No sítio do Diário Digital a 25/04/2009: "Os professores que participam nas reuniões de consulta sobre o processo de revisão do Estatuto da Carreira Docente estão a ser aconselhados a fazerem a sua auto-avaliação mas sob protesto, anunciou hoje o secretário-geral da Fenprof, Mário Nogueira.
«Significa anexar à ficha de auto-avaliação uma declaração em que os professores digam ‘estamos a entregar porque a isso estamos legalmente obrigados, mas isto não significa que tivéssemos passado a concordar com o modelo de avaliação’», explicou Mário Nogueira aos jornalistas em Viseu, onde hoje participou em mais uma das cerca de 1.400 reuniões que a Plataforma Sindical dos Professores está a promover por todo o país.
A medida, que está a ter «uma aceitação extraordinária» e que deve ser tomada por «todos os professores, independentemente de terem ou não feito a entrega da sua proposta de objectivos individuais», visa deixar claro que continuam a achar que o modelo de avaliação é «desadequado, incoerente, desqualificado e não serve para avaliar professores».
Mário Nogueira justificou a necessidade de o fazer para que o Ministério da Educação não venha dizer que «os professores entregaram na maioria objectivos individuais ou vão entregar todos a auto-avaliação porque já estão de acordo», reiterando que «a esmagadora maioria dos colegas que entregaram os objectivos individuais fizeram-no em contexto de pressões»."
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«Significa anexar à ficha de auto-avaliação uma declaração em que os professores digam ‘estamos a entregar porque a isso estamos legalmente obrigados, mas isto não significa que tivéssemos passado a concordar com o modelo de avaliação’», explicou Mário Nogueira aos jornalistas em Viseu, onde hoje participou em mais uma das cerca de 1.400 reuniões que a Plataforma Sindical dos Professores está a promover por todo o país.
A medida, que está a ter «uma aceitação extraordinária» e que deve ser tomada por «todos os professores, independentemente de terem ou não feito a entrega da sua proposta de objectivos individuais», visa deixar claro que continuam a achar que o modelo de avaliação é «desadequado, incoerente, desqualificado e não serve para avaliar professores».
Mário Nogueira justificou a necessidade de o fazer para que o Ministério da Educação não venha dizer que «os professores entregaram na maioria objectivos individuais ou vão entregar todos a auto-avaliação porque já estão de acordo», reiterando que «a esmagadora maioria dos colegas que entregaram os objectivos individuais fizeram-no em contexto de pressões»."
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Comentário: Persistir no erro, não é uma «qualidade» que aprecie. Já tinha referido aqui, que o apelo à entrega da ficha de auto-avaliação poderá ser um erro estratégico. Mesmo que acompanhada de uma declaração de discordância do modelo de avaliação, não deixa de ser um apelo incoerente, do ponto de vista de discordância do modelo. Bem sei que a FENPROF, nunca anunciou que apoiaria a não entrega da ficha de auto-avaliação, no entanto, continuo a pensar que não faz sentido apelar à não entrega dos OI e posteriormente apelar à entrega da ficha de auto-avaliação... Por mais que Mário Nogueira tente desviar as atenções deste «pormenor», a essência reside aqui: Não foram entregues os OI, não só por não ser obrigatório, mas essencialmente para manifestar a discordância do modelo de avaliação do desempenho. Foi essa a motivação e argumento utilizado para mobilizar os colegas (atenção que não estou a falar dos colegas que não entregaram os OI, por iniciativa própria). Agora apela-se à entrega da ficha de auto-avaliação, e os colegas levantam a dúvida: "Mas afinal porque é que eu não entreguei os OI?". Terá sido eventualmente (e como já referi acima) uma iniciativa para demonstrar o desagrado perante o modelo de avaliação, mas certo é que as consequências da mesma, vão acabar por ser mais prejudiciais que benéficas.
Não estou a afirmar que os colegas não deverão entregar a ficha de auto-avaliação, muito pelo contrário, mas essa decisão deveria ser individual e não sujeita a «apoios» que apenas levarão a uma maior descridibilização dos sindicatos e a um acréscimo do sentimento de «traição» de alguns colegas. Os sindicatos, em vez de apoiarem a entrega da ficha, deveriam informar os colegas, das consequências da «não entrega», e deixar que cada um decida (tal como deveriam ter feito com os Objectivos Individuais). E se afirmo o que acabei de escrever, é porque conheco a «classe» onde estou inserido. O incentivo a iniciativas potencialmente «prejudiciais» para o bem individual, devem sempre ser muito bem estudadas. Isto porque, a maioria dos professores não trabalha individualmente para o bem comum, se desse facto advir uma possibilidade de «penalização» na carreira. O apoio (ou a ausência dele) a determinadas iniciativas (de um ponto de vista puramente estratégico) deveria ser, neste caso, relativamente «omisso» e não «explícito». Não sei se me faço compreender...
Para além do mais, como é possível que a aceitação desta proposta esteja a ser extraordinária, se a adesão à "Consulta Geral" foi reduzida? Como já afirmei por diversas vezes, é essencial que os sindicatos definam uma nova estratégia, nem que seja a de acessoria ao nível dos meios de comunicação. Ultimamente, as palavras de Mário Nogueira, desmobilizam mais, do que unem.
Não estou a afirmar que os colegas não deverão entregar a ficha de auto-avaliação, muito pelo contrário, mas essa decisão deveria ser individual e não sujeita a «apoios» que apenas levarão a uma maior descridibilização dos sindicatos e a um acréscimo do sentimento de «traição» de alguns colegas. Os sindicatos, em vez de apoiarem a entrega da ficha, deveriam informar os colegas, das consequências da «não entrega», e deixar que cada um decida (tal como deveriam ter feito com os Objectivos Individuais). E se afirmo o que acabei de escrever, é porque conheco a «classe» onde estou inserido. O incentivo a iniciativas potencialmente «prejudiciais» para o bem individual, devem sempre ser muito bem estudadas. Isto porque, a maioria dos professores não trabalha individualmente para o bem comum, se desse facto advir uma possibilidade de «penalização» na carreira. O apoio (ou a ausência dele) a determinadas iniciativas (de um ponto de vista puramente estratégico) deveria ser, neste caso, relativamente «omisso» e não «explícito». Não sei se me faço compreender...
Para além do mais, como é possível que a aceitação desta proposta esteja a ser extraordinária, se a adesão à "Consulta Geral" foi reduzida? Como já afirmei por diversas vezes, é essencial que os sindicatos definam uma nova estratégia, nem que seja a de acessoria ao nível dos meios de comunicação. Ultimamente, as palavras de Mário Nogueira, desmobilizam mais, do que unem.
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Além de não considerar um erro o apelo à entrega da ficha de auto-avaliação, considero que faz todo o sentido entregar a ficha de auto-avaliação (FAA). E passo a explicar. Considero que o apelo à entrega da ficha de auto-avaliação é uma boa acção de luta por duas razões fundamentais:
ResponderEliminar1. Se cada proposta de acção reivindicativa deverá equacionar uma participação mínima de professores, sem a qual os efeitos da luta serão contrários aos objectivos que a determinaram. Nesta fase da luta, de aparente desmobilização, seria uma ousadia inócua, sem qualquer impacto mediático.
2. Devem ser escolhidas as acções de luta que provoquem mais danos políticos ao adversário e com os menores custos para os professores. Ao entregar a FAA, os professores legitimam a acção de luta anterior (OI’s), demonstrando que sempre agiram na legalidade ao contrário do ME que tem feito tábua rasa da legalidade ao subverter a hierarquia dos diplomas legais, por exemplo.
Abraço.
http://soucontraacorrente.blogspot.com/2009/04/professores-em-luta-uma-opiniao.html
ResponderEliminarPara Miguel Pinto: O erro fundamental não está no apelo à FAA, mas sim à fase que o antecedeu, ou seja, o incentivo à não entrega dos OI.
ResponderEliminarComo já referi, Miguel, do ponto de vista «humano», e salvaguardando consequências, a entrega da FAA é inevitável.
Concordo contigo, quando afirmas que a legalidade tem de ser preservada. Mas seria óptimo que os sindicatos preservassem a legalidade e a mobilização. Algo que foi posto em causa quando apelaram à não entrega dos OI.
Abraço.
Relembro que o apelo dos sindicatos à não entrega dos OI's decorreu de um chamamento dos professores, de uma voz profunda que irrompeu das escolas situadas e que foi bem propagada pelos blogues ;))
ResponderEliminarOs sindicatos devem ser ou não a voz dos professores?
O problema é que os professores que bradaram promessas de que não iriam entregar os OI’s roeram a corda. Valha-me Deus…
Houve de facto um erro, mas não foi estratégico. Foi um erro que valeu a pena experimentar para que ninguém ouse acusar os sindicatos de, pelo menos uma vez (e isto é uma grande maldade porque é evidente que não corresponde à verdade) não ter sido a voz dos professores.
Abraço.
Para mim, não faz sentido lutar contra o ECD e este modelo de avaliação e apelar à entrega da FAA.
ResponderEliminarPara mim, não faz sentido ter sido feito forte apelo à resistência dos professores, no sentido de não entregarem os OI, e agora fazer o mesmo apelo a que entreguem a dita ficha.
A não ser que a luta tenha sido APENAS pela legalidade deste processo de avaliação.
Mas isto não foi dito na altura. Pela 1ª vez, agora, depois de escolas onde a quase totalidade dos professores não entregou os OI, se pede a todos que "desistam".
Não entendo! Tem isto a ver com as negociações entre ME e Plataforma sobre o ECD?
Gostaria muito que me esclarecessem, sem me tentarem "enganar". Gosto de clareza e coerência!
FAÇAM TODOS GREVE DE ZELO!!!!!!
ResponderEliminarESTA POLITICA DE ALUNO N CHUMBA E DE XULAR O PROFESSOR, JÁ DEU O QUE TINHA A DAR.
NÃO CONCORDEM COM QUEM VOS TIRA A VIDA.
LUTEM!!!
GREVE DE ZELO.
TODOS JÁ!!!!!!!!!!!