Não resisto a colocar aqui a versão integral de um artigo de opinião de Manuel António Pina, relativo à "exigência" do Teste Intermédio de Ciências Físico-Químicas - 9.º ano. Leiam e depois, se quiserem, vejam com os vossos olhos o grau de "exigência"(aqui e ali).
Nota: Os negritos são de minha autoria.
Nota: Os negritos são de minha autoria.
"Tantas vezes injustamente acusado de promover o facilitismo, o GAVE parece ter levado a coisa a mal e, nos testes intermédios deste ano, desatou a exigir, não diria o impossível, mas o improvável: que os alunos saibam alguma coisa.
Mas no teste de Ciências Físico-Químicas do 9º ano terá ido longe de mais, exigindo a jovens de 15 anos que, entre outras coisas, saibam contar até 8. É certo que a prova permitia o uso de calculadora mas afigura-se um exagero supor que, ao final de 9 anos de escolaridade, os alunos já tenham aprendido a carregar 8 vezes na tecla 1 e, depois, na tecla "Total".
Se não, veja-se a pergunta de abertura do Caderno 2: "O sistema solar é constituído pelo Sol e pelos corpos celestes que orbitam à sua volta. Actualmente, considera-se que os planetas que fazem parte do sistema solar são Mercúrio, Vénus, Terra, Marte, Júpiter, Saturno, Urano e Neptuno. Em 2006, Plutão deixou de ser classificado como um planeta, embora continue a fazer parte do sistema solar. [Pergunta:] Actualmente, considera-se que o sistema solar é constituído por quantos planetas?".
Já no Caderno 1 se exigia também que os alunos soubessem que, a 100º centígrados, a água entra em ebulição em vez de solidificar.
Com testes destes, visando aferir o desempenho dos alunos "por referência a padrões de âmbito nacional" lá se vão o "direito ao sucesso" desses alunos e a sua rápida entrada no mercado do desemprego."
O Manuel Pina certamente que não iria obter boa nota pois a unidade é Celsius e não centígrados. Considero que o teste era bastante fácil mas não tenho de admitir comentários de analfabetos em relação à matéria.
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