quinta-feira, 10 de julho de 2008

Mas que raios andam estes tipos a fazer?

Aviso à navegação: Este post foge por completo à filosofia editorial (é lá… isto até parece um meio de imprensa escrita oficial) utilizada por regra neste blogue. Se são avessos a opiniões não fundamentadas e não apoiadas em legislação ou notícias da imprensa, o meu conselho é: Não leiam! Vão ficar desiludidos…

Afirmam que a plurianualidade promove a estabilidade. Que grande treta. Já é o segundo ano, enquanto QZP que vivo na ansiedade de não saber se me mantenho na escola onde me encontro a leccionar. Para os contratados o stress ainda é maior. Aliás, quando penso em queixar-me lembro-me sempre deles. O panorama nas colocações para estes colegas, revela-se tremendamente negro para 2009. Mas adiante… Não quero aumentar ainda mais a depressão. Antes sabíamos com o que podíamos contar, que era: Concorrer anualmente a uma colocação. Era certinho… Nestes últimos tempos, esperamos até ao último dia para sabermos se temos de voltar a concorrer. É isto a estabilidade? Não gozem comigo… Sinto-me mais estável, dentro de um autocarro a cair por uma ribanceira de 300 metros (ui… que exagerado!), pois aí tenho a certeza de que não vou sair dali vivo. E pelo menos o condutor não mostra a mesma cara que alguns elementos de CE´s, quando se lhes pergunta se existe hipótese de manter a colocação. Só se o M.E. considerar a estabilidade da instabilidade ou a estabilidade da publicidade enganosa. Ou outra coisa qualquer, pois para os lados da 5 de Outubro, o que não falta é ideias. O que também não falta (e escrevo-o por um grande número de fontes “confirmadas”) é a manutenção da colocação em situação duvidosa. Se me “esticar” neste assunto vou ter alguns a caírem-me em cima, e para isso já me basta o M.E.. Mas certamente que são estes que acham que a colocação plurianual resulta em pleno. Pudera!

Afirmam que a avaliação do desempenho docente promove qualidade. Pois sim… Só se estivermos a falar na qualidade das estatísticas, sempre vantajosas para a campanha mega-publicitária do Ministério da Educação. Agora querem introduzir os resultados da nossa avaliação na graduação. Para quê? Para aumentarem os conflitos entre docentes na escolas? Para nos obrigar a atribuir excelentes resultados aos alunos? Para elevarem os bons resultados estatísticos? Este pessoal do Ministério, deve estar completamente viciado na criação de resultados positivos forçados e na diminuição dos gastos na educação. E para este vício, a desabituação é complicada (principalmente com uma maioria absoluta e sindicatos que recuam “estrategicamente”). É que nem uma “metadonazita” estes tipos arranjam para se entreterem. São sempre os mesmos a levarem com a “ressaca”. E se têm dúvidas, eu coloco aqui de forma explícita: Somos nós, os professores!

Mas se ultimamente ouvimos, lemos e vemos agressões a colegas, o panorama futuro poderá ser algo diferente. E se diferente não significa pior, neste caso significa muito pior. O mais provável é a agressão aluno-professor ou encarregado de educação-professor ou amigos do aluno-professor (ou o que vocês quiserem considerar) passe a agressão professor-professor. Bem… Não nos estou a ver a andar à pancada pela avaliação, mas acredito que o que não faltam por essas escolas são o graxistas e “jogadores sujos”. Já estou a imaginar (é agora que vocês chegam mesmo à conclusão de que o autor deste blogue tem uma imaginação fértil ou então é parvo) colegas "sacanas" a filmarem as nossas aulas e a colocarem-nas no Youtube. Obviamente que só colocarão as que correrem muito mal. Com a divulgação destas imagens conseguem destruir qualquer pretensão da menção qualitativa de Muito Bom ou Excelente. Aliás, é muito por este tipo de colegas, que quando se tenta fazer uma greve, a mesma sai furada.

E no meio de toda esta confusão, ainda encontro colegas completamente despreocupados… Como é possível? Às vezes não sei se não seria melhor juntar-me ao clube dos despreocupados, mas já me conheço demasiado bem para saber que não consigo. Infelizmente!

1 comentário:

  1. Já por várias vezes tem-me vindo a seguinte frase à minha cabeça: a ignorância é uma bênção...

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