No Público a 29/04/2009: "Vários meses depois de a ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues, ter sido recebida com ovos, a Inspecção-Geral de Educação (IGE) foi ouvir os estudantes, maiores de 16 anos, da Escola Secundária de Fafe. A Associação de Pais contesta o método de interrogatório que, diz, incentiva a um "comportamento denunciante" e "é absolutamente inconcebível depois do 25 de Abril".
Os pais já enviaram cartas ao procurador-geral da República, ao provedor de Justiça e aos grupos parlamentares. A IGE assegura, através de ofício, que nada de ilegal ocorreu.
(...)
“As perguntas feitas aos alunos permitem-nos deduzir que é isso que pretenderão provar — que eles foram manipulados, nomeadamente pelos professores”, comentou ontem, em declarações ao PÚBLICO, Paulo Nogueira Pinto, ele próprio docente (noutra escola) e pai de uma das alunas interrogadas pelo inspector da DGE. “Como é que souberam que a ministra vinha a Fafe? Quem é que se lembrou de fazer a manifestação? Os professores deram aulas? Marcaram faltas a quem não esteve na sala? Como é que os alunos saíram da escola? Estava algum funcionário à porta?”, desfia Nogueira Pinto, exemplificando perguntas a que a sua filha, aluna do 10.º ano, teve de responder.
(...)
Nogueira Pinto diz não duvidar da veracidade do esclarecimento da DGE que, em resposta à sua reclamação, informa que o interrogatório foi legal na medida em que foi feito a jovens maiores de 16 anos, imputáveis para fins penais. Insiste, no entanto, que, “do ponto de vista ético, o método é profundamente incorrecto”.
(...)
“Assim como criticámos os alunos pela forma como se manifestaram, agora questionamos a legalidade e a legitimidade de um interrogatório deste tipo”, afirmou ontem Manuel Gonçalves. Não se considera “satisfeito com o esclarecimento” dado a Nogueira Pinto. “Por um lado, custa-me a crer que seja legal. Mas, ainda que assim fosse, não é legítimo. Eu nem queria acreditar que isto estava acontecer, tantos anos depois do 25 de Abril”, comentou. (...)"
Ver Artigo Completo (Público)
Os pais já enviaram cartas ao procurador-geral da República, ao provedor de Justiça e aos grupos parlamentares. A IGE assegura, através de ofício, que nada de ilegal ocorreu.
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“As perguntas feitas aos alunos permitem-nos deduzir que é isso que pretenderão provar — que eles foram manipulados, nomeadamente pelos professores”, comentou ontem, em declarações ao PÚBLICO, Paulo Nogueira Pinto, ele próprio docente (noutra escola) e pai de uma das alunas interrogadas pelo inspector da DGE. “Como é que souberam que a ministra vinha a Fafe? Quem é que se lembrou de fazer a manifestação? Os professores deram aulas? Marcaram faltas a quem não esteve na sala? Como é que os alunos saíram da escola? Estava algum funcionário à porta?”, desfia Nogueira Pinto, exemplificando perguntas a que a sua filha, aluna do 10.º ano, teve de responder.
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Nogueira Pinto diz não duvidar da veracidade do esclarecimento da DGE que, em resposta à sua reclamação, informa que o interrogatório foi legal na medida em que foi feito a jovens maiores de 16 anos, imputáveis para fins penais. Insiste, no entanto, que, “do ponto de vista ético, o método é profundamente incorrecto”.
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“Assim como criticámos os alunos pela forma como se manifestaram, agora questionamos a legalidade e a legitimidade de um interrogatório deste tipo”, afirmou ontem Manuel Gonçalves. Não se considera “satisfeito com o esclarecimento” dado a Nogueira Pinto. “Por um lado, custa-me a crer que seja legal. Mas, ainda que assim fosse, não é legítimo. Eu nem queria acreditar que isto estava acontecer, tantos anos depois do 25 de Abril”, comentou. (...)"
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Comentário: Como antes de 25 de Abril de 1974 ainda não havia internet, pressuponho que devo estar em 2009. Mas depois de ler esta notícia, tive dúvidas. Métodos «pidescos» utilizados com alunos? Pressões para a delação? Assinatura de papéis em «branco»? A democracia e a liberdade andam pelas ruas da amargura... Conheço outras formas de apurar factos, e nenhuma delas passa por esta tipologia. Nenhuma! Devo ser muito «modernaço»...
As coisas têm nomes...
ResponderEliminarhttp://porquemedizem.blogspot.com/2009/04/cobardia-prepotencia-e-servilismo.html#links
Olá, Ricardo, só hoje li o que escreveste no post sobre "consequências da não entrega da FAA".
ResponderEliminarSe puderes passar pela caixa de comentários e responder-me, agradeço-te.
Abraço
Olá Ricardo.
ResponderEliminarDesculpe estar a fazer uso deste espaço para lhe expor a minha situação... considero que é um colega muito racional e saberá concerteza, sem qualquer tipo de compromisso me elucidar, pois estou nunca crise de ansiedade...
Eu sou profa. contratada, tenho uma graduação 19,500, pertenço ao grupo 110.
Desde 2006 que me encontro a leccionar no EPE (Suíça).
Como havera lido algures no seu blogue, penso que está ao corrente sobre a situação dos prof.s no estrangeiro: segundo a nova proposta relativa ao regime juridico do EPE, preve que os docentes poderão ver renovada a sua comissão de serviço até seis anos. A renovação depende de vários factores: avaliação, n.° de alunos... portanto, não é garantida claro.
Concorri para o continente para tentar efectivar...
Eu sei que é complicado apanhar QA, mas não considero de todo impossível, dado que concorri a nível nacional e atendendo, as vagas para as escolas TEIP que absorvirão professores vinculados... haverá recuperação automática.
Entendo eu que este concurso é uma icógnica, a olho nu poder-se-á dizer que é impossível mas depois se analisarmos algumas situções que poderão influir directamente no concurso de ingresso, a possibilidade de vincular poderá estar presente, não para todos claro.
Eu sei que poderá parecer da minha parte, egoísmo, ou falta consideração... sei lá... mas não tenho intenção de melindrar ninguém, estou apenas a expor o meu caso particular...
Eu gostaria de saber o seguinte: se eu optar por ficar no EPE, numa contratação precária, quais serão as perspectivas de, regressando a Portugal, entrar no sistema? Ou seja, quais as consequencias a curto, médio prazo? (pergunto isto devido ao facto do ME,a curto prazo, atribuir mais autonomia às escolas e fazer o recrutamento...).
Já me informaram que ingressando num QA serei obrigada a regressar a PT, não poderei vincular e continuar no EPE...
No entanto no ECD, etc não encontro legislação plausível que implique de forma inequívoca essa obrigatoriedade. No ECD menciona que ingressando num QA passarei a quadro de nomeação provisória, terei que ser avaliada ... e só depois é que passarei a nomeação definitiva.
É possível ingressar no quadro e adiar o período probatório?
Por favor, eu sei que é um caso muito particular e pessoal... mas se pudesse elucidar um bocadinho que fosse... ficar-lhe-ia muito reconhecida.
Elisabete
Eu sei que não é conselheiro ... nem vidente... mas se pudesse me "dar uma luz"...
ResponderEliminarElisabete
Para reb: Olá, colega. Vou ler o que escreveste e se não for nada de muito exigente (em termos de tempo), respondo-te já a seguir. Caso contrário, fica para amanhã. Ok?
ResponderEliminarAbraço.
Para Elisabete: Gostava sinceramente de a poder ajudar, no entanto, a situação dos «colegas EPE» é algo que ainda não tive tempo (nem oportunidade) para estudar. Dito de outra forma, não me agrada opinar ou aconselhar sem conhecer em profundidade a legislação.
ResponderEliminarAté à próxima semana, e «falando» em termos de estudo de legislação, estarei ocupado com a Lei 12-A/2008 (Estabelece os regimes de vinculação, de carreiras e de remunerações dos
trabalhadores que exercem funções públicas). Mal arranje um «espaço» irei tentar encontrar uma resposta para a sua questão. Vamos ver se o consigo fazer na próxima semana.
Se tiver urgência na resposta, reconheço que não lha posso dar nesta altura. Espero que compreenda.
Obrigada. Se me puder ajudar ficar-lhe-ia grata.
ResponderEliminarElisabete
OS ALUNOS FAZEM O QUE KEREM E ACHO BEM ESTE É O PRINCIPIO D NOVA REVOLUÇÃO.
ResponderEliminarOS ALUNOS N PODEM FAZER A REVOLUÇÃO????
ResponderEliminarTAMBÉM O 25 DE ABRIL OS MILITARES N PODIAM FAZER A REVOLUÇÃO MAS FEZ-SE.
COMO É QUE SOCRATES ENRIQUECEU????
ESTA É UMA PERGUNTA A QUE A NOVA REVOLUÇÃO VAI TER QUE OBRIGAR ALGUEM A RESPONDER.
Colega, peço-lhe que intervenha sem usar apenas letras maiúsculas. No mundo virtual (e tal como nas mensagens de telemóvel) equivale a "gritos".
ResponderEliminarAgradecia que atendesse ao meu pedido.