quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Mais um pedido de substituição.

No Público a 10/11/2010: "A Federação Nacional dos Professores (Fenprof) defendeu hoje a substituição imediata do modelo de avaliação de desempenho docente, alegando que a sua inadequação e complexidade vão criar graves dificuldades de funcionamento às escolas.

"A Fenprof entende que este modelo de avaliação deverá ser imediatamente substituído, sob pena de não só não cumprir os objectivos a que se propõe, como de constituir uma nova e grave dificuldade que se coloca às escolas e ao seu normal funcionamento", afirma a federação, em comunicado.

No mesmo documento, a Fenprof sublinha que a implementação do modelo "está a gerar grandes confusões nas escolas", tendo em conta a sua "inadequação e complexidade" e a falta de "orientações claras" por parte do Ministério da Educação relativamente aos procedimentos a adoptar.

Em Janeiro, o Governo e os principais sindicatos de professores assinaram um acordo relativamente à carreira docente - estrutura, progressões e reposicionamentos - e ao modelo de avaliação de desempenho.

No entanto, os sindicatos deixaram claro que a avaliação de desempenho era o aspecto mais negativo do entendimento, com o qual não concordavam, e sublinham agora que tendo em conta que o modelo não tem carácter formativo deixa de ter sentido a sua implementação, já que as progressões e reposicionamentos estão congelados.

No comunicado, a federação indica que o Ministério da Educação comprometeu-se, por exemplo, a publicar legislação para resolver algumas questões, como o facto de os professores avaliadores estarem sujeitos às mesmas quotas que os avaliados.

Outro problema levantado prende-se com o facto de os avaliadores deverem pertencer ao mesmo grupo de recrutamento que os avaliados, o que não é possível em todas as escolas.

"De acordo com informação interna enviada às escolas [...] deverão ser as escolas a propor como fazer! Ou seja, na impossibilidade de ser cumprida a lei, o Ministério da Educação remete para as escolas a decisão, o que muitas não estão a aceitar fazer e outras aproveitam para agir de forma absolutamente arbitrária", critica a federação liderada por Mário Nogueira. (...)"


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Comentário: Pedir não custa... O que custa é imaginar ou mesmo conceber que este modelo de avaliação do desempenho venha a ser suspenso ou substituído, mesmo com "congelamentos" de carreira. Podia neste exacto momento começar a "malhar" nos sindicatos, mas não o irei fazer. Já dei muito para esse peditório... Pelo menos por agora, vou tentar refrear-me nesse sentido. Considero, a esta altura, que poderei ser mais útil assim. Nada pode ser feito para reverter aquilo que foi concretizado em Janeiro deste ano (algo que muitos consideraram uma inevitabilidade... mesmo nos termos em que foi redigido), como tal, o melhor mesmo é avançar na estratégia. Todos os que aqui costumam vir sabem aquilo que eu penso do acordo... Para o bem e para o mal, os únicos com capacidade (minimamente eficaz) de promover iniciativas e negociar são os sindicatos. Quando conseguirmos uma alternativa viável (se a conseguirmos) aí já poderemos "conversar" de outro modo...

A FENPROF elaborou também uma lista de questões que gostaria de ver respondidas por parte do Ministério da Educação (ME). Todas as questão que constam dessa lista são importantes, no entanto, parece-me que a prioridade do ME não reside no esclarecimento mas sim na ausência dele (ou deficiência, em outros casos). Esta emaranhado legislativo repleto de "buracos" e injustiças interessa a quem nos governa... Não tenham dúvidas quanto a isso.
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4 comentários:

  1. Ainda ontem estavm de acordo!

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  2. Eu realmente tenho problemas em conseguir acreditar nestas coisas, embora perceba que é uma forma de potenciar insatisfação.

    Mas afinal quem validou esta ADD com a sua assinatura e disse que o "acordo" era o melhor possível?

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  3. Caros colegas!
    Este modelo de avaliação não foi acordado, as actas assim o demonstram.

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  4. A questão está mesmo na insatisfação... e a insatisfação pode potenciar ainda mais a desmobilização. Os culpados estão identificados. O que fazer então?

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