No Jornal de Notícias a 14/11/2008: " Ministério da Educação indeferiu esta quinta-feira todos os pedidos de suspensão da avaliação feitos pelas escolas. Num encontro com jornalistas, a ministra garantiu que o processo está avançado e que todas cumprirão a lei.
Reuniões de horas intermináveis ou semanas de trabalho de mais de 50 horas? Naturalmente, "alguma coisa está mal e temos o dever de intervir para que não se passe assim", frisou a ministra. Maria de Lurdes Rodrigues admitiu que se "houver orientações que estão a induzir uma obsessão burocrática" então o Ministério está "disponível" para ajudar as escolas a simplificar.
Sublinhando só aprovar "soluções" que contribuam para a concretização do modelo, a ministra referiu que o ME pode, por exemplo, enviar às escolas "uma ficha de orientação" ou dar aos professores avaliadores mais uma hora da sua componente lectiva para a avaliação.
A ministra reconheceu que "muitas escolas, só para fazerem muito bem", exageram nos documentos e procedimentos burocráticos - um traço identitário da nacionalidade portuguesa, contra o qual gostaria de criar "brigadas de combate" pela desburocratização.
Desde o início de Outubro, garantiu, equipas de peritos do Ministério já ajudaram cerca de 100 escolas a simplificar o modelo, organizando o processo de forma diferente. Aliás, sublinhou, o ME "não faz outra coisa desde Março a não ser acompanhar as escolas" e "ajustar o modelo às suas necessidades".
Durante mais de duas horas, interpelada pelos jornalistas Maria de Lurdes Rodrigues tão depressa reconhecia as dificuldades de execução do modelo como sublinhava que "o processo está em grande estado de avanço", porque "muitas "escolas estão a fazer muito bem o seu trabalho".
A imprensa foi convocada à 5 de Outubro porque a ministra "gostava de ter uma conversa mais tranquila sobre a avaliação". Recusou-se a responder se tem condições para se manter no cargo; garantiu que não recebeu qualquer documento de um conselho executivo a suspender a avaliação (só de professores); não se pronunciou sobre eventuais processos disciplinares porque "não lhe passa pela cabeça que lei não seja cumprida"."
Ver Artigo Completo (Jornal de Noticias)
Reuniões de horas intermináveis ou semanas de trabalho de mais de 50 horas? Naturalmente, "alguma coisa está mal e temos o dever de intervir para que não se passe assim", frisou a ministra. Maria de Lurdes Rodrigues admitiu que se "houver orientações que estão a induzir uma obsessão burocrática" então o Ministério está "disponível" para ajudar as escolas a simplificar.
Sublinhando só aprovar "soluções" que contribuam para a concretização do modelo, a ministra referiu que o ME pode, por exemplo, enviar às escolas "uma ficha de orientação" ou dar aos professores avaliadores mais uma hora da sua componente lectiva para a avaliação.
A ministra reconheceu que "muitas escolas, só para fazerem muito bem", exageram nos documentos e procedimentos burocráticos - um traço identitário da nacionalidade portuguesa, contra o qual gostaria de criar "brigadas de combate" pela desburocratização.
Desde o início de Outubro, garantiu, equipas de peritos do Ministério já ajudaram cerca de 100 escolas a simplificar o modelo, organizando o processo de forma diferente. Aliás, sublinhou, o ME "não faz outra coisa desde Março a não ser acompanhar as escolas" e "ajustar o modelo às suas necessidades".
Durante mais de duas horas, interpelada pelos jornalistas Maria de Lurdes Rodrigues tão depressa reconhecia as dificuldades de execução do modelo como sublinhava que "o processo está em grande estado de avanço", porque "muitas "escolas estão a fazer muito bem o seu trabalho".
A imprensa foi convocada à 5 de Outubro porque a ministra "gostava de ter uma conversa mais tranquila sobre a avaliação". Recusou-se a responder se tem condições para se manter no cargo; garantiu que não recebeu qualquer documento de um conselho executivo a suspender a avaliação (só de professores); não se pronunciou sobre eventuais processos disciplinares porque "não lhe passa pela cabeça que lei não seja cumprida"."
Ver Artigo Completo (Jornal de Noticias)
Comentário: Com que então a ministra refere desconhecimento quanto a obsessão burocrática que prolifera nas escolas... Estranho. 120 000 professores na rua e centenas de moções aprovadas não são indícios disso mesmo?! O que será preciso mais... Uma greve por tempo indeterminado?! Todas as soluções que o Ministério da Educação possa arranjar já vêm tarde. Mais uma hora da componente lectiva para os titulares avaliadores? Como? No final do 1.º período?
As contradições são imensas nas declarações da ministra. O excesso de burocratização não é culpa das escolas, mas sim do Decreto regulamentar n.º2/2008, que para ser cumprido correctamente obriga à definição de imensos itens e parâmetros. O erro está na origem... Ainda gostava de saber os nomes das escolas onde a avaliação está ocorrer "muito bem". Pode ser que ajudem as restantes (que presumo, sejam a esmagadora maioria) a perceberem onde estão a "falhar".
As contradições são imensas nas declarações da ministra. O excesso de burocratização não é culpa das escolas, mas sim do Decreto regulamentar n.º2/2008, que para ser cumprido correctamente obriga à definição de imensos itens e parâmetros. O erro está na origem... Ainda gostava de saber os nomes das escolas onde a avaliação está ocorrer "muito bem". Pode ser que ajudem as restantes (que presumo, sejam a esmagadora maioria) a perceberem onde estão a "falhar".
------------------------
Sem comentários:
Enviar um comentário