terça-feira, 3 de novembro de 2009

Ora explique lá isso outra vez...

Ministro dos Assuntos Parlamentares diz que avaliação dos professores não é para suspender.

Comentário: O argumento utilizado pelo ministro dos Assuntos Parlamentares, para não suspender a avaliação, é no mínimo, sofrível. Segundo Jorge Lacão, "é possível melhorar o sistema, mas não suspendê-lo uma vez que muitos professores já foram avaliados". E onde está a relação? Qual é o problema em suspender este modelo e implementar um novo? O facto de muito professores terem sido avaliados pelo modelo anterior impossibilita a sua suspensão? É que não estamos a falar das consequências da avaliação (em termos de carreira, concurso, etc.), pois isso seria outro assunto, apenas estamos a falar do modelo.

Eu, que até me achava uma pessoa com um sentido de raciocínio lógico relativamente razoável, depois desta argumentação admito que fiquei baralhado...

2 comentários:

  1. Não fiques baralhado, caro Ricardo. Trata-se, apenas, de uma falácia (um argumento mau, que parece bom), que em teoria da argumentação se chama argumento "ad terrorem": consiste em causar medo ao auditório, quando o queremos convencer de algo, mas não temos boas razões para o fazer. De facto, é só para assustar, tentar baralhar e, pior, procurar, mais uma vez, colocar os professores em conflito entre si. Há que estar atento.

    Abraço

    ResponderEliminar
  2. Olha o meu amigo Miguel a chegar-se à frente nos comentários. Fazes bem, é sempre um enorme prazer saber o que tens a dizer. Aqui ou no teu blogue.

    Quanto ao conteúdo do teu comentário: Mais uma vez não erras nas tuas análises. Só espero é que o "argumento" não convença muita gente.

    Espero que esteja tudo bem contigo.

    Grande abraço.

    ResponderEliminar