há-os por aí em barda. João - contratado há 16 anos (já devia chegar, não?)
ResponderEliminarO RM tem um blogue carregado de publicidade e recebe uma boa maquia mensalmente, consoante as visitas! Claro que 15.000 visitas num dia lhe devem ter enchido bem os bolsos!
ResponderEliminarDeixem de ser tansos e deixem de contribuir para esse peditório!
Essa conversa de que o meu computador tem mais bytes do que o teu, conduz para onde?Penso que está claro que os Professores contratados são indispensáveis ao sistema educativo. Assim, como são os do quadro que não se escondem sob os argumentos falaciosos das posições sindicais. Isto de assentarem baterias nas percentagens e não na precariedade laboral e nas condições de trabalho dos Professores revela a ausência de estratégia das estruturas sindicais. Que tal Control Alt Delete para eles?
ResponderEliminarÉ triste dizê-lo, mas os maiores inimigos dos professores encontram-se no seu seio, não tenhamos dúvidas!
ResponderEliminarOs contratados estão lixados ou se unem ou morrem de fome!
ResponderEliminarhttp://www.youtube.com/watch?v=YH1g1NY-Gk8&feature=player_embedded
ResponderEliminarVale a pena ler o que António Nóvoa expôs numa conferência realizada em S. Paulo em 2006. Foca exactamente o principal:
ResponderEliminar"Há um déficit de práticas na formação. E atenção: e também de reflexão dessas práticas. Citando John Dewey, o que é essencial é a reflexão sobre as práticas. E Dewey tinha aquela velha história que no final de uma palestra - ele que nos anos 1930 inventa o conceito de professor reflexivo - um professor virou-se para ele e disse “o senhor abordou várias teorias, mas eu sou professor há dez anos, eu sei muito mais sobre isso, tenho muito mais experiência nessas matérias. Então, Dewey perguntou: “tem mesmo dez anos de experiência profissional ou apenas um ano de experiência repetida dez vezes?”. Não é a prática que é formadora, mas sim a reflexão sobre a prática. É a capacidade de refletirmos e analisarmos."
É isto mesmo e deixemo-nos de palhaçadas!
Apenas um reparo para um pormenor que tem sido esquecido nos comentários que tenho lido por essa net fora: os colegas actualmente no 8º escalão (antigo 8º) apenas estão dispensados da avaliação SE "em todas as avaliações efectuadas ao longo da sua carreira, tenham obtido, no mínimo, classificação de Bom". Acontece que, antes da Maria de Lurdes, a esmagadora maioria dos professores era avaliada com "Satisfaz", o suficiente para progredir na carreira. Penso que na prática só um número residual de colegas do 8º escalão foi avaliado sempre com "Bom".
ResponderEliminarO alegado comentário de Dewey é truque retórico de baixo calibre. E como podemos ter a certeza que as certezas de Dewey não passam de um fenómeno de autodeslumbramento com o próprio pensamento?
ResponderEliminarSomos ou não somos todos professores? Se não querem divisão entra professores mais velhos e mais novos, porque que é que os mais velhos não são avaliados. É lógico que enquanto houver essas discrepâncias surgirão sempre comentários desses de desunião! Sejamos realistas...
ResponderEliminarMarta Lopes
O Satisfaz antigo foi equiparado a Bom. Portanto se conhecerem alguém que não cumpra esse requisito é uma ave rara.Naquele tempo, as estatísticas referiam que 98,7% dos Professores obtinham Satisfaz.
ResponderEliminarAliás é o que as posições sindicais defendem actualmente, ao pretenderem reduzir de 5 para 3 níveis: Insuficiente, Bom e Muito Bom. O mérito absoluto defendido, traduz-se no voltar ao antigamente.Só que é defendido com argumentos pacóvios!
Fogo, lá estão todos uns contra os outros... MEC: 20 - Profs: 0
ResponderEliminarE isto ainda está como proposta. Parem lá com isso, por favor...
Ricardo e colegas:
ResponderEliminarApesar do desânimo perante este documento, devemos ter control nas nossas intervenções.
Tenho muitas vezes vontade de processar o estado por todas as diferentes leis a que fui sujeita. Quero os meus direitos, como todas as profissões.
Este é o meu 15º ano de trabalho. Sou de Quadro desde 2000. E continuo no 2º escalão. Sinto-me zangada e frustrada pois já tive aulas assistidas dois anos, para, como consequência, ver o vencimento cortado.
A sério, tenho vontade de recorrer aos tribunais. Só assim me sentiria justiçada!
Este modelo é mais do mesmo. Demonstra descaradamente que o ataque principal é feito aos que entraram na carreira entre 95 e 2000.
Ainda não percebi porquê nós!? Somos muitos!? Não têm dinheiro?
Seja qual fôr a razão, não há justiça. E os Srs. do PSD são todos pelo o que consideram justo e moral.
Pena é que isso não se traduza em leis.
Ricardo, dizias que não conseguiste descansar...
Eu, fiquei de férias, adoeci. Duas vezes de seguida. De Diferentes queixas. Só quase um mês depois, estou a conseguir relaxar e gozar as férias.Cada ano que passa é pior. Como se consegue aguentar isto??
Cumprimentos a todos!
Tás perdoado.
ResponderEliminarParabéns colega pelo seu comentário! Continue a lutar e nunca desista dos principios em que acredita.
ResponderEliminarEstamos a 16 de Agosto e eu ainda não consegui descansar e começar a delinear a minha intervenção educativa para o próximo anolectivo...como em anos anteriores fazia...porque tinha entusiasmo pedagógico e lutava por ideiais e pela qualidade da "Minha Escola". E digo lutava porque hoje a minha escola já não existe, apenas existe a escola onde eu trabalho...sinto-me triste,desiludida com o sistema.Fui às manifestações a Lisboa e ainda soa nos meus ouvidos o slogan "Avaliação sim este modelo não!" E agora o que aconteceu:temos uma ADD nova? Por favor tirem-me sdeste filme...É mais do mesmo com terminologias diferentes. São muitos os comentários mas esquecem o essencial-avaliação interpares sem formação ou com formação ao nivel dos avaliados não concordo. Quero avaliação? Sim quero. Uma avaliação justa, credivel com uma forte componente formativa. Por quem? Por elementos da IGE...Porque não? Mas isto já sei vão dizer que é utopia, estamos em crise e não há dinheiro para pagar aos avaliadores. Ou então outra sugestão- avaliação feita interpares do mesmo grupo de recrutamento mas com formação especializada (SUPERVISÃO PEDAGÓGICA E/OU AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO DE DOCENTES). Será pedir demais? Talvez..estamos em crise. Então por favor peço ao Sr. Ministro Nuno Crato (e porque ainda tenho alguma esperança...) pare com esta "avaliação faz de conta". A nossa dignidade e as nossas crianças merecem mais. E poderia continuar...mas fico por aqui. Obrigada pela atenção.
Ps. Obrigada Ricardo pela sua total entrega e por ser fiel aos seus principios. Nunca desista, continue a lutar por uma Educação de mais qualidade.
Para a Nazaré: o verbo haver no sentido de "existir" não tem plural pois é impessoal , mas se for no sentido de "ter", "conseguir" tem plural com a preposição de à frente: " havemos de chegar lá", "havemos de ter..."
ResponderEliminarOlhem lá!...
ResponderEliminarSou professor desde 1993 e estou no 2º escalão. Com 18 anos de serviço não sei se sou "velho" ou "novo"...
Pela minha idade real ainda tenho a trabalhar 30 anos antes do topo...
Sinceramente não chegarei ao 8º escalão sequer, com tanta congelação e avaliação.
Sou professor de uma disciplina bastante exigente: Matemática ( a área do ministro como é sabido). Nesta área há mais trabalho e horários mas o desgaste também é muito maior! Perdoem-me mas na realidade é muito diferente ser professor de ed. musical por exemplo.
Tenho visto muitos colegas corar, chorar, bater o pé e o dente, afiar garras e atacar outros colegas.
Para quê? Porquê?
Mais uns 2 valores e ultrapassar muita gente!
É egoísmo a mais.
É o desnorte e a desumanização nesta profissão.
"et pluribus unum"
E está tudo dito!
João G.
eu acho (e a minha opinião vale o que vale) que os professores dos escalões superiores (em particular do 9º e 10º) estão isentos para poupar mais uns trocos... assim sempre se pode poupar nos avaliadores... além disso, já estão no topo , não sobem mais... Fala-se muito no aspecto formativo da avaliação mas todos nós queremos é poder progredir ou não?! Parece-me que a progressão acaba por ser o "prémio" da avaliação.
ResponderEliminarPara o 8º não percebo o porquê da isenção mas tem que existir um motivo, não acredito em "acasos"...
E já agora quem é que vai avaliar? Serão os "velhos", os "novos" ou os "assim-assim"? Serão nomeados ou haverá candidatos?
Adriana
Colega João G.:
ResponderEliminarSou professora de Educação Musical. Compreendo que o colega ache que é uma disciplina com menor desgaste, mas digo-lhe que está enganado. TODAS as disciplinas são desgastantes se forem dadas a sério e a Educação Musical não é nenhum mar de rosas.
Eu tenho de ensinar os meus alunos a ler música, a compreendê-la em diferentes contextos, a saber escutar, compor e tocar vários instrumentos musicais. Mudo de turma a cada 90 minutos durante toda a semana. O colega terá 4 turmas, eu tenho 10 ou 11. Com intercalares, CTs de avaliação, CTs disciplinares e por aí fora, multiplique e faça as contas...
Imagine o que é ensinar 24 alunos a tocar... imagine-se numa sala de aula com o som, a desafinação e o ruído que daí advém... Imagine que eles não estão sempre sentados no mesmo sítio. É preciso ir buscar os xilofones, as guitarras... Decerto que não tem nada disto na sua aula de Matemática, pois não?
Imagine-se a fazer-se ouvir sobre esse volume sonoro para corrigir ou dar indicações e imagine o cansaço que daí advém... Chego a pedir aos meus filhos que parem de ver desenhos animados, pois chego a casa e preciso de silêncio.
Imagine-se também a mudar de turma a cada 90 minutos e a só voltar a ver esses alunos na semana seguinte. Parece-lhe pouco desgastante?
Também lhe posso dizer que os EE dificilmente dirão aos filhos que não estudem Matemática, mas facilmente lhes dizem "sai daqui em essa flauta que me estás a importunar"...
Também é sabido que é para a Matemática e outras disciplinas que vão os blocos em que os alunos estão mais frescos, ficando para a minha disciplina, sempre que possível, "as pontas". O limão, depois de espremido dá pouco sumo, como sabe.
E não me vou alongar mais. Se o colega luta e dá o litro para pôr os seus alunos a raciocinar, eu também dou o litro para pôr os meus alunos a tocar e a compreender como funciona uma linguagem que eles estão habituados a associar ao prazer mas não ao trabalho.
Não caia no mesmo erro dos alunos, colega. A Música não está no currículo para entreter os meninos. É um assunto muito sério.
Colega Clave de Sol:
ResponderEliminarNão era minha pretensão ofender quem dá de si, nesta mesma profissão, independentemente da disciplina. O problema da Educação é muito mais geral e abrange todas as áreas. O mote do post é "desabafo"... O comentário feito é concluído com a expressão de "unidos seremos mais ... e melhores". Sugiro que reveja o post e o referido comentário.
Não é de todo um comentário separatista ou ofensivo, mas se o considera como tal: lamento!
É claro que tem toda a razão quando fala no desgaste e no trabalho!
Inclusivamente é forte a ligação entre as áreas da matemática e a música.
Acrescento ainda que "ed. musical" foi um exemplo apresentado, não escrevi Música. Se fosse outra disciplina apresentada seria melhor para os colegas de Musical, e depois nada mais.
Em todo os anos que lecciono ainda não ouvi nenhum colega de ed. Musical dizer ter alunos com dificuldades na sua área ( as classificações só são abaixo de 3 quando o aluno falta ou não comparece aos ensaios para a festa do Natal, não por ter turmas com mais de metade de negativas, ...).
Muitas vezes porque a ed Musical é semestral, a colega tem mais turmas, todas divididas a metade, em cada semestre, e ultimamente até tem surgido bastante o ensino articulado (onde os alunos vão frequentar disciplinas de música masi especificas) e por vezes até a ed Musical é opcional!
Colega, nem sequer é o mais preocupante!
Note que o facto de colegas da sua área, nomeadamente, e doutras também proferirem em reuniões de CT que os meninos ou meninas não passam de ano por culpa da negativa de Matemática ("leia-se professora de Matemática") não vem contribuir em nada para uma efectiva união dos docentes.
Sei colocar-me no lugar do outro e tenho imaginação, apesar de ser das matemáticas e ciências!
Perdoe o meu desabafo, a vida é curta demais para andar em disputas e discussões sobre "preto/ branco" ou "novo/ velho" ou "matemática/ musical" ou "norte/sul".
Não posso aceitar, tenho tido sempre Bom na avaliação já lá vão 10 anos e não fico livre da Avaliação todos os anos, porquê?
ResponderEliminarSó porque sou contratada,mas que culpa tenho eu?
BASTA!
Bom dia, colega João Guimarães,
ResponderEliminarEu não considerei o seu comentário separatista, apenas me senti visada devido ao facto de a comparação ter sido feita com a Educação Musical. Gostei imenso de lê-lo e passo a responder-lhe. Em relação à avaliação na minha disciplina, reconheço que tem toda a razão. Confirmo que, no mínimo, um terço das positivas atribuídas são falsas positivas. A complexidade do programa, sobretudo no 6.º Ano, faz com que os alunos não sejam capazes de chegar lá. Sendo a semínima a unidade de tempo, e sendo que a colcheia vale 0,5 e a semicolcheia vale 0,25, quantos tipos de combinações rítmicas de colcheias e semicolcheias podemos ter, num tempo? Se houver 2 ou 3 alunos a conseguirem responder, numa turma, já não é mau.
O que acontece, na maioria das escolas, é que existe uma pressão muito grande para os alunos não terem insucesso nalgumas disciplinas, onde se encontra a minha. Se é verdade que há professores de Ed. Musical como o colega menciona, também é verdade que há CTs inteiros que nos pressionam e que chegam inclusivamente a votar a nossa nota para que o aluno transite. A realização de exames a todas as disciplinas poria a nu este mito de que a EM é fácil e de que só temos sucesso. Além disso, acabaria com aquilo que considero uma injustiça: umas disciplinas são escrutinadas e outras não. O currículo é generalista. Logo, todas as disciplinas deveriam ser tidas em consideração e o trabalho realizado em cada uma, alvo de supervisão e de avaliação final. A EM é uma disciplina secundarizada em muitos aspectos. O Programa está obsoleto, está concebido para 90+45’ quando só temos 90’, não é possível adotar novos manuais, e não são os Coordenadores de Departamento, frequentemente de outro grupo disciplinar, que se vão dar ao trabalho de fazer a necessária supervisão. Para uns, esta posição é cómoda. Para outros, como eu, é desanimadora.
Um abraço,