Desde a assinatura do denominado “Memorando de Entendimento”, que fiquei apreensivo. Conheço na perfeição as argumentações dos prós e contras de tal entendimento, no entanto, criou-se um precedente… Gerou-se descontentamento… Estilhaçou-se a então recém criada união docente… O governo sabe-o. Os docentes também. E os sindicatos?
Alguns dirigentes sindicais afirmam que 2009 é a altura certa para negociar. E porquê? Eleições legislativas “à porta”… Até podem estar correctos, mas para mim é um argumento que não convence. Provavelmente nem convence os dirigentes dos sindicatos.
Existem demasiados professores descontentes com os sindicatos. Receio que uma nova “chamada” de manifestação não obtenha resultados visíveis e com impacto. Obviamente que não conheço os 100 000 docentes que estiveram em Lisboa, mas dos poucos que conheço, 100% afirma que não voltará a responder a uma convocatória de manifestação. Para mim, gerou-se distanciamento entre as estruturas representativas e docentes. Mesmo que não tenha dados concretos de tal alegação…
Para além disso, este ano a avaliação do desempenho entrará em funcionamento pleno. Funcionamento este que foi “autorizado” pelos sindicatos. Mesmo que não queiramos ver o problema por esta perspectiva, o facto é que com a assinatura do memorando, “assinou-se” também esta avaliação do desempenho na sua plenitude. A simplificada para 2007/2008 e a integral para 2008/2009… Para piorar a situação, algumas escolas (eventualmente a maioria) já possuem todos os instrumentos de registo aprovados e até reuniões entre avaliados e avaliadores agendadas. É também visível a existência de alguns colegas infectados com o “adesivovírus” (designação da autoria do colega Ramiro Marques) e que tudo fazem para que esta avaliação continue (aliás, até lhe dão força).
Mas não ficamos por aqui… Ontem foi amplamente publicitado pelos órgãos de comunicação social, a diminuição do nível de reprovações e de desistências. Basta dar uma vista de olhos ao sítio do Ministério da Educação. À excepção de professores e de alguns portugueses mais elucidados, obviamente que a generalidade da opinião pública vai considerar esta evolução como resultado das medidas de "sucesso" do Ministério da Educação. E na verdade são... Mas são resultados obtidos de forma perniciosa e que em nada contribuem para o sucesso da "próxima geração".
Sendo assim, porque motivo o Ministério da Educação iria negociar com os sindicatos?
Alguns dirigentes sindicais afirmam que 2009 é a altura certa para negociar. E porquê? Eleições legislativas “à porta”… Até podem estar correctos, mas para mim é um argumento que não convence. Provavelmente nem convence os dirigentes dos sindicatos.
Existem demasiados professores descontentes com os sindicatos. Receio que uma nova “chamada” de manifestação não obtenha resultados visíveis e com impacto. Obviamente que não conheço os 100 000 docentes que estiveram em Lisboa, mas dos poucos que conheço, 100% afirma que não voltará a responder a uma convocatória de manifestação. Para mim, gerou-se distanciamento entre as estruturas representativas e docentes. Mesmo que não tenha dados concretos de tal alegação…
Para além disso, este ano a avaliação do desempenho entrará em funcionamento pleno. Funcionamento este que foi “autorizado” pelos sindicatos. Mesmo que não queiramos ver o problema por esta perspectiva, o facto é que com a assinatura do memorando, “assinou-se” também esta avaliação do desempenho na sua plenitude. A simplificada para 2007/2008 e a integral para 2008/2009… Para piorar a situação, algumas escolas (eventualmente a maioria) já possuem todos os instrumentos de registo aprovados e até reuniões entre avaliados e avaliadores agendadas. É também visível a existência de alguns colegas infectados com o “adesivovírus” (designação da autoria do colega Ramiro Marques) e que tudo fazem para que esta avaliação continue (aliás, até lhe dão força).
Mas não ficamos por aqui… Ontem foi amplamente publicitado pelos órgãos de comunicação social, a diminuição do nível de reprovações e de desistências. Basta dar uma vista de olhos ao sítio do Ministério da Educação. À excepção de professores e de alguns portugueses mais elucidados, obviamente que a generalidade da opinião pública vai considerar esta evolução como resultado das medidas de "sucesso" do Ministério da Educação. E na verdade são... Mas são resultados obtidos de forma perniciosa e que em nada contribuem para o sucesso da "próxima geração".
Sendo assim, porque motivo o Ministério da Educação iria negociar com os sindicatos?
Excelente post! Concordo a 100%. Em 2009 não vai haver luta de rua nenhuma! Infelizmente.
ResponderEliminarPara tristeza minha, esta análise superficial não deve estar muito longe da realidade...
ResponderEliminarConcordo totalmente, a luta vai ser uma caricatura da que tinha sido iniciada no ano lectivo passado, uma luta à medida dos sindicatos, baixo assinados, uma greve à sexta-feira, datas convenientes para a politica partidária e alguma manisfestaçãozinha sem relevo.
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