quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Leitura 100% recomendada.

O HzoLio escreve pouco, mas quando o faz... Faz com arte e com um tipo de humor que aprecio bastante. É um prazer ler os posts deste meu amigo. Só o título já diz tudo:

"Venham daí os caroços de azeitona em direcção às minhas costas…"

O assunto são as Ofertas de Escola e a Bolsa de Recrutamento. O relato é do tipo «traulitada na tola», mas só não percebe quem não quer. Um alerta importante que deveria ser lido por todos. Todos mesmo.

Nota: Só espero é que ninguém se engasgue com as «azeitonas».

7 comentários:

  1. Adorei a tua nota...

    Grande abraço

    P.S.: Sinceramente, acho que é um tema ao qual ainda voltarei... ;)

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  2. E espero bem que voltes a falar do tema... Não conheço ninguém melhor para denunciar as atrocidades da Bolsa de Recrutamento e Oferta de Escola.

    Quanto à nota, o destino é bem certeiro. Aliás, são vários os alvos... Eh eh eh.

    Abraço.

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  3. Caro Hzolio

    Sem dúvida que tem um texto bem elaborado, mas acho que posso adicionar, como professor contratado a minha visão. Não penso que a culpa seja somente dos professores como aponta para a "dança das cadeiras", senão vejamos o seguinte:

    - O concurso nacional, ou que resta dele, é todo ele, mais um processo fraudulento e incoerente (sim é uma aplicação informática, mas é rude e pouco prática porquê simplesmente é usada para o mal).
    Este ano tal, como os concursos anteriores, assistimos impávidos a mais uma mudança que favorece a desorientação global.

    Este ano foi um massacre do M.E com a sua esplêndida Bolsa de Recrutamento, o “saco” do docente.

    É verdade que o M.E não faz as escolhas dos professores, sim é uma verdade. Mas é preciso ter em conta que somos, como dizer, manipulados e pressionados.

    Quem concorre por norma tem a seguinte preocupação:

    - Arranjar trabalho (sim trabalho não emprego) e tentar localizar-se o mais perto possível da sua residência (disse o mais perto possível, não em ficar em casa, pois isso seria em si um milagre).

    A questão é que as mudanças de concurso, o desespero de quem espera uma colocação permanecendo em casa (ainda por cima este ano viu todo o tipo de filmes: Uns a passar à frente nas OES, outros nos concursos anteriormente proibidos para contratados chamados TEIP, outros a serem colocados administrativamente devidos a erros concursais). De salientar muitos casos destes nos finais de Agosto.

    É preciso ver que somos “atacados” em Setembro com todo o tipo de ataques de pânico e muitos casos muitas horas sem dormir a desesperar por uma colocação e saber se realmente vais trabalhar este ano.

    Fruto de desespero na altura das preferências, devido a média que tens, ao número de pessoas que existem na tua lista no ano anterior, aquando finalmente a saída da colocação, surpresa das surpresas, ficas colocado, mas mais uma vez super longe da região que vives, num horário péssimo podendo ser este anual ou temporário.

    Ou seja para muitos o cenário nada muda e para outros é vista como uma oportunidade.

    Ser contratado tem sido o fundo sem luz da carreira docente. Todos os anos (e não somos jovens para sempre como todos julgam) deixamos tudo para trás e abraçamos o desgaste da profissão até quase provocar a ruptura em muitos casos.

    Ao contrário de muitas opiniões, somos forçados ao erro, somos forçados a concorrer longe com promessas eternas de melhoria nas nossas escolhas no futuro.

    Então nesta rotina do M.E forçar o erro para muitos significou mais um erro este ano.

    Quem arriscou, porque queria trabalhar, foi para longe este ano (novamente) e agora de longe assiste a colegas que arriscaram muito pouco, que sabem que tem menos graduação, menos tempo de experiência, em muitos casos são finalistas que ficam perto da sua residência e vem serem gratificados com a ampliação de horário até em muitos casos ficar completo.

    Ora bem isto é justo? Não é o normal.

    A “dança das cadeiras” é provocado por eles (M.E) não pela falta de responsabilidade como apontas tão friamente aos professores.

    Aliás eu assisti a colegas que abdicaram de uma colocação melhor que foi transmitida após a entrada na bolsa (ou seja entrou posteriormente nas OES)que recusaram para não abandonar o posto, abdicando novamente da sua vida pessoal e da sua economia.

    Damos tanto e as pessoas dão nos tão pouco. Ninguém quer saber.

    Como se pode culpar aqueles que perante manipulação do M.E querem o melhor para eles e os seus? Podes tu?

    A tua teoria pode estar correcta mas não estaria já previsto o início do fim das cíclicas muito antes de o escreveres?

    Abraço

    P.S: Isto não é um caroço.

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  4. Caro RS,

    Penso que te escapou este pequeno pormenor no meu texto:
    "Agora, como forma de acalmar aqueles que já estão a deitar fumo pelas orelhas, eu vou deitar alguma água na fervura… Ou não!

    Bem sei que os professores, em parte, foram obrigados a “embarcar” neste esquema promíscuo criado e implementado por esta equipa governativa. No entanto, tenho a certeza que, se as opções de todos, aquando do concurso nacional de contratação, fossem um pouco mais ponderadas, o ME nunca alcançaria tamanha vitória em tão breve espaço de tempo…
    ".

    Como facilmente se percebe, 1º ataquei as nossas tropas porque, infelizmente, há por onde atacar! Como tu bem sabes, nem todos "abdicaram de uma colocação melhor que foi transmitida após a entrada na bolsa (ou seja entrou posteriormente nas OES)que recusaram para não abandonar o posto, abdicando novamente da sua vida pessoal e da sua economia e esses, por muito poucos que sejam (e não são!), é que nos vão trazer graves problemas.

    Como todos nós sabemos, quem nos governa têm utilizado a generalização de atitudes como arma de arremesso e de justificação para determinadas opções políticas, opções essas que, em muitos casos, não são do interesse da maioria dos professores.

    Penso que resumes o meu texto, de forma brilhante, com o seguinte comentário: "Este ano tal, como os concursos anteriores, assistimos impávidos a mais uma mudança que favorece a desorientação global."...

    Eu podia tê-lo feito dessa forma simples (ou não!), mas prefiro deixar o pessoal em brasa, pois pode ser que, dessa forma, lhes consiga incendiar as consciências...

    Só um último pormenor quanto a isto "A tua teoria pode estar correcta mas não estaria já previsto o início do fim das cíclicas muito antes de o escreveres?"... Mas é claro que estava, e podes confirmar que já escrevo sobre "concursos" há algum tempo. ;)


    http://inducacao-enstrocao.blogspot.com/2009/05/nem-sei-se-ria-se-chore.html

    http://inducacao-enstrocao.blogspot.com/2009/06/entrevistas-teip.html

    http://inducacao-enstrocao.blogspot.com/2009/06/tas-nessa-sai-dessa-olha-qua-droga-mata.html

    http://inducacao-enstrocao.blogspot.com/2009/07/fuga-pra-frente-porque-atras-vem-gente.html

    http://inducacao-enstrocao.blogspot.com/2009/07/resposta-personalizada-ao-comentador.html


    Existem mais textos, mas esses deixo-te o privilégio da pesquisa...

    Admito que nem sempre escrevi de forma tão explícita quanto no último, se calhar porque não gosto de dar o peixe a quem têm fome.

    Grande abraço

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  5. Só porque os textos referidos anteriormente podem gerar dúvidas quanto ao que defendo, deixo mais um link que me parece um pouco mais "simpático". ;)

    http://inducacao-enstrocao.blogspot.com/2009/05/concordo-com-o-principio-nao-com-forma.html

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  6. De salientar que li o seu texto e que estou de acordo com a maioria do que foi escrito, só quis demonstrar (como creio que também demonstrei complementando o seu texto) que nem tudo era tão linear como escreveu.

    Entendo também quem são os destinatários da mensagem e posso referir que eu não sou um deles, porque fui colocado muito longe e estou a cumprir o meu contrato.
    Este é o país dos xico-espertos sendo que quem nós governa é o maior xico-esperto de todos.

    Como disse anteriormente isto não é um caroço, mas sim um desabafo de ver tanta coisa errada e tanta pouca compreensão.

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