sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

"Vai ser discutida passagem de contratados ao quadro..."

No Diário de Notícias a 29/01/2010: "A Assembleia da República vai discutir em breve uma petição com mais de 4500 assinaturas, exigindo a incorporação nos quadros do Ministério da Educação de todos os professores contratados há mais de dez anos. O documento já foi analisado pela Comissão de Educação e Ciência, e aguarda agendamento pelo presidente da Assembleia, Jaime Gama.

Os peticionários - onde se incluem muitos docentes nesta situação - argumentam que o facto de haver professores com muitos anos a contrato prova que os cargos que estes desempenham correspondem a necessidades permanentes do sistema. E, por isso, defendem, é injustificada a "precariedade" com que se debatem.
(...)
Os autores queixam-se ainda de "ultrapassagens" por parte de professores que fizeram a profissionalização em serviço no ensino particular e de diferenças de tratamento face aos docentes de Técnicas Especiais, para os quais foi criado um quadro próprio.

À comissão, o ministério negou as alegadas ultrapassagens e defendeu que o grupo de professores de Técnicas Especiais obedece as regras próprias, já que estes não podem concorrer aos lugares tradicionais de quadro. Por outro lado, lembrou que a contratação a termo na função pública não implica "em caso algum" o direito à passagem automática aos quadros, defendendo por isso que "não deve ser atendido o pedido".
(...)
Se a Assembleia decidir dar sequência à petição, esta dará origem a projectos de resolução dos grupos parlamentares, que podem culminar numa recomendação ao Ministério da Educação."

Ver Artigo Completo (Diário de Notícias)

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Comentário: Por maior que seja o optimismo relativamente aos resultados desta petição, existe algo chamado realidade. E a realidade, mesmo não agradando, certamente irá ganhar. Nenhum Ministério da Educação ou Governo permitirá a "incorporação automática" (ou seja, na dependência de um número determinado de anos) de contratados nos quadros, não porque não necessite deles, mas sim porque se torna bem menos dispendioso persistir nesta tipologia contratual. Os colegas contratados têm razão em exigir que a sua situação seja reconhecida e corrigida, o problema está mesmo do lado do "patrão". Necessidades permanentes de professores? Ui... Existem imensas necessidades permanentes, mas o "patrão" apenas reconhece uma pequena parte. Mesmo assim, será interessante ver qual o desfecho (em termos de reacções partidárias) desta petição na Assembleia da República.
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60 comentários:

  1. Qual será a reacção dos partidos?
    Essa é difícil! Mas vou tentar. Uma repetição do se passou com as cotas!

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  2. O CÚMULO DA ESTUPIDEZ!!! Estes contratados devem fumar demasiada ganza. Onde é que já se viu??? Dez anos e tal e entrada em quadros obrigatória. Deixem-me rir. Mas quem é que assina uma petição destas?

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  3. Para Anónimo (ou literalmente, o sem nome, não consigo perceber o gozo de alguém se confundir com ninguém)...
    Não percebo onde vê estupidez (ou não é professor ou não foi durante muito tempo necessidade permanente contratada; caso contrário perceberia a exigência). Lembro que um outro governo socialista com maioria relativa (o segundo governo de A. Guterres, onde o actual primeiro minstro era secretário de Estado) estava disposto a uma vinculação em massa para todos os contratados com menos de metade dos anos que aparecem agora nesta proposta. Essa medida apenas não foi concretizada na altura porque A. Guterres se demitiu antes de "despachá-la". Porém, o Ricardo tem razão, a realidade será, com um forte grau de probabilidade, dura e muito distinta das legítimas aspirações dos professores contratados que assinam a petição e já agora também das dos enfermeiros.

    Para terminar, nunca ninguém lhe disse que é feio apontar alguém de cara tapada, Anónimo?!

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  4. Só uma nota de solidariedade para com os enfermeiros e, especialmente, para com os enfermeiros contratados. Os enfermeiros que estão hoje a lutar por direitos que nós professores damos por adquiridos desde o ECD de 1989 e posteriormente consolidados com as correcções introduzidas no ECD de 1997.

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  5. Penso que não se vai conseguir nada com essa petição, no entanto, é numa forma de chamar a atenção dos portugueses para um problema que se arrasta há anos. Além disso, os futuros concursos se forem como o anterior, os contratados jamais integrarão os quadros do ME.

    Não devia ser permitido ser-se contratado para além de um determinado nº de anos. Isso é que deveria ser discutido. Quantos anos de serviço permanente são necessários para que o contratado (por concurso)tenha direito à vaga que ocupa?

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  6. Colegas, eu sou contratada há 15 anos, tenho tido a sorte de ficar sempre colocada e perto de casa, mas, sinceramente estou saturada desta situação, nem integro a carreira nem sou aumentada,até quando esta situação?

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  7. O ridículo é a situação estar neste estado, se existem pessoas contratadas há mais de dez anos,ou seis , ou três provavelmente é porque são necessidades permanentes. Claro que o são, mas como podem ficar por mão de obra mais barata. Daqui se entende com mais clareza a frase que a Boa educação fica cara, o pior é que a má educação ainda ficará muito mais cara...Isto para economista é difícil de entender não tem números...
    A Finlândia é um bom exemplo, educar é um processo moroso, e quando temos pessoas no poder que ainda não foram educadas...

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  8. Não sei se é do cansaço, ou do chegar de “dar” aulas, finalizadas à meia-noite, mas isto parece-me um perfeito disparate! Seria cometer uma grande injustiça para remediar outra! Isto seria subverter os próprios requisitos do concurso. Então agora o tempo de serviço só por si é argumento? Então o tempo antes e depois da profissionalização agora ia, ao contrário dos concursos, valer o mesmo? A classificação académica, agora, vai para o lixo? Seria justo um colega, só que fosse, com dez anos de serviço sem profissionalização, passar à frente de outro profissionalizado com nove anos de serviço (só porque no ano da diferença esteve a fazer a profissionalização)? Seria justo um colega com dez valores de classificação académica e dez anos se serviço entrar no quadro e outro com catorze valores e nove anos de serviço ficar fora? Mas onde está esse sentido de justiça? Sinceramente! Faz-me lembrar aqueles conselhos de turma em que um aluno só por ter várias retenções/reprovações, só por isso, transite ou seja aprovado! Belo argumento!
    Eu sei que o governo é minoritário e que os professores e seus representantes ganharam mais consistência nas suas reivindicações, mas por favor, não nos atropelemos! Já viemos quase todos para a rua e não me constou que ninguém fosse atropelado, não queiram agora atropelar ninguém, porque até nem seria um atropelamento seria um choque frontal entre iguais! Bom senso! Um abraço.

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  9. FD
    1. A realidade sobrepor-se-á a qualquer petição semelhante a esta por mais justa que ela pudesse ser.
    2. Acredito que é possível compatibilizar esta proposta com pelo menos alguns dos problemas que colocas.
    3. Em qualquer medida/regra há atropelos que, dependendo da perspectiva, serão mais ou menos justos. No final dos anos 90 foi aberto um número excepcional de vagas para a generalidade dos grupos. Acontece que só puderam concorrer a essas vagas (era a regra na altura relativamente aos quadros de zona) contratados com 4ou mais anos de serviço. Eu tinha 3 e portanto fiquei de fora. Fui ultrapassada por todos os que tendo menos graduação, tinham mais tempo de serviço, incluindo não profissionalizados (o tombo na lista na altura rondou a centena e determinou toda a minha carreira, incluindo os anos incompletos que se seguiram). O último concurso está cheio de atropelos, alguns dos quais infeliz e incontornavelmente justos (por exemplo, o facto de os QZPs nas RAs, em virtude da falta de vagas no concurso nacional e de logicamente não poderem concorrer a DACL, acabarem por na prática, ser ultrapassados por contratados). É possível construir sistemas e regras aproximadamente justas, mas não o sistema perfeito, até porque há muitos interesses em confronto. Há quem defenda que foi justo os titulares não poderem concorrer ao último concurso, uma vez que tinham tido antes um concurso só para titulares, do mesmo modo que há quem tenha argumentos racionais e legítimos para defender que as prioridades no destacamento do último concurso.
    4. Mais do que medidas extraordinárias em relação aos contratados, como a que se propõe na petição, parece-me importante reflectir e exigir algo na linha do que a cilinha refere, nem que para isso fosse necessário criar um novo tipo de quadro.

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  10. FD
    O concurso a que me refiro aconteceu não no final dos anos 90, mas no início da década de 2000. Peço desculpa pela incorrecção. Na altura a imposição dos 4 anos para poder concorrer a QZP era só mais uma regra do concurso que todos conheciam; hoje seria encarada como uma profunda injustiça. Muitos dos actuais contratados continuam a sê-lo porque foram ultrapassados na altura por causa dessa regra. O livro negro das injustiças do concurso de professores já não cabe num único volume.

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  11. Muitos destes contratados já podiam estar no quadro se fizessem o sacrifício de efectivar fora da sua zona residencial como muitos QZP o fizeram. Mas não, deixaram-se estar perto de casa e agora exigem ser integrados. Só faltava agora ficarem efectivos à frente de quem fez sacrifícios.

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  12. Se TODOS fizessem como esses contratados que andam nisto há mais de 10 anos, ficar perto de casa, haveriam alunos que nunca iriam ter professores. Para isso foi criado o QZP para suprir essas necessidades. Regalias desses QZP: 1º ficar longe de casa e da familia 2º Ordenados a triplicar 3º Mercedes e BMW à escolha 4º Casa com piscina e corte de ténis 5º jacto particular se houver aeoroprto perto senão heli + jacto ... . Falando agora a sério, é graças ao sacrifício de muitos professores que efectivam longe, sem ajudas de custo que muitos alunos têm aulas. Reconhecimento? Zero (Também não estava à espera). Cada um faz as suas opções e tem de arcar com as suas consequências. Deixem-se de lamurias. Lema: #Sou contratado, se não estou bem, há muita terra para cavar#.

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  13. Amigo anónimo, subescrevo as suas palavras.

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  14. Amigo anónimo, subescrevo as suas palavras.

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  15. Anónimo 12:42
    Há vários casos que serão como diz; mas não tantos como pensa, provavelmente; conhece a realidade de grupos como o 400 e o 410? Aconselho-o a fazer um estudo de caso para não cometer o pecadilho da generalização precipitadíssima.

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  16. Anónimo das 12:58
    Não conhece a realidade e por isso deveria informar-se primeiro. Se conhecesse saberia que há pessoas no grupo de Filosofia e de História, para não falar no de Português, que desde há mais de uma década concorrem a nível nacional e ainda assim continuam a ser contratados. Tanto fel contra os pares dá que pensar...

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  17. Uma perguntinha "Onde estão a pensar efectivar esses professores?". E que tal numa escola perto da sua área de residência (se não for possível manda-se um professor do quadro dali para fora) com uma limusine à porta. Isto é para não dizerem que sou contra os contratados com mais de 10 anos de serviço.

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  18. Anónimo
    Ninguém (a não ser ao abrigo do 29/2001 ou nas RA), no grupo de filosofia, por exemplo, com graduações iguais ou inferiores a 25.100 em 2009, teve qualquer hipótese na década que anteceu este concurso de vincular, onde quer que seja, mesmo concorrendo a nível nacional. Estes mesmos contratados entram todos os anos em Setembro porque há pelo menos 200 professores contratados de filosofia que são necessidades permanentes. Percebeu ou o fel não o deixa ver além das suas mágoas e rancores?

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  19. Para o Sr. ou Sra. anónimo(a) das 13:47:
    Em primeiro lugar “atirar a pedra e esconder a mão”, não é prática que me ensinaram!
    Em segundo lugar, ensinaram-me que a diferença entre o Homem e a canalha é que o Homem assume quer a sua opinião, quer os sues erros, mas a canalha não. (Não quero de modo nenhum ofender, só estou a partilhar aquilo em que me educaram).
    Em terceiro lugar, perante o conteúdo do que escreve, pareceu-me estar com receio da entrada de mais professores no quadro. Será que o vão incomodar assim tanto? Talvez a classe docente se torne mais interessante se alguns deixarem de olhar tanto para o umbigo! Um abraço.

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  20. Eu sabia que no nosso país há muitas "Marias", muitos "Josés", muitos "Antónios", mas que havia tantos Anónimos, isso já não sabia. Mas já agora, e já que há assim tantos, podiam fazer o favor de escrever também o apelido! Assim, fica mais fácil para identificar! Um Abraço.

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  21. Para FD, com esse nick toda a gente sabe perfeitamente quem você é. Já agora não ofendi nínguém e neste país a verdade muitas vezes é um incómodo para aqueles que querem subverter o sistema. Anónimo das 13:47.

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  22. Cada caso é um caso, não se pode generalizar; conheço muitos contratados que o são porque não se quiseram afastar da zona de residência. Eu entrei em QZP há 7 anos, mas concorri a todos QZPs!! Colegas com uma graduação superior à minha não quiseram arriscar e agora são eternos contratados. E agora vão entrar nos quadros onde? Á porta de casa?

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  23. Concordo com a Eumesma. Anónimo das 13:47

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  24. No dia em que entramos para o quadro e perdemos, como alguns por aqui, a capacidade de considerar os contratados como pares, independentemente das suas opções e dos seus percursos livres, como professores de facto e de direito que são, então alguma coisa de muito errado está a acontecer-nos como pessoas.Eu entrei para o quadro em 2006 porque fiz uma opção, porque a quis e pude fazer, que foi candidatar-me à RAM, caso contrário continuaria a ser contratada desde 1997... Felizmente o facto de ter entrado para o quadro não me turva o olhar em relação ao Outro. os colegas contratados não são uma espécie alguns degraus abaixo na evolução, são professores de facto e de direito. Continuo a considerar que a proposta da cilinha faz todo o sentido, fazia-o antes de entrar para o quadro, quando percorri o continente de norte a sul, continua fazê-lo agora. A questão de que quadro falamos quando colocamos esta hipótese e de que exigências fazer a quem integrar esses quadros é uma outra questão. acho que por hoje me vou limitar-me ao trabalho que tenho para fazer sem vir aqui vir aqui espreitar a espaços. aquilo que por aqui se houve hoje não é a Verdade como anuncia o Messias das 13:47, mas um lado muito triste, podre e pobre da classe a que pertenço.

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  25. Para Anónimo das 13:47: Não sou nem pretendo ser figura pública ou publicada, daí é natural que não saiba quem sou! Mas, mais uma vez, peca, também, pela generalização! Lá por não saber quem sou, não lhe dá graça em ironizar que: "com esse nick toda a gente sabe perfeitamente quem você é". Quem eu entendi que devia saber, sabe! Por exemplo o autor deste Blog. Por isso meu caro, faça o mesmo, assuma-se! Um abraço.

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  26. Anónimo das 13:47, eu não estou contra os professores contratados efectivarem. Só não percebo o porquê de o tentarem fazer como se costuma dizer pela porta do cavalo. Há uma lista de graduação, peçam ao ME para abrir mais vagas para que deste modo possam efectivar professores contratados incluindo aqueles que têm menos de 10 anos de serviço.

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  27. Eu não estou contra os professores contratados efectivarem. Só não percebo o porquê de o tentarem fazer como se costuma dizer pela porta do cavalo. Há uma lista de graduação, peçam ao ME para abrir mais vagas para que deste modo possam efectivar professores contratados incluindo aqueles que têm menos de 10 anos de serviço. Anónimo das 13:47.

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  28. Para: Nome: Anónimo, Apelido: 13:47. Fez-se luz! Finalmente uma espécie de argumento e com a qual até concordo. Agora já só falta tirar a máscara! Um abraço.

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  29. Só para exemplo:
    Sou de Matemática, dou aulas desde 2000. Concorri SEMPRE para efectivar em todo o país e nunca fiquei. Nos últimos 4 anos fiquei a 50 Km de casa com horário completo. Só mais informação: este ano em Agosto, houve mais de mil, leram bem, mais de mil horários completos para o ano todo para contratados de Matemática.
    Chamar isto de necessidade residual, peço desculpa!! Abram lugares para efectivar e eu efectivarei sim senhor.
    Mais uma vez evitem as generalizações, por favor.

    Cumprimentos
    Ana Gonçalves

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  30. o ministério deve abrir vagas e ,nessa altura,concorrem os contratados ,que assim decidam...a vida não é igual para todos,como sabe..e todos têm o direito de escolher, o que mais lhe interessa.
    Há muitos contratados,que acumularam tempo no privado(...) e agora,querem público...há outros,que andam há 12 anos no público com horários incompletos...e têm 5anos de serviço.
    injustiças e sorte, sempre existiu...invejosos cada vez mais...

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  31. paguem, mas é aos contratados ordenados justos;
    os contratados devem ser reposicionados e pagos como os do quadro com igual tempo de serviço...os do quadro beneficiam da estabilidade,continuidade e de futuro com objectivos.

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  32. Sou Profissionalizado pela Universidade de Coimbra, com Mestrado, desde 1998, continuo contratado e ao contrário do que o Anónimo Marmelo diz tenho andado a dar aulas pelo país que vai do Mondego ao Minho ao longo de 12 anos por isso esse indivíduo que se informe antes de dizer baboseiras.

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  33. Também afirmo que sou contratado e pobre, mas mantenho a minha liberdade e a minha lucidez de espírito ao contrário desses Anónimos QZPfrénicos que por estarem desterrados estão abalados no íntimo do seu ser e esses sim «deveriam ir cavar terra», pois não mantêm a serenidade e a sanidade de espírito necessárias ao bom professor.

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  34. Sou professor contratado desde 1998, trabalhei em 12 escolas, mas por onde passei deixei marcas ao contrário de quem ganha o triplo de mim e faz a terça parte do serviço.
    Resumindo: 12 anos, 12 escolas, 8 anos de serviço, 800 euros por mês (em média) a calcorrear o Norte e Centro do País e vêm umas Abitéculas invejosas dizer asneiradas...

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  35. em nenhum serviço público,isto acontece.
    são estagiários,fazem concurso e entram ou não;
    no ensino,mantêm-nos anos a fio ,porque precisam...e continua a exploração...

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  36. Sinceramente acho que isto não vai dar em nada, porque os contatados são mão de obra barata e o ME quer poupar. Mas porquê efectivar só os contratados com dez anos de serviço? E os outros? Não concordo com esta incorporação automática.

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  37. A proposta que vejo como razoável seria qualquer coisa deste género. Ao fim de x anos (a discutir) de ser colocado em Setembro com horário completo um contratado deveria ter direito à entrada num quadro transitório (e não propriamente a um quadro específico), que lhe daria acesso, antes de mais, à carreira. A partir daqui, para evitar atropelos e injustiças muitas coisas se podem discutir, nomeadamente as obrigações desse quadro transitório e as regras a observar em concurso para que esse quadro transitório (que teria de compreender uma dimensão semelhante a QZP e nunca a QE/ QA) se possa transformar em nomeação definitiva. O número de vagas declaradas para cada concurso deveria ser, pelo menos, igual ao número de quadros transitórios existentes. A partir daqui muito se pode ponderar a respeito. Este sistema que imagino ser possível concretizar é, de certa forma, incompatível com o fim dos QZPs e com declarações de vagas muito longe da realidade, como aconteceu no último concurso.

    Mantenho que é possível compatibilizar um sistema em que as pessoas não possam ser necessidades permanentes contratadas por mais de um tempo razoável (a discutir) e ao mesmo tempo evitar-se atropelos injustos na graduação.

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  38. Concordo inteiramente com O Pires. A solução dos Qzp transitórios, seria perfeitamente plausível e evitaria a ultrapassem aos colegas mais graduados.
    Haja vontade e sentido de justiça!

    Será o mínimo que se poderá fazer para reparar as injustiças de colegas com longos anos a contrato.

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  39. deve ser como nas empresas 3 anos.
    quem entrou 3anos seguidos em setembro...já pertence, certamente ,aos bem explorados.

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  40. Ao ler o muito que se escreve sobre este assunto, fico com a ideia que estamos perante um problema simples e que pode ser resolvido com soluções simples.
    Só que este não é um problema simples! Como não é um problema simples soluções simples só iriam provocar grandes problemas.

    A minha solução "simples" são os concursos nacionais. Apura-se as reais necessidade, abrem-se as vagas correspondes e fica tudo quase resolvido.
    O que torna complicado esta solução é a parte do apuramento das reais necessidades. Algo que parece simples, mas que é muito complexo.
    Há muitos colegas que pensam que se há x contratados (com horário completo) numa escola, então deveriam abrir x vagas. A coisa não é assim tão simples.
    Para começar há muitos contratados que estão a ocupar a vaga de QE/QA que estão destacados, requisitados, etc.
    Depois é preciso saber bem o que são necessidades permanentes. Neste apuramento, devem entrar as horas de DT e das ACND? Estas horas são muito voláteis, a sua distribuição varia muito, sendo muitas vezes utilizadas para completar horários ou diminuir o nº de turmas atribuídas aos professores. O mesmo argumento aplica-se a muitas disciplinas dos CEF, CP, e CNO.

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  41. Exacto, Advogado... É um erro pensar que x anos de contrato correspondem a necessidades permanentes. E a realidade de cada grupo é diferente; por ex: no meu grupo (230), há uns anos era fácil de efectivar (não se pode comparar com o grupo de filosofia, por ex). Só não ficou nos quadros há uns anos, quem não quis! E verifica-se, pelos comentários aqui escritos, outro "fenómeno": agora que acabou a guerra profs/titulares inicia-se uma guerra contratados/efectivos. Escreveram-se aqui grandes disparates...

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  42. O problema, Advogado, é que o número de vagas é sempre subestimado ou, pelo menos, tem-no sido nos últimos anos. Por outro lado, se é verdade que uma parte dos horários disponíveis não correspondem a vagas, também é verdade que uma boa parte são-no de facto, embora, frequentemente, não na escola em que se encontra o contratado (resultado do efeito dominó da mobilidade). A solução que apresentas é de facto a mais simples e óbvia, mas creio ser importante criar um mecanismo que proteja os contratados quando não há vontade política de declarar vagas reais, como tem acontecido, e é desse mecanismo que falo: obrigar o Estado a integrar na carreira quem manifestamente já lá deveria estar.

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  43. Por outro lado, é falso que, como aqui se afirma, este problema seja exclusivo da Educação. Para não sair do âmbito do que está sob a alçada do Estado, lembro que os hospitais e centros de saúde portugueses estão cheios de médicos e de enfermeiros contratados, alguns com muitos,muitos anos de serviço, e a exercer, contrato após contrato, exactamente o mesmo trabalho no mesmo local.

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  44. Advogado a solução é mesmo simples ( por incrível que pareça) a volatilidade de ALGUNS horários resolve-se com a flexibilidade dos QZP.

    Infelizmente é mesmo simples, o que faz o pessoal pensar que se trata de simplesmente (má)economia, a curto prazo

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  45. O que tem que acabar é este ciclo de pensar do ME, ou seja:
    1º Identificam/criam um problema;
    2º Meia dúzia pensa numa solução para resolver o problema, sem pensar nos problemas que essa “solução” pode trazer;
    3º O "cabecilha" assina a "solução";
    4º Na operacionalidade da “solução” são identificados novos problemas;
    5º Eu não disse que isto era um ciclo! Então? Volta ao ponto primeiro! Enfim!
    Na questão que estamos a abordar e de um modo muito redutor podemos enunciar, respectivamente, os seguintes pontos:
    1º Ter a mesma "mão-de-obra" mas mais barata! (Ai se eles pudessem mandar os alunos para a China!);
    2º Muito fácil! Congelamentos, alterações na carreira e a "cereja no cima do bolo", a modalidade de contratados para toda a vida;
    3º Sendo este o ponto que deveria ser o mais difícil, porque deveria ter na supervisão sábia do responsável da pasta o dever de olhar para a educação como um todo e não só uma parte que requisita verbas ao ministério das finanças, tornam-no o ponto mais fácil, “assinar de cruz”!
    4º Porque estamos na Educação, e quando não há educação no saber "legislar" (por exemplo nos estatutos) tudo que está para baixo vai forçosamente desmoronar, os alunos, os professores e a mãe de todo este resultado – a sociedade;
    5º Volta ao início com este ou com outros problemas!
    Um abraço.

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  46. Para Eumesma, não acho que existe guerra contratados/efectivos. Existem sim profissionais a defenderem os seus pontos de vista, de modo que não se cometam mais injustiças e atropelos nos concursos de professores.

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  47. Para o anónimo das 4:17
    É impressão minha ou acabou de enfiar uma carapuça? É pena é que ainda não tenha perdido esse vício de ser um "no name boy".

    Pode sempre responder se alguém lhe perguntar, "Romeiro, quem és tu?", "Ninguém!"

    Achoq ue vou adoptar a estratégia do autor deste blog em relação aos anónimos...

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  48. anónimo das 4:17

    ainda uma nota: pela forma como se refere aos seus pares contratados só pode ter sido um deles por muito pouco tempo.

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  49. Para C. Pires não percebi o teor dos seus comentários. Falei de alhos respondeu-me bogalhos. Queria reforçar que quando digo profissionais me refiro a professores contratados e efectivos (mas nem era preciso explicar isto.

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  50. Anónimo
    Já reparou quantas vezes o Anónimo comenta este post? Já reparou no teor de muitos dos comentários do Anónimo em relação aos seus pares? Não foi o Anónimo quem antes respondeu, identificando-se como Anónimo? pois, lamento, mas é difícil perceber o que distingue o Anónimo de outros Ánónimo e mais difícil ainda é compreender as razões que levam as pessoas a não se identificarem, sendo assim legitimamente confundidos com ninguém e com toda a gente. Ficou confuso? pois olhe, mais ficamos nós quando levamos com as resmas de Anónimo (nem foneticamente é um nome que valha a pena, diga-se; assine Alcibíades, Eratóstenes, Fenereta, Aspásia, Xantipa, o que quiser, se não lhe faltar a imaginação, mas assine, se não quer ser confundido com todos os outros).

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  51. Interessante a conversa e algumas soluções.
    Mas a diferença nisto tudo estão nos euros que o governo vai poupando à custa da sua indesculpável incompetência.

    Ou por acaso ele não é capaz de saber quais as reais necessidades das escolas através do cruzamento de dados entre as mobilidades, os atestados e as licenças?

    Às vezes até penso que não quando pede às escolas os dados dos docentes aposentados desde 2005.

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  52. Arlindovsky

    O problema dos euros, do défice e do próximo OE deixa-me profundamente céptica em relação ao número de vagas a declarar para o próximo concurso (para não falar na hipótese de o Governo cair no próximo OE).

    O tempo é de vacas magras e o próximo ano vai ser bem complicado, quer o Governo caia, quer não caia. Por isso, temo que o próximo possa ser mais um logro, cheio de rasteiras para poupar e para aprimorar as habilidades do concurso anterior. Espero estar enganada.

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  53. para desgraça,chega o ordenado...
    por favor,deiam-nos paz.
    vivo em tempo de vacas magras há 14 anos...
    Esperança

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  54. Arlindovsky
    Por acaso a DGRHE não tem acesso a todos esses dados. Não é por acaso que pedem essa informação das reformas. Se reparar, no DR não aparece a informação do grupo a que pertencem os colegas que se reformam. Essa informação não é transmitida.

    Mas o apuramento de vagas não se limita a isso. A 1ª coisa a fazer é saber que horas devem ser atribuídas a cada grupo. Aqui começam logo os problemas, pois há muitas horas, que se traduzem em muitos horários, que podem ser atribuídas a vários grupos. As DT, as ACND, muitas disciplinas dos CEF, CP e NO.
    Só depois de fazer esse apuramento, é que se pode fazer contas com quem pertence aos quadros e saber quais são as reais necessidades.

    E no fim há sempre a questão financeira (não é por acaso que a dotação dos lugares dos quadros passaram a ser portaria conjunta do ME e das finanças e adminstração pública

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  55. E porquê 10 anos de serviço? Segundo o código de trabalho o máximo que se pode andar a contratos é 6 anos. Porque é que a lei não se aplica aos professores?
    Para o Ricardo: porque é que permite os comentários de "anónimos"? Isto só gera confusão. Não requer assim tanta imaginação inventar um nick...

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  56. Para António: Infelizmente o blogger não permite a opção de barrar os comentários aos "anónimos".

    Para impedir os comentários "anónimos" teria de obrigar todos a registarem-se no blogger ou então terem uma "Open ID" o que seria igualmente complicado.

    Parece-me que o bom senso não impera. Já pedi diversas vezes para que os colegas se identificassem com um nome ou nick. Parece-me que terei de enveredar por medidas mais radicais, ou seja, eventualmente a eliminação das mensagens anónimas para ver se as coisas começam a mudar.

    Começa a tornar-se asfixiante tantos comentários anónimos.

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  57. Com o blogger, inclui a possibilidade de comentar com um mail do gmail que quase já toda a gente tem.
    De qualquer maneira, apagando os anónimos também não seria má solução...

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  58. peçam uma apuramento real de vagas para quadro.Ha concursos para o ano começem ja a pensar nisso.com justiça e conforme a graduaçao profissional de cada um. ha pessoas contratadas porque nao foram de norte a sul do pais como eu. ainda nao estou onde quero e trabalho ha vinte anos.Apuramento real de vagas onde todos conforme a sua graduaçao possam concorrer.

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  59. se é prof há 20 anos e mantem a esperança de conseguir o local pretendido,é optimista...eu,sou reformada e posso dizer-lhe que nunca consegui.
    pode ser optimista,mas...,não.
    se viajou tanto,fique-se com as vistas...

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