segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Professores tentam alinhar posições para novos protestos.

No Jornal de Notícias de 27/10/2008: "Representantes de alguns movimentos de professores, que agendaram uma manifestação para 15 de Novembro, contactaram os sindicatos. O encontro vai realizar-se depois de amanhã, dia 29, na sede da Fenprof, em Lisboa.
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Depois da imagem de união que levou à rua 100 mil professores, na Marcha da Indignação, em Março, os movimentos começaram a divergir dos sindicatos quando a Plataforma assinou com o Ministério da Educação o Memorando de Entendimento, em Abril. Os movimentos acusaram, então, os sindicatos de não aproveitarem a "força" que lhes foi conferida pela maior manifestação de uma só classe em Portugal. A Plataforma alega que o acordo serviu para "salvar" o final de ano lectivo.

O encontro de quarta-feira não tem "pontos em agenda pré-definidos". Na eventualidade de um dos lados desistir de uma data "em nome" da convergência, deverão ser os movimentos a abdicar.

"Não faz sentido o inverso", defendeu ao JN Carlos Chagas. Tal como professores mencionam nos blogues, os sindicatos sublinham o argumento de que são eles que se sentam legalmente à mesa com o ME para negociar.

"A marcação de duas datas não faz sentido", reconheceu ao JN o presidente do Fenei/Sindep, distinguindo que ao contrário dos movimentos a convocatória dos sindicatos faz parte de uma estratégia de luta. "O ideal seria que todos se juntassem numa mesma manifestação" e que as associação "dessem o seu apoio à Plataforma, uma vez que também são os sindicatos que dão a cara ao Governo". A desunião, insiste, nunca esteve em causa porque os "objectivos são os mesmos".

O ME considera que os sindicatos estão a quebrar o Memorando ao pedirem a suspensão da avaliação. Mário Nogueira alega que no documento "não está escrito que os sindicatos têm de ficar calados"."

Ver Artigo Completo (Jornal de Notícias)

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Comentário: É inegável a importância deste encontro, no entanto, é questionável a forma como a Plataforma Sindical está a agir. Acusações de conspiração... Acusações de falta de legitimidade... Acusações dúbias e sem fundamento... Todas sem argumentos viáveis, e que só servem para aumentar a animosidade (desnecessária e prejudicial). Tudo bem que até se poderá eliminar uma das manifestações, mas afirmar logo à partida que quem terá de abdicar terão de ser os movimentos, só vai criar ainda mais constrangimento. Seria excelente que apenas se realizasse uma grande manifestação, em vez de duas de menores dimensões. Teria muito mais força e impacto! Alguém terá de ceder... Não existe outra alternativa. Vamos tentar colocar provisoriamente um "pedra" sobre o memorando de entendimento (com o qual eu não concordei e critiquei, por diversas vezes), pois nesta altura já nada podemos fazer para voltar atrás. Se erraram na estratégia, vamos tentar corrigi-la... ainda estamos a tempo. No entanto, só o poderemos fazer se estivermos unidos. O fraccionamento de forças, da forma como está actualmente a ser feita, não trará bons resultados.
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