quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Mais uma vez... Agenda própria.

No Jornal de Notícias a 08/01/2008: "Plataforma Sindical e movimentos de professores reuniram-se anteontem, à noite, na sede da Fenprof, em Lisboa. O encontro serviu para confirmar a convergência quanto às políticas educativas, mas não em relação às acções.

Os movimentos queriam que a Plataforma apoiasse a manifestação nacional que convocaram para o dia da greve frente ao Palácio de Belém, mas os sindicatos preferem, dia 19, organizar protestos em todas as capitais de distrito; além da entrega de novo abaixo-assinado contra o Estatuto da Carreira Docente.
(...)
As escolas têm, precisamente, até ao dia da greve (19) para calendarizarem o processo da avaliação. Anteontem, a secundária Dona Maria, em Coimbra, confirmou a suspensão do processo no seu estabelecimento. Dirigentes, como Ilídio Trindade, do MUP, continuam a acreditar que o processo será parado nas escolas, sendo "uma resposta colectiva de muito mais peso e passível de menos penalizações".

"Quero dizer aos professores que não tenham medo porque não há nenhuma sanção disciplinar que lhes possa ser aplicada, nem aos professores nem aos conselhos executivos", garantiu anteontem o líder da Fenprof. Mário Nogueira classificou de "delírio" as "ameaças" de Jorge Pedreira. O secretário-geral da Fenprof voltou a apelar aos docentes para não entregarem os objectivos individuais até dia 19."

Ver Artigo Completo (TSF)

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Comentário: Mais uma vez os sindicatos apresentam uma agenda própria e recusam apoiar e conjugar iniciativas com os movimentos independentes de professores. É triste e até certo ponto, censurável. No entanto, e neste caso em particular, não o fazem de forma leviana (ou como acontece por regra, por protagonismo).

Os sindicatos sabem perfeitamente que a greve não será tão expressiva como a de Dezembro (ao contrário do que eles próprios tem andado a proclamar) e arriscar-se-iam a ter uma manifestação nacional com adesão inferior (bastante mesmo) às duas anteriores. Também poderão existir outros motivos (nomeadamente logísticos e financeiros), mas inclino-me mais para o anterior.

Relativamente à questão da manifestação nacional vs protestos distritais a minha opinião é a seguinte: Deve-se evitar a divisão de professores por iniciativas no mesmo dia. Queimar as munições todas no mesmo dia, é uma estratégia "furada". Considero que seria bem mais relevante, fazer os protestos regionais num dia (neste caso, no dia 19 - pelos motivos que já enunciei acima, quando me referi aos sindicatos) e deixar a manifestação nacional para depois (eventualmente para Fevereiro). Também considero que a manifestação nacional poderia coincidir com um novo dia de greve, marcado para um dia útil (por exemplo, sexta), por forma a termos mais impacto em Lisboa.
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