quarta-feira, 21 de maio de 2008

Fusão dos 1.º e 2.º ciclos merece aplauso geral.

No Jornal de Notícias de 21/05/2008: "A ministra da Educação admite a possibilidade de fundir o 1.º e o 2.º ciclos do Ensino Básico, tal como foi preconizado pelo estudo da Comissão Nacional de Educação (CNE) que foi ontem publicamente apresentado. As associações de pais, de professores e o pediatra Mário Cordeiro aplaudem a ideia.
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Veiga Simão, ministro da educação de Marcelo Caetano, sugere ponderação, mas diz que a fusão dos 1.º e 2.º ciclos deve começar a ser pensada de imediato, "no sentido de preparar os professores e as escolas para que uma reforma desta natureza seja um sucesso".

A Confederação Nacional das Associações de Pais propôs, por seu lado, que as crianças passem a ter três professores para áreas distintas logo no 1.º ciclo do ensino básico, o que corresponde a recomendações feitas pelo CNE.

"Parece-nos adequado o que é proposto, mas há que ter em conta o tempo de implementação desta medida e a formação dos professores, que terá de ser toda reformulada", comentou João Grancho, presidente da Associação Nacional de Professores.

O pediatra Mário Cordeiro também subscreveu a proposta de fusão dos 1.º e 2.º ciclos do ensino básico, por considerar que actualmente a transição "demasiado brusca" entre as duas fases pode trazer problemas comportamentais e de aprendizagem.

"Conheço casos em que essa transição trouxe problemas. Depende do grau de desenvolvimento, do temperamento e de como gerem o binómio regressão/crescimento", explicou o pediatra.

Os autores do estudo constatam que existe um "contraste violento e repentino entre o regime de monodocência do 1.º ciclo e o regime de pluridocência do 2.º, "contraste que é acentuado e intensificado pelas diferentes lógicas organizativas"."

Ver Artigo Completo (Jornal de Notícias)

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Comentário: Gostava de conhecer professores (professores mesmo, não teóricos da educação...) que aplaudam esta "fusão". Aliás, tirando o aparente (e discutível) "trauma" nas crianças, não vislumbro aspectos positivos nesta medida. Todos nós, passamos por essa clivagem entre ciclos e não ficamos traumatizados. Traumatizado fiquei, apenas quando terminei a licenciatura e começei a desempenhar funções docentes. Para já nem falar no actual trauma colectivo a que todos nos encontramos sujeitos...
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