terça-feira, 31 de agosto de 2010

Dúbio...

Post alterado às 12h08m (31/08/2010)
Quase 40 mil professores ficaram sem um lugar numa escola.

30 mil professores não foram colocados.

Dezoito mil professores para cobrir as "necessidades transitórias" das escolas.

Sindicatos voltam a exigir entradas no quadro em 2011.

Comentário: São imensos os artigos relativos aos resultados destes concursos, todos mais ou menos similares ao que consta de um comunicado na página da FENPROF e que coloquei num post abaixo (aqui). Como devem compreender, apenas coloquei os links de alguns.

No primeiro artigo que coloquei acima, o final é enigmático: "A Federação Nacional dos Professores (Fenprof) estima que sejam "mais de 30 mil" os docentes não colocados, contudo, reconheceu que "apesar do esforço", o Ministério da Educação "não conseguiu baixar os níveis de colocação (de contratados) verificados desde há dois anos"."

Não sou adepto de perseguições sindicais ou pessoais... Não tenho "bigodes" de estimação nem faço parte de correntes de pensamento filiadas, no entanto, não posso deixar de fazer reparos. Este é um reparo. Ontem quando li a declaração no sítio da FENPROF, à excepção de alguma "falta de sal" no primeiro ponto, não senti grande incómodo com o que constava da mesma. Mas hoje, depois de ler duas vezes a mesma coisa ficaram-me duas dúvidas:

a) O "esforço" do ME, para diminuir os níveis de contratação no concurso anterior a este, é similar ao "esforço" de aumentar o número de entradas em quadros feito no concurso anterior. Em que moldes a FENPROF terá feito esta afirmação? Terá sido uma afirmação irónica? Humm... Bem... Pois... É o mais provável. Por mais que o ME não queira, continua a ser absolutamente claro que as escolas necessitam de mais professores, o que se constata pelos números de colegas contratados. Se não for irónica, a afirmação entra em contradição mais à frente na declaração da FENPROF.

b) Não seria nada positivo se este ano se tivessem reduzidos os níveis de contratação, pois como não foi possível ingresso em quadros, tal não seria possível. Melhor até que, este ano lectivo, esses níveis de contratação tivessem mesmo disparado e não reduzido. Dito de outra forma, e uma vez que muitos de nós estamos "fora" dos acontecimentos mais recentes, não seria melhor reformular o primeiro ponto do comunicado? É que escrito desta forma no sítio da FENPROF e transcrito para os meios de comunicação, até parece "outra coisa". "Outra coisa" para quem está "menos atento".

Todos nós erramos... Por vezes, quando vertemos para o "papel" aquilo que pensamos, parece que está tudo bem, mas depois lido e relido poderá levar a duplas (ou dúbias) interpretações. Sendo assim, não seria melhor que a FENPROF esclarecesse esse primeiro ponto. Não por mim, não por muitos, mas se calhar evitava uma boa dose de "trabalhos" e "confusões". Eu próprio, acabei por reformular este post, pois conforme estava poderia levar a outras interpretações. Errei, mas corrigi esse erro. Espero ter ido a tempo... Eh eh eh.

3 comentários:

  1. Efectivos são 108 mil professores, mais 19 mil a contrato, totalizam 127 mil, mais uns 8000 (previsão) das ofertas de escolas, no total são 135 mil professores.

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  2. Mas afinal estás a malhar em quem? No General ou no Bigodes? Não está nada claro. Decide-te.

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  3. A resposta à sua questão está no título do post. ;)

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