quinta-feira, 6 de novembro de 2008

"Faltar deixou de ser um direito" frisa o Governo.

No Jornal de Notícias a 06/11/2008: "Mais de 1500 estudantes do 3.º ciclo e secundário manifestaram-se esta quarta-feira em Lisboa. Pelo país foram mais uns milhares. O secretário de Estado da Educação diz que alunos estão a ser, "lamentavelmente", manipulados.
(...)
"As escolas estão todas a funcionar normalmente. Alguns alunos vieram aqui manifestar-se. Creio que não têm nenhuma razão para o fazer", começou por defender Valter Lemos. O secretário de Estado frisou que ao contrário das críticas da Oposição, aquando da regulamentação do diploma, este Estatuto do Aluno "é mais exigente do que o anterior e, por isso, os alunos protestam".

"As faltas deixaram de ser um direito e a assiduidade passou a ser um dever", por uma questão de "segurança das famílias e da qualidade escolar", afirmou.

Valter Lemos classificou de "lamentável" a nítida manipulação partidária dos estudantes. "O discurso tem uma marca" facilmente identificável. Anteontem, recorde-se, o líder da JS acusou a Plataforma Estudantil Directores Não de não existir formalmente e de os protestos terem sido organizados pela JCP.(...)"

Ver Artigo Completo (Jornal de Notícias)

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Comentário: Ainda não, senhor Valter Lemos... Ainda não... Para já ainda não é possível essa manipulação dos alunos.

Curiosa teoria conspirativa que tanto atribui protagonismo aos professores como a partidos. Os alunos ainda conseguem pensar por eles próprios. Esta geração ainda conhece os seus direitos (e a maioria dos deveres), e faz questão de os exigir. Não poderei dizer o mesmo da próxima geração (a geração "Sócrates" ou se quiserem a geração "Magalhães"), esses sim com parcos conhecimentos e fracas competências, movidos por planos tecnológicos, novas oportunidades, progressões obrigatórias e "direitos". Dentro em breve, senhor secretário de estado da educação, teremos alunos manipuláveis, mas ainda não... Ainda não... Felizmente!
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