No Diário Económico a 11/12/2009: "A Associação Nacional de Professores apresentou hoje à ministra da Educação uma proposta de progressão da carreira que adia o tempo de chegada ao topo e inclui mecanismos de avaliação que eliminam a lógica das quotas para as melhores notas.
"Apresentámos [à ministra Isabel Alçada] como proposta que o percurso de progressão da carreira dos professores poderia chegar no limite aos 34 anos [de profissão], ou seja o professor atingiria o topo de carreira aos 34 anos [de profissão]", disse o presidente da Associação Nacional de Professores (ANP), João Grancho, no final de uma reunião no Ministério da Educação.
A actual proposta do ministério é de 32 anos para atingir o topo de carreira.
O responsável da ANP - uma associação de carácter profissional e não sindical - ressalvou que na sua proposta o topo de carreira estaria reservado para os professores avaliados com uma nota de "Bom".
(...)
O elemento de "reconhecimento do mérito" deste modelo, acrescentou, seria introduzido através de um mecanismo em que o professor se auto-propunha para avaliação.
"Introduzia-se também um mecanismo intermédio, esse sim de reconhecimento do mérito, em que a partir do terceiro escalão - a carreira está a ser organizada em nove escalões - os professores poderiam propôr-se a antecipar um ano a sua progressão através de uma avaliação", explicou João Grancho.
Nesse caso, sublinhou, a carreira já não se desenvolveria em 34 anos, mas eventualmente em 28 anos.
"O mérito era recompensado com uma progressão em menos seis anos. É uma forma diferente de encarar e como há processos de retenção pelo meio [deste processo] retira-se a lógica das quotas", assinalou o presidente da ANP.
João Grancho também disse à ministra que é "preciso calma para construir um processo adequado e consistente" de avaliação de desempenho.
Na opinião da ANP, este ano escolar e o próximo seriam usados para construir, testar e experimentar um modelo que apenas seria aplicado, "totalmente e com todas as suas consequências, a partir de 2011-2012".
Até lá, ressalvou, seria aplicado um sistema de avaliação simplificado."
Ver Artigo Completo (Diário Económico)
"Apresentámos [à ministra Isabel Alçada] como proposta que o percurso de progressão da carreira dos professores poderia chegar no limite aos 34 anos [de profissão], ou seja o professor atingiria o topo de carreira aos 34 anos [de profissão]", disse o presidente da Associação Nacional de Professores (ANP), João Grancho, no final de uma reunião no Ministério da Educação.
A actual proposta do ministério é de 32 anos para atingir o topo de carreira.
O responsável da ANP - uma associação de carácter profissional e não sindical - ressalvou que na sua proposta o topo de carreira estaria reservado para os professores avaliados com uma nota de "Bom".
(...)
O elemento de "reconhecimento do mérito" deste modelo, acrescentou, seria introduzido através de um mecanismo em que o professor se auto-propunha para avaliação.
"Introduzia-se também um mecanismo intermédio, esse sim de reconhecimento do mérito, em que a partir do terceiro escalão - a carreira está a ser organizada em nove escalões - os professores poderiam propôr-se a antecipar um ano a sua progressão através de uma avaliação", explicou João Grancho.
Nesse caso, sublinhou, a carreira já não se desenvolveria em 34 anos, mas eventualmente em 28 anos.
"O mérito era recompensado com uma progressão em menos seis anos. É uma forma diferente de encarar e como há processos de retenção pelo meio [deste processo] retira-se a lógica das quotas", assinalou o presidente da ANP.
João Grancho também disse à ministra que é "preciso calma para construir um processo adequado e consistente" de avaliação de desempenho.
Na opinião da ANP, este ano escolar e o próximo seriam usados para construir, testar e experimentar um modelo que apenas seria aplicado, "totalmente e com todas as suas consequências, a partir de 2011-2012".
Até lá, ressalvou, seria aplicado um sistema de avaliação simplificado."
Ver Artigo Completo (Diário Económico)
Comentário: A Associação Nacional de Professores propõe algo bastante diferente do que já foi proposto pelos sindicatos e pelo Ministério da Educação. Pessoalmente não é uma proposta que me cause qualquer tipo de prurido e até certo ponto poderia atenuar a discussão em torno de quotas e filtragens.
Explicando por "miúdos" (pelo menos foi a interpretação que dei):
Explicando por "miúdos" (pelo menos foi a interpretação que dei):
1 - Com avaliações de "Bom" ao longo da carreira docente só ao fim de 34 anos iriamos chegar ao topo da mesma.
2 - Se quisermos encurtar a duração da mesma, aí sim teriamos de solicitar aulas observadas e outros elementos para as avaliações de "topo". Neste caso, e como consequência poderíamos abreviar a carreira.
Gostava de ler mais sobre esta proposta, mas no sítio da ANP não têm nada disponível sobre este tema.
2 - Se quisermos encurtar a duração da mesma, aí sim teriamos de solicitar aulas observadas e outros elementos para as avaliações de "topo". Neste caso, e como consequência poderíamos abreviar a carreira.
Gostava de ler mais sobre esta proposta, mas no sítio da ANP não têm nada disponível sobre este tema.
Que proposta tão parva. Aumentarem o n.º de anos de tempo de serviço para nos podermos reformarem. Com idade de Alzheimer??? Mas isto é proposta que se faça??? Vamos é a reduzir e não a aumentar!
ResponderEliminarPara Lucas: Olha que estás errado. Não é uma proposta "parva". Até será bem inteligente. Com a proposta dos 3 filtros por parte do Ministério da Carreira o número de anos para atingires o topo da carreira até pode ser bem superior. Pior: Com os 3 filtros o mais certo é nem chegares ao topo e se chegares o teu único problema não será o "Alzheimer".
ResponderEliminarExactamente Ricardo Montes! Lucas analise bem o que está em cima da mesa ( por parte do ME) e verá que nunca chega ao topo com a sanidade mental que nós precisamos. Considero que é uma boa proposta!
ResponderEliminarNão percebo qual a novidade desta proposta.
ResponderEliminarA FNE sempre defendeu percursos diferenciados em função da ADD mas que todos poderiam chegar ao topo. Uns mais rápido do que outros.
Para mim a questão essencial desta negociação é a contabilização de todo o tempo de serviço, inclusivé o período congelado, para a transição na nova carreira.
ResponderEliminarEsta questão serve para responder a alguns comentários em posts anteriores.
Tudo o que seja negociado não pode esquecer a injustiça que foi criada pelo ECD de MLR.
cumps
Do meu ponto de vista, o período congelado está perdido, arlindovsky, e sem contemplações. Quanto às injustiças e desigualdades que o ECD remodelado de MLR trouxe acredito que uma boa parte delas possa ser reparada (e não falo de milagres, mas de trabalho vigilante, consciente e responsável que terá de ter os professores, nós, como ponto de partida e os sindicatos como negociadores determinados, mas também dispostos a ceder e a oferecer contrapartidas razoáveis; neste sentido, esta proposta não me deita os parentes na lama; de uma forma ou de outra daqui a poucas décadas estaremos a trabalhar bem mais anos do que agora, todos nós, professores incluídos, portanto...). Quanto à proposta dos três filtros, acredito que o ministério possa vir a deixar cair, pelo menos o primeiro (completamente inaceitável e só justificável de um ponto de vista estritamente financeiro).
ResponderEliminarDiscordo do C. Pires.
ResponderEliminarNenhuma organização sindical poderá deixar cair em esquecimento o péríodo congelado. A FNE não o se esquecerá, garanto-te.
Aceito que possa ser negociado os 2 anos, 4 meses e 4 dias de forma faseada, com a recuperação desse periodo num determinado espaço de tempo. Agora esquecer NUNCA.
para mim o mais injusto são aqueles que fazem o mesmo que todos e estão sempre congelados...
ResponderEliminarnesses ninguem fala porque têm com recompensa as melhores turmas...e ,por vezes ainda pagam para trabalhar.
e esta!!!!
Podem consultar a proposta na íntegra em http://www.anprofessores.pt/portal/user/documentos/PROPOSTAS_MINISTRA_11DEZ09.pdf
ResponderEliminarParece me algo bastante diferente sem dúvida...gostaria de ler mais.
ResponderEliminarComo Professor Contratado e sem previsão de manter o emprego e ter futuramente uma reforma esta poderia "talvez" ser uma solução construtiva.
Quem sabe?Pelo menos é algo diferente.
Para arlindovsky: Até pode não ser uma questão essencial, mas é sem dúvida uma das mais importantes. A contabilização dos anos de serviço congelados para efeitos de progressão. Será algo manifestamente complicado de atingir pois teremos todo o poderio governamental pela frente. Mas como sempre espero que os sindicatos não se esqueçam de reinvindicar a correcção desta injustiça. Nem que seja de forma faseada.
ResponderEliminarA desculpa será mesmo a crise... E quando passar a crise a desculpa será outra qualquer. Dificilmente veremos esses anos considerados. No entanto, a esperança é a última a "morrer" e a ter de "morrer", "morrer" a lutar.
Abraço.
mas a progressão ocorre, de facto, já a partir de 1 de Janeiro de 2010 (para quem reúne condições para tal - no meu caso acedo ao 5.º escalão a 31/12), ou a situação estará bloqueada - de novo - com as negociações em curso?
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