Muito se tem escrito e falado do concurso nacional de professores previsto (e antecipado) para 2011. Quase todas as conversas andam à volta da reposição de injustiças, relativamente ao escasso número de novas vagas colocadas a concurso em 2009 (e o imenso número de colegas contratados que poderiam ter entrado em quadro), ultrapassagem em termos concursais dos colegas que concorreram através do Destacamento por Ausência de Componente Lectiva (DACL) e também a problemática em termos de vagas dos colegas titulares.
Até aqui parece existir algum consenso quanto à justiça deste novo concurso, no entanto, façamos um raciocínio um pouco mais elaborado relativamente a este tema. Assim:
1 - A manifestação de preferências feitas pelos colegas no concurso de 2009 partiu da certeza legislada de que a colocação seria por 4 anos;
2 - Feita a colocação, os colegas organizaram a sua vida (por exemplo, mobilizando parte da sua família ou adquirindo casa nova) para 4 anos.
Posto isto, e na eventualidade de o Ministério da Educação realmente antecipar o concurso nacional de docentes, vários colegas terão de reformular as suas vidas. E acho que é aqui que os problemas (legais, eventualmente) poderão surgir e com alguma força. Não nos esqueçamos que a legislação ainda em vigor estabelece 4 anos de colocação, sendo que a manutenção da mesma ao nível de escola/agrupamento seria uma certeza, para a larga maioria dos colegas.
Com a antecipação agora publicitada do concurso nacional, e se este for obrigatório para todos, existe a forte possibilidade de muitos colegas seguirem pela via legal para impedirem que tal ocorra. E por mais que me custe escrever isto: Estão no seu pleno direito!
Assim, e a acreditar na competência da DGRHE, parece-me que o próximo concurso nacional (de 2011) terá de ser opcional para alguns, nomeadamente para os colegas do Quadro de Escola não agrupada (QEna) / Quadro de Agrupamento (QA) que foram colocados logo no início do concurso 2009, para os colegas contratados que reúnam condições de renovação e para os colegas titulares.
Para os colegas colocados por DACL é que eu já não acredito que seja assim. Estou mesmo à espera que estes colegas (onde eu me insiro) sejam obrigados a concorrer. E é precisamente neste "grupo" que eu prevejo maiores problemas. É que ao contrário do que muitos sentem, estes colegas não tiveram qualquer culpa por terem ultrapassado outros em termos concursais, pois a legislação assim apontava e admitia. A esmagadora maioria dos colegas DACL ficaram colocados muito próximos de "casa" (e entendam "casa" como a escola/agrupamento mais próximo das suas primeiras opções), algo que dificilmente se repetirá durante vários anos.
Concluindo e resumindo, é extremamente relevante que o concurso que se aproxima, seja pensado na sua plenitude, uma vez que se corre o sério risco de transformar um "concurso de sonho" em algo similar a um filme de terror, pejado de providências cautelares.
Olá Ricardo!
ResponderEliminarPenso que terás razão no que diz respeito aos colegas do quadro. Esses tinham a "garantia" que iam ficar 4 anos. Contudo discordo no que diz respeito aos contratados. Os contratados poderiam ter a perspectiva de ficar 4 anos( se reunissem algumas condiçoes), mas o seu contrato é feito sempre de ano a ano. Legalmente estes nada podem fazer. É a minha opinião.
Cumprimentos
Ana Gonçalves
Caro Ricardo, Não me parece que os colegas contratados que reúnam condições de renovação optem por esta opção em detrimento de uma eventual hipótese de entrar na Carreira Docente. Nem tão pouco acho relevante o aspecto legal, que me parece que para os contratados não se coloca. Basta que o ME dê indicações às escolas para a não renovação dos contratos! Quanto aos restantes colegas, um só horário libertado, até por um contratado, poderá ser transformado numa vaga e assim ser transversal aos interesses de todos os colegas. Não querendo fazer "futurologia"
ResponderEliminarparece-me que a existir concurso será como sempre, concorre quem quer e quem possa ser voluntário por força da lei (QZP´s)! Quanto aos DACL, não estou a ver os colegas a não concorrer por comodidade dos restantes 2 anos e serem com essa decisão ultrapassados nas suas preferências, até mesmo por colegas contratados. Por fim, parece-me que a complexa orgânica do concurso, só por si, levará todos a concorrer, quer por opção quer por força da lei que chegue!
Sou contra o concurso antes da data prevista.
ResponderEliminarMuitos professores preferem continuar a contrato mas perto de casa do que passaram a efectivos longe.
Alexandre
Olha que agora fiquei baralhadito...
ResponderEliminarNão percebi o que querias dizer com "parece-me que o próximo concurso nacional (de 2011) terá de ser opcional para alguns, nomeadamente para os colegas do Quadro de Escola não agrupada (QEna) / Quadro de Agrupamento (QA) que foram colocados logo no início do concurso 2009"?!?!?!...
Teoricamente se são quadros, só vão a concurso se quiserem... Não percebi... :O
Quanto a DACL's e contratados, pois, pouco há a dizer. No fundo osupam "um lugar" que não é deles ou não é de ninguém... ;)
Quando puderes desenrola lá aquele 'cadito' que ficou estranho. ;)
Abraço
Sem Angústias
ResponderEliminarRicardo:
Tudo o que escreves é possível, ou não. Também me encontro em dacl, e o que mais me preocupa não é tanto alteração das prioridades, mas antes a alteração de outras regras, como a obrigatoriedade de se concorrer primeiro ao qzp de origem. Claro que tudo isto depende do grupo. Por exemplo, no 200 há poucos colegas que não conseguiram DAR nem DCE. A ver vamos
Pela primeira vez não concordo absolutamente nada com o discurso do Ricardo. Até achei estranho as suas palavras...Será que o Ricardo tem dormido bem?....De qualquer forma aproveito para dizer que o trabalho que tem feito neste blog é fabuloso e notável. Parabéns! Viva o concurso 2011: o problema é que devido ao governo PS e à situação económica de Portugal não vão ser apuradas as reais vagas. Isto é que é o grande problema, na minha singela perspectiva.
ResponderEliminarRicardo
ResponderEliminarO problema é que ninguém pode garantir que a sua colocação é por 4 anos. A legislação prevê várias situações para que isso não aconteça. A não existência de componente lectiva para os vários destacamentos, por exemplo. A renovação dos contratados é ainda mais fácil de evitar.
Os únicos que poderão ser obrigados a concorrer são os QZP (atenção que nem todos os DACL são QZP), caso se mantenha a ideia de acabar com os QZP.
Quanto á questão das reais necessidades, continuo a dizer que não é uma coisa assim tão fácil de determinar. Mais, a anunciada revisão curricular no 3º ciclo (seja ela qual for) vai provocar muitas alterações, e muita gente vai ficar muito surpreendida, pela negativa. Tenho quase a certeza que essas alterações vão provocar o desaparecimento de muitos horários, com essas horas a serem "diluídas" por vários grupos
Advogado do Diabo,
ResponderEliminarTu estás sempre em cima do acontecimento. Isso mesmo, eles vão reduzir horários das turma, consequentemente dos professores, e posteriormente irão desaparecer vagas.
Concordo com o Alexandre: muitos contratados preferem ficar perto de casa,do que efectivar longe. Parece-me que este concurso só irá prejudicar os QZP (é o meu caso), que vão ser obrigados a concorrer, e os QA em destacamento, que poderão ser obrigados a "largar" a vaga que agora ocupam. E os QZPs que este ano, entraram num QZP sem ser o de origem, provavelmente terão de regressar... Isto é bom para quem??? Talvez para os sindicalistas que assinaram o acordo...
ResponderEliminarMaisa
ResponderEliminarNão é preciso haver redução de horas. Alias, a informação avançada é que a carga horária dos alunos vai se manter. Basta distribuir horas que estão em 2 ou 3 disciplinas por 4 ou 5 disciplinas para que haja uma redução de horários. E se essas 2 ou 3 disciplinas forem as ACND alguns grupos vão ficar mais complicados do que já estão. Para ter uma ideia, quantos horários têm 2 ou 3 (ou mais) destas disciplinas?
Adv
ResponderEliminarO que queria dizer era mesmo no hórario dos professores. E quase todos têm, mas principalmente o pessoal das artes, é que acomula mais AP, EA, etc...
ops... acumula
ResponderEliminarA ideia de que se concorre no pressuposto de que o futuro será desta ou daquela forma já está posta em causa há vários anos, basta olhar para o que tem acontecido ao longo dos últimos governos à relação QE ou QA/QZP (analisem a evolução da legislação desde que foram criadas as duas dezenas de QZPs há uns anos e constatarão que aquilo que se pode esperar no concurso seguinte é sempre distinto - umas vezes para melhor outras para pior - do era possível esperar no concurso anterior). Por outro lado, concordo com o Advogado, a reforma curricular do básico irá baralhar o jogo novamente e muitos colegas ficarão sem o lugar que agora dão por adquirido e aí poderá estra em causa muito mais do que o plano de vida que elaboraram no último concurso. Acho que haverá muitas surpresas bem desagradáveis. Concordo também com o HzoLio, não vejo qualquer razão para um QA poder ser obrigado à partida a concorrer, a não ser nas situações específicas apontadas para o efeito. Quanto aos contratados, a renovação não é garantida à partida e os concursos de 4 em 4 anos não trazem qualquer benefício para quem tem como objectivo entrar no quadro. Acho que o número de beneficiados com a eventualidade de um próximo concurso será sempre superior à de prejudicados, principalmente se o número de vagas ultrapassar a ridicularia do anterior. Para além disso, Ricardo, se fosse possível pôr o Estado em Tribunal por sucessivas alterações às regras do jogo, não faltariam razões na última década, por exemplo, como disse, relativamente ao próprio estatuto dos QZPs.
ResponderEliminarBeijinhos
Para Ana Gonçalves: Tens razão quando falas da situação dos contratados (e também referi isso no post).
ResponderEliminarNa altura em que escrevi o post, o que eu queria "dizer" era: Existindo condições de renovação os colegas contratados poderiam optar pela continuidade do contrato anual (obviamente com a anuência da direcção) em vez de concorrerem.
Mas obviamente que das situações que referi, a dos contratados será a menos sujeita a qualquer tipo de salvaguarda.
Abraço.
Para FD: Quanto à certeza com que inicias o teu post, asseguro-te que não será bem assim. Quando entrei em quadro tinha vários colegas de grupo que para não efectivarem longe preferiram continuar contratados (por questões familiares). Obviamente que existem situações para todos os gostos, necessidades e vontades, não podendo em qualquer situação generalizar.
ResponderEliminarRelativamente à "proporção" horário libertado por um colega do quadro e uma vaga para concurso nacional, sabes perfeitamente que o ME nunca faria isso, por vários motivos. Se esperarmos que isso aconteça, o melhor é ficarmos deitados a ganhar raízes. ;)
Relativamente aos colegas DACL, asseguro-te que se repuserem os anteriores mecanismos de colocação serão ultrapassados (e de forma justa). Este ano, os DACL concorreram à frente de muita gente. Muita gente mesmo...
Abraço.
Para Alexandre: Tu nem imaginas a quantidade de colegas contratados que já me disse isso.
ResponderEliminarBoa tarde!
ResponderEliminarEspero sinceramente que o concurso vá para a frente e que se restabeleça a injustiça que foi cometida aquando do último concurso!
Pois bem, mas era bom que esses colegas contratados tivessem a clara noção da fragilidade dessa opção, para com 40 ou 50 anos não lhes cair o mundo em cima. Dou um exemplo: de quando em vez fala-se no fim da Filosofia; já houve várias tentativas nesse sentido e por mais de uma vez a disciplina sofreu desvalorizações curriculares; têm-nos valido os mais de dois milénios de história e pouco mais, já que a tendência nacional actual é para a tecnicização do ensino e o choque tecnológico. Mais tarde ou mais cedo a Filosofia poderá sofrer golpes fortes a nível curricular (em Espanha, por exemplo, a sua carga horária no 10.º ano sofreu cortes e o seu nome foi substituído por Ética, o que a aproxima da formação cívica ou coisa parecida). Se infelizmente ela vier a ser suprimida do currículo quem está no quadro terá, eventualmente, alguma protecção; quem for contratado estará em muito maus lençóis. Além disso, os contratados têm perdido nos últimos anos muitos dos tais "direitos adquiridos".
ResponderEliminarPara HzoLio: Ó rapaz, eu sei que tu sabes isso e eu sei isso. Mas será que todos sabemos? Foi mais por uma questão de explicação que por outros motivos.
ResponderEliminarPara a próxima serei rigoroso. Mas lembrei-me disto: Tal como antecipou em 2 anos os concursos não poderá obrigar os colegas dos quadros a concorrer??!! Ah pois é... Tudo pode mudar, mesmo isso.
Agora fora de brincadeiras.
O que realmente interessa serão as vagas que venham a concurso e que se aproximem o mais possível das necessidades das escolas/agrupamentos. Quanto à ocupação do lugar que não é deles, asseguro-te que isso ainda vai dar muito "rolo".
Grande abraço...
Para Sem Angústias: Existem imensas variáveis que enquanto variáveis poderão causar efeitos vantajosos ou não para os colegas DACL. A obrigatoriedade concorrer primeiro ao QZP de origem poderá ser uma daquelas que fará mais "estragos" em alguns casos.
ResponderEliminarPara Advogado do Diabo: Os directores da escola podem garantir essa colocação aos DACL. Basta manterem a componente lectivo dos mesmos. Obviamente que o mesmo já não se aplicará a a outras situações.
ResponderEliminarRelativamente à relação entre as necessidades das escolas, as vagas e a revisão curricular, espero que não venhas a ter razão. No entanto, sinto-me inclinado a concordar contigo.
Abraço.
Para Eumesma: Este concurso vai repôr uma realidade que foi completamente "torcida" no concurso anterior. Se... Se mantiverem as regras "clássicas dos concursos e não andarem a inventar.
ResponderEliminarObviamente que repondo as regras, muitos colegas poderão ficar mais longe (nomeadamente os QZP colocados por DACL), mas isso seria o normal se não tivessem alterado as regras para o concurso 2009.
Para C. Pires: As opções são individuais e não creio que os colegas contratados que tomem a opção de restringir o seu concurso não saibam onde se estão a meter.
ResponderEliminarO desconhecimento das consequências a longo prazo não pode ser argumento, tal como não o será, a sorte.
Para Eumesma: acho que na melhor das hipóteses teremos um mix entre o que aconteceu em 2006 e o concurso de 2009, já que muitas das regras de 2009 são ideias geniais para poupar dinheiro na perspectiva do Estado (pensadas por um conjunto de gente que pode ser acusada de tudo menos de pouca inteligência) e serão provavelmente mantidas em época de vacas magras, mas creio que terá de haver ajustes, sim.
ResponderEliminarPara Ricardo:
ResponderEliminarPara novas entradas nos quadros, a questão do número de vagas é importante, mas não é, creio, sequer a questão mais importante. Lembras-te, com toda a certeza que muito antes da saída do Aviso de Abertura de 2009, já nós tínhamos noção de que o concurso seria um logro. Bastou-nos a leitura do 51/2009. Se se mantiver o fim dos QZPs, a obrigatoriedade dos QZPs de concorrerem a todas as vagas do seu QZP e as prioridades para destacamento, o próximo concurso dificilmente poderá contornar as injustiças do anterior.
Para C. Pires: 100% de acordo. Espero que exista alguém nos sindicatos sensível a este tema e que realmente coloque as questões e exija respostas na altura certa (antes de aparecer legislação). Depois será tarde...
ResponderEliminarCaro Ricardo, Em primeiro sugerir que faças um novo post deste tema, porque está visto que este tema move multidões, até talvez mais que a ADD, isto a ver pelo número de comentários. Quanto aos contratados que preferem ficar perto a efectivar longe, penso que há algo que vos está a passar ao lado, que é a vontade destes concorrerem para efectivar perto, duvido que não o façam. Assim também estão a entrar na "Lotaria" do Concurso e repito que basta um horário só que seja transformado em vaga para alterar toda a ordem das colocações! Por isso não estou assim tão certo que esses colegas contratados acomodados à estrada de casa não concorram para efectivar ao longo dessa mesma estrada, nem que seja por uma questão de "descarga de consciência". Um Abraço.
ResponderEliminarO novo concurso TÊM de existir para todos, porque muita gente está ocupar vagas que não lhes pertencem. E acabem com a palhaçada de sermos obrigados a concorrer ao nosso QZP, por essa brincadeira fui obrigado a ficar mais 4 anos no Alentejo, quando colegas (DACL) meus pior graduados estão a dar aulas no centro do Porto. PALHAÇADA!!! P.S - é pena é o concurso só ser em 2011...
ResponderEliminarerrata - em vez de TÊM naturalmente que é TEM
ResponderEliminarBoas.
ResponderEliminarEste JOGO como sempre referi tem regras que mudam constantemente e sem qualquer sentido.
Dou um conselho: esperem para ver o que realmente será esse concurso e quais as suas novas regras!! Só depois se poderão retirar conclusões.
Eu sou contratado, mas poderia ser efectivo de uma escola no Algarve. Não quis por pensar que eram 4 anos da minha vida. Se soubesse que iam ser dois tinha ido e nã otinha pensado duas vezes. Na altura escrevi aqui e sempre o disse que era uma opção que mais tarde teria de aceitar. Podia ser boa ou má, mas foi a que tomei na altura. Logicamente que tenho colegas meus que foram e agora surge a oportunidade de virem para "casa" ao contrário de mim que continuo contratado e sem entrar na "tal carreira".
Esperemos para ver o que nos espera no novo JOGO DA SELVA que influi na vida de muitos e que não olha a meios para atingir fins puramente economicistas!
Futuramente (e julgo que não será um futuro muito longínquo) os concursos serão feitos pelas escolas e a estas caberá a responsabilidade do processo. Se conhecerem e analisarem os senhores do eduquês e aqueles que são considerados os gurus da educação esta é uma missiva dada como a mais correcta (assim como a prova de acesso que já está inserida).
Boa sorte a todos!
Existe algum esquecimento sobre a situaçao dos titulares..... não se recordam da injustiça a que foram sujeitos?
ResponderEliminarO próximo concurso deverá repor a justiça (por enquanto o Estatuto ainda está em vigor e há sempre a possibilidade de recurso aos tribunais)e as vagas devem ser priritárias para estes!
Os titulares, na sua maioria, estão efectivos num QA e não pretendem mudar de escola; mas há outras situações: titulares que eram QZP e ocuparam uma vaga. E agora? Como se vai repor a "normalidade"? Obrigar esses "ex-titulares" a concorrer... e o horário que ocupavam, vai continuar a existir, ou vai ser menos uma vaga a concurso?
ResponderEliminarEumesma
ResponderEliminarPor muito que custe, o DL 15/2007 existiu, esteve em vigor e produziu efeitos. A grande maioria desses efeitos já não podem ser anulados. Essa situação é um desses efeitos que não podem ser anulados.
Advogado: ou seja, o próximo concurso vai trazer mais injustiças e beneficiar um pequeno nº de pessoas, certo?
ResponderEliminarAs injustiças que vai trazer e quantas vão ser beneficiadas vai depender do nº de vagas que vão existir, que não conheço, e das regras do concurso. Para mim, fico satisfeito com 2 ou 3 alterações as regras do ultimo concurso. Por exemplo os QZP continuarem a existir (foi este o grande problema do ultimo concurso) e o regresso da afectação.
ResponderEliminarQue se faça justiça no próximo concurso. Para tal é fundamental o apuramento real de vagas e que o concurso deixe de ter "fases". Como é que uma semana depois das primeiras colocações surgem dezenas de vagas? Porque motivo não aparecem logo na 1ª fase? Todos sabemos que elas não surgem de repente. Já agora que termine a palhaçada dos destacamentos por "cunha", muito frequente no CAE Tâmega, em particular com colegas de Vila Real, Bragança, Mondim...( não tenho nada contra estes colegas, mas a situação é vergonhosa)!Se não estavam na lista de condições específicas, não foram por aproximação à residência,como conseguiram ir em debandada durante os meses de Outubro e Novembro. Sinto-me duplamente injustiçada. 1º Mau apuramento de vagas; 2º Destacamentos por cunha
ResponderEliminarTenho a certeza que precisa de aprender muito sobre o que se passa nas escolas entre Julho e Setembro.
ResponderEliminarQuando aprender, verá que é impossível acabar com as fases.
Já agora, sabe que qualquer horário que seja pedido após as necessidades de Agosto t~em de ser autorizado e deve ser devidamente justicado esse pedido?
Sabe que muitas dessas essas justificações dependem de autorizações das DRE´s que demoram muito tempo a chegar?
Se calhar não sabia, e isso explica muitos desses "mistérios"
Eu era QE, concorri para sair e entrei na escola que queria, em QA.
ResponderEliminarPresumo que, nestas condições, não terei qualquer obrigatoriedade de voltar a concorrer... mas não deixo de ficar assustada com alguns dos comentários :-)
Adovogado
ResponderEliminarCreio q basta que não se obriguem os QZPs a concorrer a todas as vagas da sua zona para que a situação se altere substancialmente. Acredito também que mesmo que a tutela insista em fechar os QZPs há soluções de compromisso que seria possível aplicar, por exemplo recuperar uma em cada duas vagas desocupadas de um determinado QZP, ou alternativas nesta linha. É claro que o ideal seria a manutenção dos QZPs e a não obrigatoriedade de os QZPs concorrerem a todas as vagas do seu QZP, associadas a um número de vagas que traduzisse as necessidades reais. Mas esta combinação roça a quimera.
Vamos lá ver se nos entendemos... quem é QA ou QE (ou Q qq coisa que não QZP) só concorre se quiser e para onde quiser, pois é detentor daquele lugar - caso consiga mudar para uma vaga entretanto aberta que lhe seja mais conveniente LIBERTA a vaga onde estava, indo esta às fases seguintes por RECUPERAÇÃO AUTOMÁTICA... esta lógica foi ESCANDALOSAMENTE pervertida no último concurso, tendo sido beneficiados de uma forma OBSCENA os DACL... claro que a maior VERGONHA foi o deficitário numero de vagas (só por isso há tanto contratado APARENTEMENTE contente em vez de REVOLTADO por estar numa situação precária quendo podia, e devia, estar em quadro).
ResponderEliminarÉ FUNDAMENTAL que no próximo concurso haja um REAL apuramento das vagas, mas é ainda mais FUNDAMENTAL que a lógica da graduação da lista de concurso não seja posta em causa.
Claro que há sempre um plano B (e essa era linda!): TODOS (e digo mesmo todos, os cento e tal mil) os professores OBRIGADOS a concorrer, graduados por antiguidade + avaliação de desempenho, sem qualquer restrição regional (cada um organizava a lista de preferências como bem entendia) por forma a de uma vez por todas racionalizar os recursos humanos nas escolas e minimizar destacamentos e mobilidades (muitas vezes forjadas)... não pensem que isto é ficção científica... era esta a ideia do Valter Lemos já para o concurso de 2009, mas na altura não passou de uma ideia - como será em 2011, ficamos à espera!
Mas por favor, não entrem em paranóia por um concurso que terá lugar daqui a ano e meio... já temos chatices e preocupações suficientes colegas!
JNOGUEIRA
ResponderEliminarO concurso pode ser só daqui a um ano e meio, mas as regras que lhe darão enquadramento legal serão definidas muito antes disso e essas é que são a chave do problema (é muito importante que os sindicatos estejam atentos para não chorarmos todos no fim sobre o leite derramado). Se não houver recuperação de vagas dos QZPs (falo de vagas, não de horários na fase de destamentos), como aconteceu no último concurso, e se os QZPs forem obrigados a concorrer a todas as vagas da sua zona, esqueça, não há número de vagas que nos valha para novas entradas no quadro e para uma mobilidade justa.
acabem com tanta desgraça;muitos já estão doentes...não os matem.
ResponderEliminarquem fala com tanto pessimismo,deve ter lugar seguro.
CPires
ResponderEliminarPara continuarem com a ideia de acabar com os QZP, a única forma de o fazer é obrigarem a concorrer, no mínimo para as escolas do QZP a que pertencem (já agora ainda se lembra como eram as coisas até 2004?)
Se não o fizerem, quem quiser fica "eternamente" naquele QZP.
Para FD: Estou a preparar um novo post com alguns dos comentários mais relevantes feitos aqui.
ResponderEliminarAbraço.
JNOGUEIRA dixit
ResponderEliminar"esta lógica foi ESCANDALOSAMENTE pervertida no último concurso, tendo sido beneficiados de uma forma OBSCENA os DACL..."
Na minha escola, um colega foi parar a 60 km de casa e a mulher, que tb é professora, foi parar a 17km.
Ambos foram ultrapassados por colegas em DACL, com menor graduação.
Têm 2 filhos pequenos...
Espero que o próximo Concurso permita reparar o mal que foi feito.
pois Ana... eu estou a 110km de casa - e "ganhei" 4000 euros por ano de despesas não dedutíveis (renda do apartamento + contas + diesel)... e só vejo a minha mulher aos fds - vicissitudes da vida... que venha o concurso em 2011 (se fosse já em 2010 é que era!)
ResponderEliminarAdvogado:
ResponderEliminarEfectivamente, pensando mais rigorosamente, tens razão: se se pretende fechar os QZPs, então é imperioso que estes quadros sejam obrigados a concorrer, pelo menos, a todas as vagas da sua zona. Sendo assim, a solução passa de facto pela manutenção dos qzps, mas isso levanta uma grande injustiça, repara: há pessoas que, uma vez que foram obrigadas a concorrer a toda a zona, ficaram colocadas onde Judas perdeu as botas; portanto, se se optar por manter os qzps, então, nesse caso, por uma questão de justiça em relação ao concurso de 2009, ter-se-á de manter, em simultâneo, a regra de todos os QZPs concorrerem a todas as vagas da sua zona. A alternativa a isto era um número de vagas claramente superior ao número sobrante de QZPs e quanto à possibilidade desta hipótese sou muito, muito céptica.
C. Pires
Advogado:
ResponderEliminarEm relação à questão que colocas, não me recordo de os quadros de zona, até 2004, serem obrigados, no concurso interno, a concorrer para todas as escolas da sua zona, creio q não, mas teria de ir verificar porque não tenho presente. Ou não era a isto que referias?
C. Pires
Uma coisa é certa: é possível construir um concurso suportado por procedimentos mais justos do que o último concurso, não há dúvida (na primeira parte do concurso creio que só uma escassa minoria de professores, os beneficiados com as iluninadas regras de entrada no grupo de espanhol, terá deitado foguetes). Não será contudo, em momento algum, possível levar a cabo um concurso cujas regras sejam satisfatórias para todos os implicados, já que alguns dos interesses manifestamentamente colidem.
ResponderEliminarTodos temos noção, por exemplo, que 2009 foi um bom ano para contratações e também um bom ano para DACL (em termos de quantidade de horários, mas também de qualidade em termos de distâncias). Esta situação inverter-se-á se as regras se alterarem. É justo que se alterem? Creio que sim. Os colegas que serão prejudicados com a alteração de regras estarão todos de acordo com essas alterações (por exemplo nas prioridades)? Provavelmente não.
C. Pires
CPires
ResponderEliminarAté 2004 o pais estava dividido em 4 zonas (Norte, Centro, Sul e Algarve), sendo os QZP obrigados a concorrer as escolas de pelo menos 1 dessas zonas. A história dos desterrados originais teve a ver com isto.
Advogado
ResponderEliminarLembro-me das 4 zonas, sim (a minha "chave" era na altura 3-4-2-1), não me lembrava é que os qzps eram obrigados a concorrer a escolas de uma zona. Quase inconcebível, felizmente, a dimensão das zonas na altura. A redução geográfica foi um salto importante.
Boas,
ResponderEliminarAfinal quem é que beneficia com este novo concurso? Algúem consegue responder?
Serão os colegas QE/QA que em vez de ficarem a 10 Km de casa ficam a 1 Km...? Ou aqueles que por algum motivo, não lhes apetece ficar na escola em que estão e querem mudar para outra?
Os prejudicados já nós sabemos quem são: Os QZPs que estão a 400 Km de casa que têm familias, filhos, como têm os outros colegas, e que por ser esta a profissão que eles escolheram, não podem fazer mais nada a não ser sujeitarem-se a ficar longe dos que mais gostam.
MCumpts,
RS
Eu sou uma dessas pessoas que, sendo colocada por 4 anos, vendi a casa, mudei os meus 3 filhos de casa, localidade, zona geográfica, escola e agora acho INADMISSÍVEL ter de os sujeitar a uma nova adaptação....
ResponderEliminarÉ a 3ª terra onde eles moram (porque durante os primeiros anos, quando os concursos eram por um ano e psicológicamente se suportavam as viagens "por um ano" andei a fazer 350Kms por dia!!, mantendo os meus filhos no seu ninho, senão teriam percorrido muitas mais localidades...), e é socialmente muito frustante sentirmo-nos como uma planta que, de tantas vezes que já foi mudada, já não pega...
Os EXMos Srs que legislam e inventam novas leis a cada mudança de temperatuta deviam olhar para nós, PROFESSORES, como seres humanos que têm doreito a ter família e vida pessoal...
Acho que não é pedir muito....
ACHO BEM QUE SE ANTECIPE O CONCURSO, ATÉ PORQUE HÁ MUITOS PROFESSORES NUM QUADRO DE ESCOLA QUE NÃO FICARAM PERTO DE CASA...
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