No Expresso de 02/10/2008: "O Ministério da Educação gastou cerca de 30 mil euros para publicitar as suas iniciativas num jornal diário. O PSD acusa a ministra da Educação de "utilização abusiva de meios de propaganda", enquanto Maria de Lurdes Rodrigues defende que se trata do "dever de informar e de comunicar".
O Ministério da Educação pagou a publicitação de pelo menos 35 iniciativas suas, desde Janeiro de 2007, na página de abertura da secção anúncios do "Jornal de Notícias". Por cada anúncio em formato noticioso - com títulos como "Plano tecnológico revoluciona escolas" - pagou 728 euros, acrescidos de IVA. Fazendo as contas dá 30.830 euros gastos em publicidade.
(...)
A ministra defendeu-se, argumentando que "o ministério decidiu ocupar páginas de anúncio nos jornais pelo dever de comunicar e de informar as escolas, os pais e a população em geral". E desafiou os deputados da oposição a provar a existência de qualquer promoção pessoal.
Entretanto, esta tarde, o gabinete de comunicação do Ministério desencantou nos arquivos da 5 de Outubro um jornal intitulado "Notícias da Educação", editado e pago pelo próprio ministério entre Setembro de 1993 e Dezembro de 1995. Na altura estavam à frente da pasta educativa Couto dos Santos e Manuela Ferreira Leite.
A publicação de cerca de 24 páginas, com uma tiragem de 75 mil exemplares, era feita por jornalistas profissionais e impresso comercialmente. E no conselho editorial contava com a presença Agostinho Branquinho.
Questionado pelo Expresso sobre a sua participação nesta publicação, o deputado social democrata recorda-se de nela ter colaborado, mas questiona: "o que tem um boletim informativo do ministério a ver com a compra de espaço noticioso em jornais nacionais, com um formato e corpo de letra idêntico ao do jornal e que não é identificado como 'publireportagem', nem assinado pelo Ministério"."
Ver Artigo Completo (Expresso)
O Ministério da Educação pagou a publicitação de pelo menos 35 iniciativas suas, desde Janeiro de 2007, na página de abertura da secção anúncios do "Jornal de Notícias". Por cada anúncio em formato noticioso - com títulos como "Plano tecnológico revoluciona escolas" - pagou 728 euros, acrescidos de IVA. Fazendo as contas dá 30.830 euros gastos em publicidade.
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A ministra defendeu-se, argumentando que "o ministério decidiu ocupar páginas de anúncio nos jornais pelo dever de comunicar e de informar as escolas, os pais e a população em geral". E desafiou os deputados da oposição a provar a existência de qualquer promoção pessoal.
Entretanto, esta tarde, o gabinete de comunicação do Ministério desencantou nos arquivos da 5 de Outubro um jornal intitulado "Notícias da Educação", editado e pago pelo próprio ministério entre Setembro de 1993 e Dezembro de 1995. Na altura estavam à frente da pasta educativa Couto dos Santos e Manuela Ferreira Leite.
A publicação de cerca de 24 páginas, com uma tiragem de 75 mil exemplares, era feita por jornalistas profissionais e impresso comercialmente. E no conselho editorial contava com a presença Agostinho Branquinho.
Questionado pelo Expresso sobre a sua participação nesta publicação, o deputado social democrata recorda-se de nela ter colaborado, mas questiona: "o que tem um boletim informativo do ministério a ver com a compra de espaço noticioso em jornais nacionais, com um formato e corpo de letra idêntico ao do jornal e que não é identificado como 'publireportagem', nem assinado pelo Ministério"."
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Comentário: Como se já não bastasse a publicidade "grátis" nos meios de comunicação social, o Ministério da Educação ainda investe em anúncios! O "dever de informar e de comunicar" não é justificação... Neste caso, trata-se de publicidade pura, de propaganda, de campanha eleitoral, e nada mais do que isso. O investimento na divulgação já é feito pelos meios de comunicação social, sendo completamente despropositado este "reforço". E ao contrário do que a Ministra afirma, não se trata de promoção pessoal, mas sim de promoção política (ou se quiserem, partidária).
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