No Jornal de Notícias de 27/10/2008: "A Associação Nacional de Professores não deverá participar em nenhuma das manifestações convocadas para Novembro.
Os órgãos dirigentes da ANP só tomarão uma posição formal na próxima semana mas nenhuma das reuniões realizadas pelas secções da Associação considera que os protestos "acrescentem qualquer coisa" à causa dos professores, explicou ao JN João Grancho.
Para o presidente da ANP as "escolas devem ser consequentes" e se os professores aprovam documentos a pedir a suspensão do modelo de avaliação é nos estabelecimentos que essas posições devem ser formalmente assumidas e defendidas. "Este braço-de-ferro entre professores é extremamente prejudicial", comenta em relação ao afastamento entre movimentos de docentes e sindicatos. Aliás, considera, reforça a fractura da carreira imposta pelo Ministério da Educação. "Não é de certeza o caminho". "E qual é esse caminho?", questionamos. "Enquanto a classe não seguir um código deontológico comum cada um pensará que o seu caminho é o mais adequado", retorquiu João Grancho.
Há muito que o presidente da ANP defende a elaboração de um código ético ou "quadro de referência" - criado por docentes e "não induzido pela tutela" - que defina em termos globais "o significado da docência". A Associação pretende promover, "em breve", entre a classe, esse debate sobre os "novos paradigmas" da profissão, garante João Grancho.
Fundada em 1985, a ANP participou pela primeira vez numa manifestação, na Marcha da Indignação a 8 de Março."
Ver Artigo Completo (Jornal de Notícias)
Os órgãos dirigentes da ANP só tomarão uma posição formal na próxima semana mas nenhuma das reuniões realizadas pelas secções da Associação considera que os protestos "acrescentem qualquer coisa" à causa dos professores, explicou ao JN João Grancho.
Para o presidente da ANP as "escolas devem ser consequentes" e se os professores aprovam documentos a pedir a suspensão do modelo de avaliação é nos estabelecimentos que essas posições devem ser formalmente assumidas e defendidas. "Este braço-de-ferro entre professores é extremamente prejudicial", comenta em relação ao afastamento entre movimentos de docentes e sindicatos. Aliás, considera, reforça a fractura da carreira imposta pelo Ministério da Educação. "Não é de certeza o caminho". "E qual é esse caminho?", questionamos. "Enquanto a classe não seguir um código deontológico comum cada um pensará que o seu caminho é o mais adequado", retorquiu João Grancho.
Há muito que o presidente da ANP defende a elaboração de um código ético ou "quadro de referência" - criado por docentes e "não induzido pela tutela" - que defina em termos globais "o significado da docência". A Associação pretende promover, "em breve", entre a classe, esse debate sobre os "novos paradigmas" da profissão, garante João Grancho.
Fundada em 1985, a ANP participou pela primeira vez numa manifestação, na Marcha da Indignação a 8 de Março."
Ver Artigo Completo (Jornal de Notícias)
Comentário: Concordo totalmente que o "braço-de-ferro" entre sindicatos e associações é prejudicial. Bem mais do que se possa imaginar... Só espero é que o encontro de quarta-feira (29 de Outubro) entre as "duas faces da mesma moeda", produza bons resultados.
Relativamente à "luta" isolada - escola a escola, bem... Concordo parcialmente, pois há que ter em linha de conta que nem em todas as escolas se respira um "ambiente de liberdade". Existem pressões várias (nomeadamente dos Conselhos Executivos), que levam a que diversos colegas tenham receio em tomar posições claras de discordância (mesmo "escudados" por departamentos), no que concerne ao modelo de avaliação do desempenho docente. Numa manifestação, talvez isso não ocorra. No entanto, uma posição formal poderá ter bem mais peso que uma manifestação, mais que não seja pelo compromisso assumido com a assinatura.
Quanto à criação de um código deontológico. Este código pressupõe a criação de uma ordem (ou será que estou errado?), e se estivermos à espera que tal ocorra, bem podemos esperar deitados. Enquanto se discute o tal código deontológico (ou quadro de referência), seremos "cilindrados" por este e por outros Ministérios da Educação. Seria uma solução? Obviamente que sim, mas não nos esqueçamos que... Existem demasiados sindicatos... Existem demasiados interesses... Existe demasiada discordância relativamente à criação de um código deontológico... E a discussão já é muito velha... Não quero com isto afirmar que não concorde com a criação de uma ordem e com o subjacente código deontológico (que resolveria muitos problemas), muito pelo contrário, no entanto teremos de promover a sua discussão, quando o clima na educação não for tão conturbado. O que me parece complicado, nos próximos anos - independentemente de quem ganhe as próximas eleições legislativas. Se em tempos de calma não se discutiu um código deste tipo, não será agora que tal irá ocorrer. E só para rematar, nem preciso de reflectir muito para chegar a pelo menos duas personalidades que não permitiriam tal "acontecimento". Uma tem bigode e a outra, sérios problemas relacionados com frustações não resolvidas em tempo útil.
Relativamente à "luta" isolada - escola a escola, bem... Concordo parcialmente, pois há que ter em linha de conta que nem em todas as escolas se respira um "ambiente de liberdade". Existem pressões várias (nomeadamente dos Conselhos Executivos), que levam a que diversos colegas tenham receio em tomar posições claras de discordância (mesmo "escudados" por departamentos), no que concerne ao modelo de avaliação do desempenho docente. Numa manifestação, talvez isso não ocorra. No entanto, uma posição formal poderá ter bem mais peso que uma manifestação, mais que não seja pelo compromisso assumido com a assinatura.
Quanto à criação de um código deontológico. Este código pressupõe a criação de uma ordem (ou será que estou errado?), e se estivermos à espera que tal ocorra, bem podemos esperar deitados. Enquanto se discute o tal código deontológico (ou quadro de referência), seremos "cilindrados" por este e por outros Ministérios da Educação. Seria uma solução? Obviamente que sim, mas não nos esqueçamos que... Existem demasiados sindicatos... Existem demasiados interesses... Existe demasiada discordância relativamente à criação de um código deontológico... E a discussão já é muito velha... Não quero com isto afirmar que não concorde com a criação de uma ordem e com o subjacente código deontológico (que resolveria muitos problemas), muito pelo contrário, no entanto teremos de promover a sua discussão, quando o clima na educação não for tão conturbado. O que me parece complicado, nos próximos anos - independentemente de quem ganhe as próximas eleições legislativas. Se em tempos de calma não se discutiu um código deste tipo, não será agora que tal irá ocorrer. E só para rematar, nem preciso de reflectir muito para chegar a pelo menos duas personalidades que não permitiriam tal "acontecimento". Uma tem bigode e a outra, sérios problemas relacionados com frustações não resolvidas em tempo útil.
------------------------
Sem comentários:
Enviar um comentário