terça-feira, 1 de julho de 2008

Fenprof promete «não dar tréguas ao Governo» em 2009.

No Destak de 27/06/2008: "A Federação Nacional dos Professores (Fenprof) garantiu hoje que não dará «tréguas ao Governo» em 2009, ano de eleições legislativas, prometendo mais manifestações e outras acções de luta, que incluem a publicação de um "Livro Negro das Políticas Educativas".

Em conferência de imprensa, no final da reunião do Conselho Nacional da federação, Mário Nogueira referiu que «o ano de 2009 vai ser extremamente importante porque é um ano eleitoral e, por isso, de branqueamento das políticas. Não vamos dar tréguas a este Governo, especialmente no momento em que ele vai preparar uma gigantesca campanha mediática de propaganda».
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Referiu, também, que já estão previstas acções de luta para o arranque do próximo ano lectivo, nomeadamente uma «iniciativa a nível nacional para denunciar a situação de precariedade dos professores contratados», agendada para 1 de Setembro, e um «grande protesto» marcado para 5 de Outubro, Dia Mundial do Professor.
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Na mesma altura, será elaborada a "Carta Reivindicativa dos Professores e Educadores", um documento destinado a todos os partidos políticos que vão participar nas legislativas do próximo ano, para que estes possam «assumir compromissos» com a classe durante a campanha eleitoral.

Entre as principais reivindicações dos docentes contam-se a revisão do novo Estatuto da Carreira Docente, a criação de um «modelo justo» de avaliação de desempenho, a alteração do modelo de gestão escolar aprovado pelo Ministério da Educação e a «revalorização social dos professores», que a Fenprof diz terem sido «insultados e vilipendiados pelo Governo», ao longo desta legislatura."

Ver Artigo Completo (Destak)

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Comentário: Pois... 2009 é um ano extremamente importante! Ninguém tem dúvidas disso. Acções de luta diversas, publicação de um livro e elaboração de uma carta reivindicativa são algumas das iniciativas da FENPROF para o próximo ano lectivo. E até lá... Fiquemos quietos e calados, que a indignação tem "timings" que devem ser cumpridos para que existam efeitos e consequências. Consequências como as que foram obtidas com o memorando de entendimento?! Espero sinceramente que não. Este memorando até pode ter trazido "coisas menos más" no imediato, mas poderá ter acarretado "coisas menos boas" num futuro próximo.

Cuidado que este memorando e os resultados dos exames e provas nacionais, serão as "pedras basilares" da "gigantesca campanha mediática de propaganda" que Mário Nogueira acima tão bem referiu. Também poderão utilizar o Plano Tecnológico, no entanto, creio que se irão servir da desmobilização dos professores (causada pela assinatura do memorando e passividade sazonal de alguns sindicatos) e da opinião pública dos encarregados de educação (e de eventuais adeptos do facilitismo), para promover a sua "campanha estatística" educacional. E no final, por mais que alguns sindicatos não queiram admitir, também contribuiram para o futuro sucesso de tal campanha... Aliás, eu próprio poderei estar a contribuir para isso.
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